A discussão de medidas de apoio à prática da irrigação nas lavouras brasileiras com o objetivo de baratear os custos dos investimentos reuniu, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), governo, parlamentares e representantes da iniciativa privada. O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa, Caio Rocha, encaminhará ao ministro Mendes Ribeiro as proposições do grupo que avaliará a viabilidade de implementação com os demais segmentos do Governo. O encontro foi uma iniciativa do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP/RS), integrante da Frente Parlamentar da Irrigação da Câmara, e se realizou nessa terça-feira, dia 11 de dezembro, na sede do Ministério, em Brasília.
Entre os assuntos do encontro, a necessidade de avanço nas medidas para alavancar o setor, o armazenamento de água, o elevado custo da energia elétrica para a execução dos projetos, além de questões ambientais, linhas de crédito mais baratas e com prazos mais longos para o produtor pagar e a ampliação das políticas públicas para ampliar a área irrigada, aumentar a produtividade e contribuir para a contenção do avanço da fronteira agrícola.
Hoje, o Brasil tem uma área plantada de 68 milhões de hectares de grãos, frutas e fibras. Na pecuária, o espaço no campo é de 180 milhões de hectares. A execução da política de irrigação é para justamente tornar mais intensivo o uso dessas áreas, reduzindo a pressão por novos espaços. O Rio Grande do Sul, por exemplo, está entre os estados que mais irriga no País, são 1,5 milhão de hectares e a predominância é por inundação ou sulcos, representada, sobretudo, pelo arroz. No Brasil, predomina a irrigação por aspersão ou gotejamento.
Para Rocha, o uso da irrigação é um dos itens mais importantes para o aumento da produtividade da agricultura brasileira. O crescimento das áreas irrigadas é apontado como um dos principais fatores que garantiram o suprimento de alimentos em décadas de explosão demográfica. O Governo já está presente em várias iniciativas do treinamento a capacitações, incentivo à pesquisa, assistência técnica e extensão rural. "O importante é evitar riscos inerentes às variações e às mudanças climáticas, garantindo resultados melhores e agregando valor à produção", disse Rocha.
Segundo o secretário, o Ministério da Agricultura tem garantido no Plano Plurianual/2012-2015 recursos de R$ 4 bilhões para o financiamento de equipamentos.
Leia também: Dilma lança programa de irrigação
A matéria é do MAPA, adaptada pela Equipe AgriPoint.
Reunião discute apoio para a irrigação no Brasil
A discussão de medidas de apoio à prática da irrigação nas lavouras brasileiras com o objetivo de baratear os custos dos investimentos reuniu, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), governo, parlamentares e representantes da iniciativa privada. O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa, Caio Rocha, encaminhará ao ministro Mendes Ribeiro as proposições do grupo que avaliará a viabilidade de implementação com os demais segmentos do Governo.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 1 minuto de leitura
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!
LUCIO SIMOES AQUINO
SÃO BORJA - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
EM 14/12/2012
Dois fatores emperram o crescimento da irrigação no Brasil na minha visão.
1. Impostos muito altos para uma atividade que tem a finalidade de produzir alimentos para sua população e exportar uma grande quantidade de produtos para favorecer a balança comercial. Se diminuissem os impostos que são cobrados dos equipamentos de irrigação, o custo de implantação da irrigação diminuiria e favoreceria o seu pagamento. através de financiamentos a médio prazo com juros baratos.
2. A outorga para o uso da água para irigação é incumbência do Estado e é muito demorada, as vezes demora anos para conseguir a licença de uso. Se tem uma barragem de irrigação para arroz (por inundação) se quiser mudar e colocar um pivot, tenho que fazer um processo para mudar a forma de utilizar a água e, se for fazer para outra cultura, modificar qual será a cultura a ser irrigada. Este processo tem demorado muito, pois os estados não tem quantidade/qualidade de pessoal para a demanda que estão sendo precionados.
Outra coisa é que para mim a outorga deveria ser emitida, levando em conta principalmente a oferta existente de recursos hídricos naquela bacia hidrográfica e liberar para "x" m3 de água, não importa se farei por aspersão ou por inundação, se é para soja ou milho ou arroz. O principal é oferta e demanda de água numa determinada bacia hidrográfica e a convivência entre os usos multiplos das águas. Quando há a escassez de água, daí a demanda é maior que a oferta, mas temos dispositivos que são utilizados nestes momentos pelos planos de bacia locais.
Outro problema que há é a falta de consistencia nos dados de outorgas emitidas. Se perguntarem para o órgão responsável quantas outorgas e quanto é o volume de água que já foi outorgado para aquele rio, não tem resposta, por que não sabem, não tem disponíveis estes dados.
Se perguntar sobre as águas subterraneas, daí é pior, quantos poços perfurados, qual o volume que foi outorgado para uma região do aquífero, não tem resposta, pois não tem o conhecimento correto destes números.
Portanto, se não houver agilidade do estado em dar outorga ou as licenças para a construção de novas barragens, e diminui o custo de instalação dos sistemas de irrigação, quer por pivot central, por malhas, por gotejamento, etc. dificilmente os produtores vão ter condições de comprar e PAGAR pelos equipamentos.
1. Impostos muito altos para uma atividade que tem a finalidade de produzir alimentos para sua população e exportar uma grande quantidade de produtos para favorecer a balança comercial. Se diminuissem os impostos que são cobrados dos equipamentos de irrigação, o custo de implantação da irrigação diminuiria e favoreceria o seu pagamento. através de financiamentos a médio prazo com juros baratos.
2. A outorga para o uso da água para irigação é incumbência do Estado e é muito demorada, as vezes demora anos para conseguir a licença de uso. Se tem uma barragem de irrigação para arroz (por inundação) se quiser mudar e colocar um pivot, tenho que fazer um processo para mudar a forma de utilizar a água e, se for fazer para outra cultura, modificar qual será a cultura a ser irrigada. Este processo tem demorado muito, pois os estados não tem quantidade/qualidade de pessoal para a demanda que estão sendo precionados.
Outra coisa é que para mim a outorga deveria ser emitida, levando em conta principalmente a oferta existente de recursos hídricos naquela bacia hidrográfica e liberar para "x" m3 de água, não importa se farei por aspersão ou por inundação, se é para soja ou milho ou arroz. O principal é oferta e demanda de água numa determinada bacia hidrográfica e a convivência entre os usos multiplos das águas. Quando há a escassez de água, daí a demanda é maior que a oferta, mas temos dispositivos que são utilizados nestes momentos pelos planos de bacia locais.
Outro problema que há é a falta de consistencia nos dados de outorgas emitidas. Se perguntarem para o órgão responsável quantas outorgas e quanto é o volume de água que já foi outorgado para aquele rio, não tem resposta, por que não sabem, não tem disponíveis estes dados.
Se perguntar sobre as águas subterraneas, daí é pior, quantos poços perfurados, qual o volume que foi outorgado para uma região do aquífero, não tem resposta, pois não tem o conhecimento correto destes números.
Portanto, se não houver agilidade do estado em dar outorga ou as licenças para a construção de novas barragens, e diminui o custo de instalação dos sistemas de irrigação, quer por pivot central, por malhas, por gotejamento, etc. dificilmente os produtores vão ter condições de comprar e PAGAR pelos equipamentos.