Rabobank: Despertando o potencial do setor lácteo da Polônia

A indústria de lácteos polonesa fornece grandes oportunidades de investimentos aos membros do setor que tomarem a estratégia correta, de acordo com um recente relatório do Rabobank. Enquanto a produção aumentou em nível de fazenda, mais investimentos são necessários para que se alcance todo o potencial da Polônia após a remoção das cotas de produção de leite em 2015. Em nível de processamento, consolidação e melhorias na eficiência forneceriam oportunidades para aproveitar os mercados doméstico e de exportação.

O consumo doméstico de lácteos ainda está bem abaixo das médias da União Europeia (UE), de forma que há mais potencial para investimento. Entretanto, a suspeita natural da indústria com relação às companhias estrangeiras pode exigir uma mudança na forma como os membros de fora do país operam. Isso poderia significar a formação de parcerias ou aquisição de negócios domésticos ao invés de determinar um modelo estrangeiro em um mercado existente.

“A abolição das cotas de leite na UE a partir de abril de 2015 será um divisor de águas para a indústria de lácteos da UE, com um aumento de oferta esperado de 7 a 8% até 2020”, disse o analista do Rabobank, Matthew Johnson. “Condições favoráveis para a produção de leite na Polônia, concomitante a um mercado doméstico comparativamente subdesenvolvido, dá uma vantagem ao país com relação a outros países da UE”.

Desde que se uniu à UE em 2004, a Polônia já se tornou um dos maiores produtores de leite do bloco europeu. O país está bem adaptado à produção de leite devido aos baixos custos da terra, dos alimentos animais e da mão de obra, boa infra-estrutura e potencial para desenvolvimento de pastagem que não têm a mesma pressão do desenvolvimento de terras urbanas como em outras regiões da Europa. O setor de lácteos informal ainda é considerável nacionalmente, mas a remoção da cota em 2015 verá essas fazendas serem absorvidas pelo setor formal, que, por sua vez, deverá expandir rapidamente sem os impedimentos das cotas.

Embora a contínua consolidação em nível de fazenda deva ser requerida para mover a indústria de lácteos para a frente, as barreiras permanecem. A disponibilidade de terras é restrita pelos donos que não desejam vender terra, vista como uma apólice de seguro, restringindo dessa forma, a consolidação de fazendas. A atual fragmentação da cadeia de fornecimento também requer consolidação para que a produção se concentre em fazendas maiores e mais eficientes, com maior rendimento por vaca e eficiência de mão de obra.

Outro desafio é resolver os problemas de confiança que os produtores têm com os membros internacionais do setor de lácteos. Similarmente, a suspeita dos consumidores ainda existe com relação a tudo que não tenha um nome polonês reconhecível.

Nesse contexto, existem oportunidades para membros do exterior aproveitar o potencial da indústria de lácteos do país através de parcerias com companhias domésticas dando suporte à consolidação e avanços tecnológicos e compartilhamento de conhecimentos.

Também há a possibilidade de olhar a Polônia como um provedor de leite para processamento externo, ao invés de um mercado consumidor a se desenvolver a medida que o consumo doméstico de produtos como leite fluido continua declinando, como tem ocorrido em outros locais do continente. Por exemplo, importar leite para transformar em queijos ao invés de importar o produto terminado. As oportunidades serão realizadas por essas companhias internacionais que buscam adaptar seus métodos e parcerias com companhias domésticas na cadeia de fornecimento de lácteos polonesa.

A reportagem é do http://www.farminguk.com, traduzido e adaptado pela Equipe MilkPoint.