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Pesquisa MilkPoint/PricewaterhouseCoopers aponta os fatores mais preocupantes para o sucesso da atividade leiteira

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/07/2011

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A disponibilidade de mão-de-obra qualificada, as importações de leite, flutuações de preços e custos de produção, foram os fatores considerados mais preocupantes para o sucesso da atividade leiteira, segundo pouco mais de 400 produtores. Esse foi o resultado da pesquisa realizada pelo MilkPoint e a consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) apresentado durante o Interleite 2011, por José Rezende, sócio da PwC.

Os três fatores foram classificados como "muito preocupantes" pela maioria dos entrevistados. A disponibilidade de mão-de-obra foi o principal fator de preocupação, com 66,6% das respostas, seguida de importações, com 66,1% e flutuações de preços e custos de produção, com 58,9%. Um dos produtores confirma a disponibilidade de mão-de-obra como principal gargalo da atividade: "a mão-de-obra é o grande fator limitante. Mesmo com esta enorme melhora na remuneração, com ganhos significativos no poder aquisitivo do trabalhador rural, não observamos nenhuma melhora. Continuamos sem qualidade e sem oferta".

Para Rezende, a baixa qualificação da mão de obra (e muitas vezes dos próprios criadores) na pecuária de leite levará à redução no número de produtores no Brasil, estimados em 1,2 milhão. "O produtor mais qualificado trata a propriedade como empresa. No Brasil, a pecuária de leite é explorada de forma extrativa", diz Rezende, que também é produtor. Ele defende o investimento na qualificação da mão de obra para que o setor avance.

Em relação às importações, Rezende atribui ao câmbio favorável a internalização de produtos lácteos e o aumento da concorrência do leite produzido em países com menores custos de produção, a exemplo do Uruguai e Argentina, como principais razões. Já a flutuação de preços e os altos custos de produção dificultam o planejamento e investimento na atividade e criam estabilidade para toda cadeia do leite.



Equipe MilkPoint, com informações do jornal Valor Econômico e PricewaterhouseCoopers.

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JOSÉ MANOEL DE OLIVEIRA MOURA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/09/2011

Boa noite.

Parabéns Margot, pelo excelente trabalho.

Estamos muito atrasados em relação aos países chamados de primeiro mundo, entretanto, estamos a frente da maioria dos países existentes no planeta.

Creio, que temos tecnologos em suficiente número para atender a demanda. Temos terra e água em abundancia. Para proporcionar uma renda familiar digna as pessoas que labutam de sol a chuva no campo. Só nos falta organização de todos setores envolvidos para buscarmos melhorar a renda de todos inclusive dos nossos parceiros e suas famílias que trabalham nas propriedades rurais. Só aí, poderemos ter orgulho e prazer de trabalharmos nos setores rurais.Como a Margot demonstrou nos seus estudos, este paradigma, e encontrado na maior parte do país, com exceção em alguns paraísos no Sul do Brasil, onde os produtores são em verdade empreendedores de sucesso, pelo que lhes cumprimento. Precisamos melhorar a qualidade de vida destas famílias que lutam contra todas adversidades no campo. Dentre os diversos benefícios, cito um deles, menos famílias que tradicionalmente vivem no campo, nas cidades, obviamente menos problemas sociais para o estado.

Será que ninguém atentou para estes problemas?

Mais uma vez felicito a Margot pelo brilhantismo do seu trabalho.
RAIMUNDO SAUER

UNAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/07/2011

Bom dia, a produçao de leite em todos os paises produtores sacrifica a populaçao com ela envolvida. Esta é a realidade. Nunca vi produtor de leite que estivesse satisfeito com o preço recebido. Alias, qual produtor rural esta? Os preços dos nossos produtos, soja,feijao,leite,carne sao impostos para nos produtores pelos setores da industrializaçao que nao admitem em dividir as margens de lucro com o setor primario (nos, agricultores). E assim a gente vive na zona rural. E o mais interessante é que a maioria da popullaçao urbana tem  aquele sonho do meio rural de quando aposentar adquirir  uma "terrinha,criar um porquinho,plantar um pe de mandioquinha e viver a vida do Jequinha".
MARGOT RIEMANN COSTA E SILVA

