A queda do preço em Santa Catarina é decorrência do aumento da oferta de leite no mercado nacional pelos produtores do centro oeste brasileiro. “O regime de chuvas beneficiou aquela região com boas pastagens, o que antecipou em dois meses o aumento da oferta de leite no mercado doméstico, com a consequente queda geral nos preços”, expõe o dirigente.
A FAESC está preocupada com a desproteção dos produtores rurais porque, nessas condições de mercado em queda, as indústrias reduzem os valores pagos aos criadores para fechar suas contas, mas o produtor rural fica sem mecanismos de compensação. “Os custos de produção não recuaram, a inflação continua corroendo as margens de lucratividade e, para piorar, a produtividade está caindo em razão da chegada do verão e a queda de qualidade das pastagens”, relata Nelton. Em algumas regiões catarinenses essa diminuição é de 20%.
De acordo com projeção do Conseleite, os valores de referência baixam 7,28%, neste mês de novembro, para o leite-padrão (R$ 0,8271 o litro), para o leite de qualidade acima do padrão (R$ 0,9512) e para o leite abaixo do padrão (R$ 0,7519).
Na segunda quinzena de dezembro, o Conselho volta a se reunir para anunciar os números definitivos de novembro e a nova projeção para o mês de dezembro. Embora tenha esses valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando preços superiores, mas também em movimento de queda.
Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,7 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 6 milhões de litros/dia.
As informações são da MB Comunicação Empresarial/Organizacional
