RS: Briga de gigantes em projeto para o leite

A decisão do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) de não participar do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) trouxe de volta à cena a polêmica em torno dos projetos desenvolvidos para o setor. Em reunião nesta segunda-feira, o quadro social do sindicato decidiu, por 36 a 16 votos, não aderir à [...]

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A decisão do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) de não participar do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) trouxe de volta à cena a polêmica em torno dos projetos desenvolvidos para o setor. Em reunião nesta segunda-feira, o quadro social do sindicato decidiu, por 36 a 16 votos, não aderir à recém-criada entidade.

A insatisfação com o modelo adotado não é novidade. No debate sobre o projeto de lei para criar o Fundo Estadual do Leite (Fundoleite), o presidente do Sindilat, Wilson Zanatta, já havia manifestado contrariedade a pontos do projeto.

Mas como não adianta chorar sobre o leite derramado – o projeto virou lei –, a briga agora é por modificações no IGL. Dois grandes problemas são apontados pelo presidente do Sindilat: falta de representatividade da indústria e o que considera "invasão de funções" pelo instituto.

Para tratar da representatividade, argumenta com números. Dos 4,3 bilhões de litros produzidos no Estado em 2013, 94% passam por associados do Sindilat (70% de empresas e 24% de cooperativas). A ideia é, nos próximos 15 dias, sentar para negociar. Se isso não ocorrer, o Sindilat está disposto a levar a disputa para os tribunais, questionando a legitimidade da assembleia – tentando evitar que o convênio entre a Secretaria da Agricultura e o instituto seja firmado. É por meio desse acordo que será possível direcionar os recursos do Fundoleite – com contribuição obrigatória da indústria. Em uma hipótese mais extrema, Zanatta não descarta a possibilidade de criar um segundo instituto.

A Farsul, que assim como o Sindilat não estava presente na assembleia de criação do instituto, marcou reunião na quinta para tratar da adesão.

Clovis Marcelo Roesler, da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Estado e secretário do IGL, argumenta que a participação foi "amplamente discutida".

– O instituto prosseguirá com ou sem o Sindilat – afirma, lembrando que as cooperativas, com representatividade no IGL, detêm "mais de 50% do recolhimento do leite no Estado".

As informações são do Zero Hora.

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