NOVA CRIXÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/07/2011

Peço que retifiquem:



Sou produtora de leite em Goiás e pesquisadora. Desde 2001 pesquiso a bacia leiteira de Piracanjuba em Goiás. Faço algumas observações:



1) A pecuária leiteira é a grande âncora social do país. São 1.300.000 produtores, dos quais 80% familiares, ocupa-se em média mais de uma trabalhador por estabelecimento. O Censo 2010 revela que onde é disseminada a pecuária leiteira a renda das famílias rurais é comparativamente maior.

2) Mas, e aí vem uma segunda questão, a renda das famílias que produzem leite, ou que trabalham na pecuária leiteira ainda está muito abaixo da renda das famílias urbanas, em outras palavras, produzir leite, é menos rentável que qualquer atividade industrial ou de serviços. Para um mesmo investimento e para o mesmo trabalho, ganha-se comparativamente muito menos na pecuária leiteira. Ganha-se mais, em alguns momentos, do que nas culturas de lavouras temporárias ou permanentes. Mas perde-se na comparação com as atividades urbanas.

3) Levantamento de custos e receitas em 17 propriedades de Piracanjuba ao longo de 12 meses em 2009/2010 revelou por que há tanta resistência por parte do produtor em aumentar escala.  A utilização de matrizes de maior sangue europeu aumenta exponencialmente os custos. Para uma aumento de produção de leite em 300%, aumentam os custos com rações em 500% e medicamentos em 400%. Há maior mortalidade de bezerros, recriam-se menos animais. é menor a vida útil da matriz, ganha-se, portanto, menos com a venda de animais.

4) O ganho que o aumento de escala proprociona é na verdade  em cima da mão de obra. A maior economia de mao de obra, sobretudo a familiar, garante lucratividade maior dos sistemas intensivos

5) Aí está o nó de toda questão. Na verdade a mão de obra na atividade leiteira está subremunerada. As jornadas são muito longas, o trabalho é intenso, trabalha-se aos domingos e nos feriados, . Em Piracanjuba o salário médio de um vaqueiro é de 1,1 a 2 salários mínimos, valor compatível com o salário de um servente de pedreiro, e em muitos casos não é formalizado. Não são remuneradas as horas extras e o trabalho aos domingos e feriados.

6) O mesmo problema se dá em relação ao prolabore familiar. Nas planilhas do Sebastião Teixeira Gomes, por exemplo, lança-se o preço de um vaqueiro para a remuneração do produtor, ou seja, equipara-se seu trabalho a um servente de pedreiro, quando o trabalho de um produtor de leite teria que ser equiparado a um mestre de obra ou encarregado de produção.

7) Nos sistemas com escala acima de 900 l/dia e que tem rentabilidade positiva a mão de obra (contratada e familiar) representa 14,75% dos custos de produção (COE). Na Alemanha a mão de obra representa pelo menos 25% dos custos.

8) Percebe-se que a cadeia produtiva do leite em nossa região sustenta-se em cima da subremuneração da mão de obra.

9) Um aumento da remuneração da mão de obra, tanto contratada como familiar, inviabiliza a atividade na nossa região.



Este é um problema a ser resolvido.

MARGOT RIEMANN COSTA E SILVA

NOVA CRIXÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/07/2011

Sou produtora de leite em Goiás e pesquisadora. Desde 2001 pesquiso a bacia leiteira de Piracanjuba em Goiás. Faço algumas observações:



1) A pecuária leiteira é a grande âncora social do país. São 1.300.000 produtores, dos quais 80% familiares, ocupa-se em média mais de uma trabalhador por estabelecimento. O Censo 2010 revela que onde é disseminada a pecuária leiteira a renda das famílias rurais é comparativamente maior.

