SC poderá liderar a produção de leite no sul, segundo CNA

O oeste catarinense capitaneará o processo que transformará a região na maior bacia leiteira do País. As previsões são formuladas pelo presidente da Comissão Nacional da Pecuária Leiteira da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Sant`Anna Alvim.

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O nordeste e o sul do Brasil são as regiões brasileiras com maior perspectiva de crescimento na produção de leite. O oeste catarinense capitaneará o processo que transformará a região na maior bacia leiteira do País. As previsões são formuladas pelo presidente da Comissão Nacional da Pecuária Leiteira da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Sant`Anna Alvim, em Chapecó, onde participou de reunião da Coopercentral Aurora Alimentos e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC).

Alvim observa que a região registra um dos maiores índices de crescimento do país e, por isso, atrai crescente número de novas indústrias de processamento de leite. A média nacional nos últimos dez anos foi de 4,4, enquanto o oeste expandiu entre 8% e 15% o volume produzido.Os estados de Minas Gerais e Goiás estão perdendo para Santa Catarina e Rio Grande do Sul a posição de grandes produtores de matéria-prima láctea. Atualmente, o sul representa 33% da produção nacional de lácteos.

De 2001 a 2011, o Brasil apresentou um crescimento de produção de 56,5%, enquanto a região Sul aumentou 97% no mesmo período. Veja as demais regiões no gráfico abaixo:

Figura 1
Elaboração MilkPoint

A cadeia produtiva do leite sustenta 4 milhões de empregos no Brasil e, no campo, constitui-se de 1,3 milhão de propriedades rurais que alojam 23,2 milhões de vacas ordenhadas todos os dias para uma produção de 32 bilhões de litros/ano.

Alvim prevê que o leite será a principal fonte de renda da maioria dos produtores rurais. Acredita que a produção nacional crescerá fortemente em razão dos investimentos na profissionalização dos produtores rurais. "Temos muita margem para crescer porque nossa produtividade ainda é muito baixa". Realça que 80% das vacas ordenhadas no Brasil passam fome.

O dirigente elogia a opção dos laticínios de remunerar os pecuaristas por parâmetros de qualidade. Assevera que "pagar por qualidade acelera a adoção de tecnologias e a qualificação dos produtores. Quem não tiver qualidade será expulso da atividade pelo próprio mercado."

Rodrigo Alvim defende uma grande campanha para aumentar o consumo interno porque, na avaliação dele, o consumidor desconhece o leite e todos os seus derivados como produtos de alta qualidade para a nutrição humana.

Observa que, em face do superencarecimentos dos insumos (milho e farelo de soja) o custo de produção de leite no Brasil igualou-se ao dos Estados Unidos. Mesmo assim, a remuneração do produtor - R$ 0,89 o litro - foi positiva.

O presidente da Comissão Nacional da Pecuária Leiteira entende que, na esfera do Mercosul, o Brasil vem sendo prejudicado em face das maciças importações de leite em pó do Uruguai e da Argentina, países onde os custos de produção são menores. Não foram adequadamente discutidas as assimetrias entre os países-membros para que haja igualdade de disputa do mercado: os produtores dos países do bloco não tem os encargos sociais, trabalhistas e tributários do pecuarista brasileiro.


As previsões são formuladas pelo presidente da Comissão Nacional da Pecuária Leiteira da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Sant`Anna Alvim
Figura 2
Foto: MB Comunicações

A matéria é da MB Comunicação, adaptada pela equipe MilkPoint.
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