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Papel dos produtos lácteos na saúde da mulher

POR JULIANA SANTIN

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/04/2006

19 MIN DE LEITURA

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Introdução

As mulheres representam pouco mais da metade (51,1%) da população dos Estados Unidos (1). No Brasil, de acordo com o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam 51% da população (73).

Segundo a American Dietetic Association e a Dietitians of Canada, as mulheres correm mais riscos de várias doenças e condições relacionadas à dieta devido às suas necessidades nutricionais específicas (2).

Nos EUA, as dietas de grande parte das mulheres de 19 anos ou mais fornecem uma quantidade menor do que a recomendada de nutrientes essenciais, como cálcio, magnésio, vitaminas A, B6 e K, e zinco (3). Somente 12% das mulheres consomem cálcio a partir dos alimentos em níveis maiores do que o recomendado (ou seja, 1.000 mg por dia para mulheres de 19 a 50 anos de idade e de 1.200 mg por dia para mulheres de 51 anos ou mais) (3,4).

A baixa ingestão de cálcio pelas mulheres é atribuída, em grande parte, à sua baixa ingestão de leite e outros alimentos lácteos. Mulheres de 20 anos de idade ou mais consomem somente 1,4 porções de alimentos lácteos por dia (5), comparado com a quantidade recomendada de três porções de leite, queijos ou iogurte por dia (6).

Os alimentos lácteos são as principais fontes de cálcio e fornecem oito nutrientes essenciais, incluindo proteína, potássio, fósforo, vitaminas A, D (se fortificado) e B12, riboflavina e niacina (7-9). É difícil suprir as necessidades de cálcio quando a dieta contém uma quantidade pequena ou nenhuma de produtos lácteos (2,10,11).

Como o leite, os queijos e os iogurtes são alimentos naturalmente densos em nutrientes, sua ingestão melhora a qualidade nutricional geral da dieta de mulheres (8,12-14).

Alimentos lácteos e doenças/desordens que afetam as mulheres

Osteoporose

A osteoporose é uma importante ameaça à saúde pública para cerca de 44 milhões de americanos (15). Nos EUA, estima-se que 10 milhões de pessoas com mais de 50 anos têm a doença e quase 43 milhões têm baixa massa óssea, estando, desta forma, com alto risco de desenvolvimento de osteoporose (16).

Dos 10 milhões de americanos que se estima ter osteoporose, 80% são mulheres (15). Uma em cada duas mulheres (um em cada quatro homens) de mais de 50 anos terá uma fratura relacionada à osteoporose em sua vida.

Para reduzir os riscos de osteoporose, mudanças no estilo de vida, incluindo a ingestão de uma dieta nutricionalmente balanceada contendo alimentos ricos em cálcio e vitamina D (como por exemplo, alimentos lácteos) e a prática regular de exercícios físicos são recomendados (2,6,15,16).

O cálcio e a vitamina D são os nutrientes mais importantes para a saúde dos ossos (2,16). Infelizmente, muitas mulheres não consomem quantidades suficientes destes nutrientes (3).

Vários estudos com mulheres indicam que o maior consumo de alimentos lácteos ou nutrientes dos lácteos (como cálcio, vitamina D, proteína) ajudam a maximizar o pico de massa óssea e a reduzir a perda óssea e a incidência de osteoporose (17-24).

Recentemente, pesquisadores mostraram que a perda óssea no quadril e na espinha dorsal associada com o uso de contraceptivos orais foi reduzida em mulheres que consumiram produtos lácteos contendo pelo menos 1.000 mg de cálcio por dia (18).

O uso de contraceptivos orais sem a ingestão adequada de cálcio pode evitar que mulheres jovens atinjam o pico de massa óssea, aumentando, desta forma, seu risco de desenvolver osteoporose com o avanço da idade.

Neste estudo de um ano, 154 mulheres com idade de 18 a 30 anos (usuárias e não usuárias de contraceptivos orais) com baixo consumo de cálcio (<800 mg/dia) foram divididas aleatoriamente em três grupos com dietas controladas: controle (<800 mg de cálcio por dia), média quantidade de lácteos (1.000 a 1.100 mg de cálcio por dia) ou alta quantidade de lácteos (1.200 a 1.300 mg de cálcio por dia) (18).