2) Mas, e aí vem uma segunda questão, a renda das famílias que produzem leite, ou que trabalham na pecuária leiteira ainda está muito abaixo da renda das famílias urbanas, em outras palavras, produzir leite, é menos rentável que qualquer atividade industrial ou de serviços. Para um mesmo investimento e para o mesmo trabalho, ganha-se comparativamente muito menos na pecuária leiteira. Ganha-se mais, em alguns momentos, do que nas culturas de lavouras temporárias ou permanentes. Mas perde-se na comparação com as atividades urbanas.

3) Levantamento de custos e receitas em 17 propriedades de Piracanjuba ao longo de 12 meses em 2009/2010 revelou por que há tanta resistência por parte do produtor em aumentar escala.  A utilização de matrizes de maior sangue europeu aumenta exponencialmente os custos. Para uma aumento de produção de leite por vaca e por hectare em 300%, aumentam os custos com rações e medicamentos em 500%. Há maior mortalidade de bezerros, recriam-se menos animais. é menor a vida útil da matriz, ganha-se, portanto, menos com a venda de animais.

4) O ganho que o aumento de escala proprociona é na verdade  em cima da mão de obra. A maior economia de mao de obra, sobretudo a familiar, garante lucratividade maior dos sistemas intensivos

5) Aí está o nó de toda questão. Na verdade a mão de obra na atividade leiteira está subremunerada. As jornadas são muito longas, o trabalho é intenso, trabalha-se aos domingos e nos feriados, . Em Piracanjuba o salário médio de um vaqueiro é de 1,1 a 1,8 salários mínimos, valor compatível com o salário de um servente de pedreiro, e em muitos casos não é formalizado. Não são remuneradas as horas extras e o trabalho aos domingos e feriados.

6) O mesmo problema se dá em relação ao prolabore familiar. Nas planilhas do Sebastião Teixeira Gomes, por exemplo, lança-se o preço de um vaqueiro para a remuneração do produtor, ou seja, equipara-se seu trabalho a um servente de pedreiro, quando o trabalho de um produtor de leite de teria que ser equiparado a um mestre de obra ou encarregado de produção.

7) Nos sistemas mais intensivos, de rentabilidade positiva a mão de obra (contratada e familiar) representa 14,75% dos custos de produção (COE). Na Alemanha a mão de obra representa pelo menos 35% dos custos.

8) Percebe-se que a cadeia produtiva do leite em nossa região sustenta-se em cima da subremuneração da mão de obra.

9) Um aumento da remuneração da mão de obra, tanto contratada como familiar, inviabiliza a atividade na nossa região.



Este é um problema a ser resolvido.



PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/07/2011

A verdade está começando a aparecer, produção leiteira é a mais complexa das atividades agropecuárias, que demanda mão-de-obra qualificada. Nas demais, por vezes basta um treinamento de operador de maquinário, seguir as regras da integração, atender  o pacote tecnológico dos  insumos, etc., e as coisas andam.

Na Alemanha, por exemplo, o sujeito para ser produtor de leite, além de adquirir uma quota de produção, dispor de área e animais, é obrigado, após um curso do tipo técnico agrícola, a fazer um estágio de alguns anos com um mestre agrícola, e receber aprovação e certificação para poder exercer a atividade.

A exemplo do que acontece em outros países, a mão-de-obra contratada (e competente) só se viabilizará nos grandes empreendimentos, com escala de produção, enquanto que nas demais a produção leiteira fatalmente se tornará uma atividade familiar, ou seja, onde o proprietário e seus familiares é que fazem a ordenha.

Talvez esta seja a razão principal dos investimentos realizados ultimamente pelas indústrias de laticínios na Região Sul do país,  nas áreas de pequenas e médias propriedades, com mão-de-obra familiar, onde o leite é uma atividade de renda mensal para ocupar e evitar o êxodo da força de trabalho ainda disponível.

