Rasip investirá R$ 70 milhões para dobrar de tamanho no país

Depois do incêndio que atingiu parte de sua fábrica de queijos em março, a Rasip Alimentos anunciou nesta terça-feira (27) um plano de investimentos de R$ 70 milhões em cinco anos para mais do que dobrar as receitas no mesmo período. De acordo com o Valor Econômico, o programa inclui a construção e a ampliação de [...]

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Depois do incêndio que atingiu parte de sua fábrica de queijos em março, a Rasip Alimentos anunciou nesta terça-feira (27) um plano de investimentos de R$ 70 milhões em cinco anos para mais do que dobrar as receitas no mesmo período. De acordo com o Valor Econômico, o programa inclui a construção e a ampliação de unidades industriais, a instalação de proteção contra granizo nos pomares de maçã, a abertura de "lojas-conceito" que poderão ser o embrião de uma rede de franquias. Novos produtos devem ainda ser lançados com a marca RAR, iniciais do nome do empresário Raul Anselmo Randon, dono da empresa.

A Rasip cultiva macieiras, oliveiras, uvas viníferas, milho e soja, produz lácteos e cria 1,2 mil vacas leiteiras e 4 mil suínos em Vacaria (RS). Neste ano, sua receita líquida deve alcançar R$ 127 milhões, alta de apenas 5% sobre 2013 em função dos danos causados pelo incêndio nas áreas de estoques, embalagens e fracionamento de queijos. Mas, para 2019, quando os investimentos programados estiverem maduros, a projeção é alcançar R$ 300 milhões, disse ao Valor o diretor-superintendente Sérgio Barbosa.

Conforme o executivo afirmou ao Valor, os projetos serão bancados com recursos dos acionistas, geração de caixa e financiamentos. A Rasip pertence à Dramd, holding da família Randon que também controla o grupo Randon, fabricante de implementos rodoviários e autopeças, mas as duas empresas são independentes.

Em fruticultura, a Rasip pretende cobrir metade dos 1,1 mil hectares de macieiras com tela contra granizo, evento comum na região, e em dois a três anos ainda aumentar a capacidade de processamento e embalagem de maçãs de 65 mil para 80 mil toneladas por ano. A área plantada com oliveiras também deve passar dos atuais 35 para 300 hectares em até cinco anos, incluindo áreas próprias e de parceiros.

Até agora, a empresa importa azeite de oliva já envasado com a marca RAR do Chile (foram 40 mil litros em um ano e meio), mas em 2015 deve ser feita a primeira colheita própria, com produção esperada de 1,5 mil litros. Com a expansão para 300 hectares, conforme o diretor-superintendente disse ao Valor, a capacidade no pico da produção das oliveiras deve passar dos atuais 50 mil litros para 450 mil litros por ano. A unidade de extração de óleo será ampliada em módulos no mesmo período.

"Buscamos o mercado que prioriza produtos de alta qualidade", comentou Barbosa. No segmento de lácteos, a capacidade da fábrica de queijos tipo "gran formaggio" será ampliada de 70 para até 150 formas de 35 quilos nos próximos cinco anos com a importação de novos equipamentos da Itália.

Antes disso, em dois meses a empresa também lançará uma nova linha de queijos "grana padano", "parmigiano reggiano" e "pecorino romano" e em agosto colocará no mercado dois tipos de aceto balsâmico, tudo importado da Itália com marca própria. Já para setembro ou outubro está programado o lançamento de um espumante RAR elaborado pela vinícola Miolo com as uvas cultivadas pela Rasip, no mesmo modelo empregado hoje na produção dos vinhos finos da marca.

Na ponta do varejo, os planos incluem a abertura, em janeiro ou fevereiro de 2015, da primeira loja-conceito, em Vacaria, e em seguida em Caxias do Sul e em Porto Alegre. Segundo Barbosa, a empresa também poderá adotar o sistema de franquia para chegar a mercados de grande porte, como São Paulo.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint Brasil.
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