Ao final do ano do estudo, as mulheres que consumiram dietas com quantidades média e alta de lácteos tiveram uma densidade mineral óssea significantemente maior do em seus quadris e espinhas dorsais do que as mulheres do grupo controle.

As usuárias de contraceptivos orais que consumiram dietas pobres em cálcio perderam ossos tanto na espinha como no quadril comparado com as não usuárias, mas esta perda foi evitada com a ingestão média ou alta de lácteos (18). As descobertas deste estudo sugerem que as mulheres que consomem contraceptivos orais devem consumir produtos lácteos em níveis necessários para obter a quantidade recomendada de cálcio para otimizar a saúde de seus ossos (18).

Em um estudo seccional cruzado com 108 mulheres japonesas estudantes de enfermagem com idade de 19 a 25 anos, baixa ingestão de cálcio e hiperparatireoidismo (parcialmente explicado pela baixa quantidade de vitamina D na dieta e baixa ingestão de cálcio e proteína) foram identificadas como importantes indicadores independentes da baixa densidade mineral óssea (21).

Em outro estudo seccional cruzado com 963 mulheres norueguesas com idade de 19 a 35 anos, a baixa ingestão de leite foi associada com baixa densidade mineral óssea no antebraço, enquanto as mulheres que bebiam grandes quantidades de leite tinham uma densidade mineral óssea significantemente maior no pulso e no antebraço (22).

Uma meta-análise de 15 estudos controlados aleatórios sobre o efeito do cálcio para a prevenção de osteoporose na pós-menopausa mostrou que o aumento da ingestão de cálcio reduziu a perda óssea em aproximadamente 2% após dois anos ou mais e levou a uma redução significante (~23%) no risco de algumas fraturas (20).

Em 29 mulheres na pós-menopausa cujas dietas eram tipicamente pobres em cálcio (<600 mg/dia), a ingestão de três porções diárias de iogurte sabor frutas ao invés de outro aperitivo não nutritivo durante sete a 10 dias, reduziu significantemente o marcador urinário (isto é, N-telopeptídeo) para reabsorção óssea (14).

A adição de iogurte à dieta também melhorou a qualidade nutricional da dieta de mulheres (14). Estudos com mulheres chinesas na pós-menopausa demonstraram que a perda óssea relacionada à idade é reduzida e a densidade óssea mineral aumentará naquelas que aumentarem sua ingestão de leite (23,24).

Além do cálcio, outros nutrientes dos alimentos lácteos, como vitamina D e proteínas, também são importantes para a saúde dos ossos. O status adequado de vitamina D é essencial para maximizar a saúde do esqueleto em toda a vida (4,16,25).

A vitamina D pode ser obtida através da síntese na pele após a exposição à luz solar e através do consumo de alimentos contendo vitamina D, como os alimentos lácteos fortificados com esta vitamina. Poucos alimentos são naturalmente ricos em vitamina D. Por esta razão, virtualmente todo o leite nos EUA é voluntariamente fortificado com vitamina D a um nível de 100 I.U. por porção de um copo (4).

Recentes descobertas de pesquisas nacionais revelam que muitas mulheres falham em consumir quantidades suficientes de vitamina D e/ou têm status de vitamina D pobre (26,27). Um estudo mostrou que mulheres com idade de 14 a 50 anos tinham cerca da metade da probabilidade dos homens de suprir as recomendações de vitamina D das fontes alimentícias (26). Este estudo mostrou que o grupo de alimentos lácteos era a maior fonte de cálcio e vitamina D (26).

Um status ruim de vitamina D resulta em uma menor absorção intestinal de cálcio e pode levar à hiperparatireoidismo secundário, aumento da perda óssea, osteomalácia e aumento dos riscos de fraturas (4).

Uma meta-análise de 25 estudos controlados aleatórios sobre vitamina D e densidade e fraturas ósseas em mulheres na pós-menopausa mostraram que a vitamina D reduz as fraturas vertebrais e possivelmente não vertebrais (28). Uma maior ingestão de cálcio e vitamina D mostrou ser efetiva na redução da perda óssea, na incidência de fraturas e nas quedas em mulheres idosas (21,29-31).

