Recessão e taxas de natalidade no mundo desenvolvido direcionam vendas de lácteos para a Ásia

'Como os mercados na Europa e Estados Unidos estão fracos, muitas companhias de lácteos estão de olho nesses mercados (Ásia)", disse o analista do Rabobank International, Michael Harvey. " A Ásia oferece oportunidades de longo prazo para crescimento, diferentemente de seus mercados locais'.

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Europeus e americanos estão preocupados com seu futuro econômico e estão tendo menos bebês, consequentemente, comprando menos fórmulas infantis.

A taxa de fertilidade total na Alemanha, maior país da União Europeia (UE), caiu no ano passado para 1,36 crianças por mulher, de 1,39 em 2010. Nos Estados Unidos, a taxa total de fertilidade de 63,2 crianças por 1000 mulheres com idade de 15 a 44 anos foi a mais baixa já reportada.

Em outubro, a gigante do setor de alimentos, Mead Johnson Nutrition, reportou um declínio de 6% nas vendas nos mercados da América do Norte e Europa, citando maior competição, e menor consumo.

“Como seus mercados na Europa e Estados Unidos estão fracos, muitas companhias de lácteos estão de olho nesses mercados (Ásia)”, disse o analista do Rabobank International, Michael Harvey. “A Ásia oferece oportunidades de longo prazo para crescimento, diferentemente de seus mercados locais”.

Companhias australianas, como a Murray Goulburn, Bega Cheese e Warrnambool Cheese & Butter, junto com a cooperativa neozelandesa Fonterra, estão mirando os mercados asiáticos para fórmulas infantis.



Esses mercados já eram fortes, mas tiveram um impulso, à medida que as rendas aumentaram nos países como China, que também aumentaram o consumo de produtos importados devido ao receio do consumo dos alimentos produzidos localmente. A companhia de pesquisas, Euromonitor, disse no começo desse mês que a China já é o maior mercado mundial para fórmulas infantis, e deverá dobrar seu valor para US$ 25 milhões até 2017, à medida que mais mulheres chinesas entram para o mercado de trabalho e têm menos tempo para amamentar.

O consumo de lácteos mais fraco que o esperado nos mercados desenvolvidos é um fator que provavelmente manterá os preços globais dos lácteos não tão altos, mesmo depois de os sinais de contração da oferta global – resultado da ampla seca nos Estados Unidos que aumentou os custos dos alimentos para animais – terem começado a pressionar os preços para cima.

Crescimento da produção de leite em importantes regiões exportadoras, agosto-2012-outubro-2012 - % com relação ao ano anterior



A reportagem é do www.brw.com.au, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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