Produtores de leite uruguaios recebem 45% a mais que os argentinos

Os produtores de leite uruguaios recebem em média 45% a mais que os argentinos pelo seu leite (há um ano, essa diferença no preço do leite em ambos os mercados era de "somente" 15% em favor dos uruguaios).

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Os produtores de leite uruguaios recebem em média 45% a mais que os argentinos pelo seu leite (há um ano, essa diferença no preço do leite em ambos os mercados era de "somente" 15% em favor dos uruguaios).

Em maio, o preço de referência média recebido pelos produtores uruguaios foi de US$ 0,41 por litro, segundo os últimos dados publicados pelo Instituto Nacional de Leite do Uruguai (Inale).

Um dado interessante: em maio, o preço médio do leite em pó integral exportado pelo Uruguai foi de US$ 3.560 por tonelada contra US$ 4.042 por tonelada em abril. Trata-se do valor mais baixo desde janeiro de 2011. Apesar dessa importante queda, o preço do leite pago ao produtor se manteve quase constante (em abril passado ficou em US$ 0,42 por litro).

A estabilidade do preço que o produtor uruguaio recebe se apresenta em um contexto de crescimento da produção de leite. Nos primeiros cinco meses de 2012, a oferta de leite foi de 745 milhões de litros (19% a mais que no mesmo período de 2011), segundo dados do Inale.

Na Argentina, a situação é um tanto diferente. O preço de referência do leite recebido pelos produtores de Santa Fé, segundo dados do Ministério de Produção dessa província, foi, em meio, de 1,56 pesos por litro, o que equivale a US$ 0,28 por litro.

No primeiro trimestre de 2012, a captação de leite nas principais indústrias leiteiras argentinas foi de 1,83 bilhão de litros, um dado 12% superior ao registrado no mesmo período de 2011, segundo a Subsecretaria Leiteria do país.

A principal grande característica do setor leiteiro uruguaio é que o principal comprador, processador e exportador de leite é a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite (Conaprole). Essa empresa se ocupa em transferir a seus sócios produtores de leite preços de acordo com os valores internacionais.

A reportagem é do www.valorsoja.com, publicada no Portal Lechero, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Kélcio A. Salgado. Lemos
KÉLCIO A. SALGADO. LEMOS

CÁSSIA - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 30/06/2012

Engano de vocês;

Com logística bem feita a Vale do Rio Doce coloca minério de ferro na China mais barato

que a Austrália que está do lado e,me parece que o valor do transporte em uma tonelada de minério que vale pouco é mais relevante que em uma tonelada de leite em pó.

Por outro lado o presidente da nossa maior compradora de leite será substituído este mês

por um executivo da processadora de leite de lá. Mera coincidência . Não acredito. Prefiro ser chamado de doido por continuar na atividade vendo nosso governo fazer do nosso produto moeda de troca do que ser bobo. Neste ano eleitoral somos 1 milhão e com nossas famílias poderemos chegar a 10 milhões . Sobram 180 milhões  para se beneficiarem.   
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 28/06/2012

Se os preços assim fossem, ainda seria bem mais razoável acreditar (não é o meu caso) que a Argentina estaria mandando excedentes de leite em pó além da cota de 3.600 ton via Uruguai.

A teoria de triangulação intercontinental desafia a lógica matemática,



Abraço
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/06/2012

Mesmo se fosse realidade os preços veiculados (tenho informações seguras da indústria uruguaia que não são) não viabilizaria à nivel de custo a teoria da "volta ao mundo" do leite europeu e neozelandês a procura do "oásis" que é o mercado brasileiro segundo a tese do amigo Guilherme hehehehhehe...


Abraço
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/06/2012

Prezado amigo Roberto Jank Júnior: Além disso, reforça (muito embora o Sávio, de Barbacena, MG, não concorde - rsrsrs) a tese da existência de forte triangulação e de que este leite, em verdade, seja oriundo dos excedentes de outros Países (EUROPA, ÁSIA, NOVA ZELÂNDIA), de qualidade duvidosa, comprados a preço muito menor e revendido aos bobos dos brasileiros, burlando, desta maneira, as restrições pátrias quanto à entrada direta deste produto em nosso território.


Um abraço,








GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG


=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/06/2012

Essas informações são um tanto contraditórias. Tenho informações seguras que os preços médios uruguaios giram em torno de U$$ 0,32 a U$$ 0,35 com tendência de queda.
Kélcio A. Salgado. Lemos
KÉLCIO A. SALGADO. LEMOS

CÁSSIA - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 23/06/2012

          Com este nível de preço ao produtor o Uruguai não teria leite para exportar para o Brasil (U$0,41 ou R$0,83 , mais custos industrial e transporte )  via Mercosul, fato amplamente divulgado pela mídia como  o  principal motivo da recente queda nos preços ao nosso produtor . Por outro lado a situação do produtor argentino é complicada por mais baixo que seja seu custo de produção a lucratividade será baixa  e assim a produção não cresce tanto.

         Atenção produtores de leite vamos ficar atentos e exigir de nossas lideranças  a fiscalização do volume de leite importado via Mercosul pois com a Argentina existe um acordo em volume administrável e com o Uruguai os preços são incompatíveis ou existe subsidio ao produtor de lá ou o leite não é Uruguaio é triangulado de fora do Mercosul.

         Para , indústria não interessa pagar mal o produtor e ficar com pouco leite em seguida Mais interessante é manter as margens e ter estabilidade tanto na recepção  de leite como na venda ao consumidor. Mas se aparece  alguém mais esperto todos tem que acompanhar se não ficam fora do mercado. pois  o negócio leite é contar centavos.

           E como nós já estamos no limite devido a um descompasso nos custos de produção só nos resta a vigilância.

    
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/06/2012

Se o produtor uruguaio recebe U$ 0,41/litro e o país exporta ao Brasil por U$ 3,5 mil a tonelada, está comprovada a pratica de dumping pelo exportador (venda abaixo do custo de produção) e isso já vale uma avaliação de aplicação de tarifa compensatória por prática desleal de comercio ou, pelo menos, restrição de volume por cota de importação também para o Uruguai, que hoje está livre de cotas e não por acaso aumentou em 98% a venda de pó ao Brasil sobre o volume de 2011.


Qual a sua dúvida hoje?