A proteína é outro nutriente dos alimentos lácteos que afeta favoravelmente a saúde dos ossos e ajuda a prevenir a osteoporose, particularmente em mulheres que suprem seus requerimentos de vitamina D e cálcio (32,33).

Vários estudos epidemiológicos em mulheres demonstraram uma associação positiva entre a ingestão de proteínas e a saúde dos ossos (34-37). Em um estudo seccional cruzado com 489 mulheres na pós-menopausa, uma maior densidade mineral óssea na espinha dorsal e total foi encontrada nas mulheres que consumiam uma dieta rica em proteína (72 gramas por dia ou 20% de calorias) e pelo menos 400 mg de cálcio por dia comparado com as mulheres que consumiam dietas com menor nível de proteína (37). Outros nutrientes dos alimentos lácteos, como fósforo e potássio têm demonstrado melhorar a saúde dos ossos em mulheres (38,39).

Um relatório da North American Menopause Society (NAMS) enfatiza o importante papel do cálcio antes e depois da menopausa para reduzir os riscos de doenças como a osteoporose (40).

A NAMS afirma que os produtos lácteos estão entre as melhores fontes de cálcio devido ao seu alto teor deste mineral, alta disponibilidade do mesmo, e baixo custo relativo ao seu valor nutricional total (40). Os alimentos lácteos também são importantes fontes de outros nutrientes essenciais para a saúde dos ossos, como vitamina D, proteína, fósforo e potássio (7-9).

Sobrepeso e obesidade

Entre as mulheres dos EUA com 20 anos ou mais, 61% estão em sobrepeso ou obesas (41). O sobrepeso e a obesidade estão associados a uma série de doenças que afetam mulheres como doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e alguns cânceres ( endometrial, cólon, mama pós-menopausa) (42).

Mais mulheres (43,6%) do que homens (28,8%) tentam perder peso (42). No entanto, muitas mulheres que tentam perder peso não seguem a estratégia recomendada de redução na ingestão de calorias e aumento da atividade física (43).

Evidências indicam que a eliminação de certos grupos de alimentos (por exemplo, produtos lácteos) da dieta em um esforço para perder peso pode ser prejudicial para a saúde das mulheres e contraprodutivo em seus esforços para perder peso. Como a perda de peso ou a restrição de calorias estão associadas a efeitos adversos à saúde dos ossos, pode ser necessária uma ingestão de cálcio maior do que a normalmente recomendada para mulheres com sobrepeso fazendo dieta de restrição de calorias para proteger seus ossos (44,45).

Estudos científicos emergentes indicam que mulheres com sobrepeso ou obesas podem ser capazes de melhorar seus esforços para perder peso consumindo três porções de produtos lácteos por dia como parte de uma dieta de calorias reduzidas para perda de peso (46-49).

Em mulheres jovens adultas com idade de 18 a 31 anos envolvidas em um programa de exercícios de dois anos, o cálcio dos alimentos lácteos foi associado com menos peso corpóreo e menos gordura corpórea em mulheres que consumiam menos de 1.900 calorias por dia, mas não naquelas que tinham uma ingestão maior de calorias (46).

Neste estudo, a maior ingestão de calorias parece anular qualquer efeito benéfico do cálcio no peso corpóreo. Em uma re-avaliação de cinco estudos clínicos originalmente designados a medir a saúde dos ossos e incluindo 780 mulheres, pesquisadores demonstraram que a maior ingestão de cálcio, particularmente dos alimentos lácteos, foi associada com um menor índice de massa corpórea (IMC) e peso corpóreo (48).

Em uma re-avaliação subseqüente dos mesmos dados, estimou-se que o aumento da ingestão de cálcio para as quantidades recomendadas pode reduzir a prevalência de sobrepeso e obesidade em mulheres em 60% a 80% (49).

Vários estudos clínicos que incluíram mulheres em sobrepeso ou obesas seguindo uma dieta com reduzidas calorias (isto é, com déficit de 500 calorias) demonstraram que o aumento do consumo de alimentos lácteos para três porções por dia melhorou a perda de peso corpóreo e de gordura, reduziu a obesidade central (cintura) e minimizou a perda de massa magra comparado com o mesmo grau de restrição de energia enquanto consumiam pouco ou nenhum produto lácteo.