Sem dúvida, a atividade leiteira é complexa e demanda pessoal cada vez mais capacitado e permanentemente atualizado, e que, justificadamente, deverá ser adequadamente remunerado.
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/07/2011

Prezada Mariana, eu como produtor já fiz 4 cursos pelo SENAR, me lembro da dificuldade que foi para conseguir gente suficiente para fazer os cursos. Infelizmente o problema da mão de obra está pior que você imagina, como mandar alguem fazer um curso, se você nem consegue contratar alguem sem qualificação?
ANA PAULA DE SOUZA CUNHA

ECOPORANGA - ESPÍRITO SANTO

EM 15/07/2011

Concordo em gênero e grau com você Mariana. Na minha região os produtores estão tão atrasados quanto sua mão-de-obra. Eles estão ordenhando vacas de 3 litros de leite até hoje! Como vão pagar um funcionário qualificado ou um técnico pra lhe darem instruções? A situação tá complicada! E vem ai a normativa 51, posso apostar que nem 10% dos produtores aqui do leste de minas sabe o que ela é.

Os cursos do SENAR são ótimos, eu já fiz 3. E faço o que posso pra incentivar os produtores da minha cidade a deixarem suas atividades durante um período curto para se dedicarem a aprender o que há de básico na profissão e eles ainda não realizam, mas são poucos com a cabeça aberta dispostos a aceitarem que a realidade da produção de leite mudou.
DARLANI DE SOUZA PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/07/2011

O  principal, é  o pagamento  péssimo  ao  produtor  por  um litro de leite,  não temos estímulo  para trabalhar, e tudo  que nós adquirimos para realizações  ou manutenção  de  nossa  propriedade  é  caro.
MARIANA PERAZA MEIRA DE OLIVEIRA

ITABERAÍ - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/07/2011

Bom dia! Acho que a falta de qualificação da mão-de-obra é um  grande problema sim, mas por trás dela vem a falta de qualificação do próprio produtor rural, que, na sua maioria, não tem ideia de como administrar a sua atividade, não sabe como priorizar as metas (as vezes, nem sabe estabelece-las) e por aí vai... E como qualificar o funcionário se quem está no comando não está qualificado??? Vamos aproveitar as oportunidades que estão na nossa frente, como por exemplo, os cursos que o SENAR oferece em todo o país, gratuitos (aliás, pagos pelo produtor como uma parte dos impostos recolhidos), estes cursos não são só para o treinamento e qualificação dos funcionários, mas dos produtores também. Como cobrar responsabilidade, seriedade e competência do seu funcionário se você não consegue administrar seu negócio? Acho que esta questão vai além do problema da mão-de-obra escassa e desqualificada! Pensem nisso...
RAFAEL TOBIAS BOCALON WEISS

PALOTINA - PARANÁ

EM 15/07/2011

Não resta dúvidas que a " mão de obra", e nem estamos falando em qualificação, é um fator que restringe o desenvolvimento da atividade. O impacto é ainda maior e mais limitantes quando se fala de propriedades que buscam a ampliação da atividade, tendo que sair da mão de obra familar e esbarram no fator " mão de obra".
ABEL DE CARLI

VISTA ALEGRE DO PRATA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/07/2011

As novas gerações não se enxergam mais trabalhando com vacas desde sedo ganham um computador e outros aparelhos eletronicos e não se interessam mais pelo meio rural mesmo nascendo no interior por outro lado a pouca valorização da sociedade pelo trabalhador rural.                                                                                      
HELDER DE ARRUDA CÓRDOVA

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 14/07/2011

Levantar os problemas da pecuária leiteira é importante, até os mais conhecidos, os quais foram citados. Todas as pessos que trabalham nessa atividade conhecem esses problemas. Mas importante que levantar os problemas é apontar forma de solucioná-los. Aí está o problema maior. Infelizmente, a pecuária leiteira está cheia de tecnocratas que tem solução para tudo só no papel ou em palestras bem pagas.

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