Próximos meses poderão definir ritmo dos preços de leite

A produção na primavera do hemisfério sul pode determinar o ritmo nos preços do leite ao produtor.

A produção dos Estados Unidos aumentou em 0,8% no mês passado comparado com julho do ano anterior, mas, no geral, a produção dos Estados Unidos caiu nos últimos meses devido à seca. Apesar do número de vacas leiteiras em julho ser de 41.000 cabeças a mais do que no mesmo mês do ano anterior, o número de animais caiu em 7.000 cabeças, comparado com junho, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O analista sênior do Rabobank, Michael Harvey, disse que a redução na produção dos Estados Unidos ajudaria a equilibrar a produção global de leite, mas não necessariamente alteraria os preços. Ele disse que o mercado tinha estabilizado e que a perspectiva é de uma recuperação nos próximos 12 meses, no entanto deve-se observar a produção na primavera no hemisfério sul.

A boa produção na primavera na Austrália ou Nova Zelândia, ou ambos, poderia preencher o espaço deixado pelo declínio na produção dos Estados Unidos, disse Harvey.

"Até o final do ano, saberemos como as coisas evoluirão, o quão rapidamente se recuperarão. Não saberemos antes disso. Depende dos meses de setembro e outubro - que são os meses de pico de produção".

O diretor da gigante na produção de lácteos da Austrália, Murray Goulburn, Gary Helou, disse que "achava que os preços dos lácteos já estavam aumentando por causa da seca dos Estados Unidos".

A reportagem é do www.weeklytimesnow.com.au, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.