Produtores de leite uruguaios preocupados com a baixa dos preços

Cresce a preocupação entre os produtores de leite devido à baixa nos preços que está começando a ser aplicada por algumas indústrias do setor. O caso mais claro é da empresa de capitais mexicanos instalada em Salto, a Indulacsa, que realizou duas baixas consecutivas em maio no valor pago pelo litro de leite, de 7,90 para 6,80 pesos (US$ 0,38 a US$ 0,32). Nos estados do norte do país, há produtores que estão recebendo 5 pesos (US$ 0,24) por litro de leite.

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Cresce a preocupação entre os produtores de leite devido à baixa nos preços que está começando a ser aplicada por algumas indústrias do setor. O caso mais claro é da empresa de capitais mexicanos instalada em Salto, a Indulacsa, que realizou duas baixas consecutivas em maio no valor pago pelo litro de leite, de 7,90 para 6,80 pesos (US$ 0,38 a US$ 0,32). Nos estados do norte do país, há produtores que estão recebendo 5 pesos (US$ 0,24) por litro de leite.

Outras indústrias, como Ecolat, Pili ou Conaprole, informaram aos produtores que dificilmente poderão manter os atuais preços nas próximas semanas, disse Lindolh. "O grande problema do setor leiteiro é que o custo de vida para os produtores familiares não para de subir".

O técnico da Associação Nacional de Produtores de Leite, Daniel Zorrilla, explicou que, segundo estudos da organização, o custo de produção por litro está em torno de 6 pesos (US$ 0,29).

Os produtores agrupados na Sociedade Rural da Indústria de Lácteos Salteña (Sofrils), que em seu conjunto fornecem à Indulacsa cerca de 200.000 litros diários de leite, questionam seriamente a medida da empresa de baixar o preço da matéria-prima. Eles indicaram em uma nota enviada à diligência da empresa que essas medidas tomadas "tão repentinamente" nesse momento do ano, quando estão iniciando a produção da safra e tem incorrido na maior quantidade de gastos da fazenda (cultivo de pastos, realização de cultivo de forragens, compra de animais, etc.), afetam de forma substancial o orçamento dos produtores e compromete a produção de leite do ano, que é o sustento da indústria.

O presidente da Sofrolis, Gustavo Alonso, disse que essa atitude da empresa chega em um momento "inoportuno", já que o orçamento foi feito em dezembro, quando também se definiram as parições, o que significa um desembolso maior com fertilizantes e pastagens. "Essa baixa do preço do leite joga totalmente contra a manutenção de um nível produtivo aceitável para o produtor de leite".

Até agora, os produtores de leite tinham uma certa liquidez para comprar reservas forrageiras e grãos, que lhes permitiam manter a produção de leite. O produtor orçou os gastos baseando-se em um litro de leite a US$ 0,38 a US$ 0,40, mas agora, o preço caiu para US$ 0,35.

O presidente da Câmara Uruguaia de produtores de leite, Horacio Leániz, disse que "em 2 meses, o produtor começará a sentir a redução de sua liquidez" devido à baixa de 9% a 10% no preço do leite.

O produtor de leite uruguaio recebia cerca de 7,90 pesos (US$ 0,38) por litro e, agora, no melhor dos casos, passou a receber 6,80 pesos (US$ 0,32) por litro. A perda foi de mais de 1 peso (US$ 0,04) por litro e, ainda que pareça pouco, em uma produção de 1.000 litros diários, são mais de 30.000 pesos (US$ 1.451,14) mensais que podem representar o custo de vida de uma família do setor.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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