O consumo de três porções de alimentos lácteos por dia também pode ajudar a melhorar a composição corpórea durante a manutenção do peso (51). É importante notar que o efeito benéfico do cálcio dietético ou da ingestão de produtos lácteos no peso corpóreo ou na gordura parece ocorrer somente sob circunstâncias específicas como a ingestão de uma menor quantidade de calorias, ou somente para indivíduos específicos, como aqueles que são obesos ou estão em sobrepeso (52).

Entre os vários mecanismos sugeridos para explicar os efeitos benéficos dos produtos lácteos no metabolismo da gordura corpórea está a capacidade do cálcio dietético de aumentar a oxidação da gordura (53).

Em um recente estudo clínico com 19 mulheres com peso normal com idade de 18 a 30 anos, pesquisadores descobriram que as mulheres que consumiram três porções de lácteos por dia durante um ano queimaram mais gorduras e calorias de uma refeição do que as mulheres que consumiram menos cálcio (<800 mg/dia ou uma a duas porções de lácteos por dia) (53).

Tensão Pré-Menstrual

Uma dieta rica em alimentos lácteos ou nutrientes dos produtos lácteos pode ser benéfica no alívio dos sintomas e na prevenção da tensão pré-menstrual (TPM), uma condição que ocorre em cerca de 8% a 20% das mulheres em idade reprodutiva (54).

Os resultados de estudos clínicos indicam que o aumento da ingestão de c��lcio em cerca de 1.000 a 1.300 mg por dia alivia substancialmente os sintomas da TPM (55-58). Além disso, estudos mostraram que a ingestão de leite, queijos e iogurte está associada com menos sintomas de TPM (55,56,59).

Além de reduzir os sintomas da TPM, o cálcio e a vitamina D nos alimentos podem ajudar a evitar o desenvolvimento da TPM (54). Em uma recente pesquisa caso-controle, pesquisadores compararam as dietas e o uso de suplementos de 1.057 mulheres com idade de 27 a 44 anos que reportaram o desenvolvimento de TPM durante o curso de 10 anos com aquelas de 1.968 mulheres que reportaram nenhum ou mínimos sintomas de TPM durante o mesmo período (54).

A alta ingestão de cálcio e vitamina D a partir de alimentos (mas não na forma de suplementos) - equivalente a cerca de quatro porções de leite ou iogurte com baixo teor de gordura - foi associada a um risco significantemente menor de TPM comparado com a ingestão de uma porção ou menos por dia (54).

Derrame

A cada ano, cerca de 40 mil mais mulheres que homens sofrem um derrame (um tipo de doença cardiovascular) e mais de 60% das mortes totais por derrame ocorrem em mulheres (60). A ingestão de alimentos lácteos ou nutrientes dos produtos lácteos (como cálcio, potássio, magnésio, proteína) está relacionada à redução do risco de derrame (61-64).

A alta ingestão de cálcio dietético foi associada com um menor risco de derrame isquêmico no Estudo de Saúde de Enfermeiras com mais de 85 mil mulheres com idade de 34 a 59 anos (62). A associação inversa entre a ingestão de cálcio e derrame foi quase três vezes mais forte para produtos lácteos do que para fontes não lácteas de cálcio (62). Um recente estudo prospectivo com mulheres japonesas mostrou que a ingestão de cálcio de alimentos lácteos foi associada com um risco reduzido de mortalidade por derrame (64).

Síndrome Metabólica

A síndrome metabólica, um fator de risco para doença coronariana do coração e diabetes tipo 2, é um grupo de três ou mais das seguintes anormalidades metabólicas: perfil anormal de lipídios, alta pressão sangüínea, obesidade e metabolismo anormal da glicose.

Uma análise dos dados de mais de 10 mil mulheres de meia-idade ou mais dos EUA que participaram do Estudo da Saúde de Mulheres mostrou que maiores consumos de cálcio (total, dietético e suplementar) e produtos lácteos foram associados com uma menor prevalência da síndrome metabólica (65).

A maior versus a menor ingestão de cálcio de alimentos foi associada com uma menor prevalência de síndrome metabólica do que quando o cálcio foi obtido por suplementos (65). Além disso, em mulheres jovens com sobrepeso de idade de 18 a 30 anos, o consumo de lácteos mostrou estar associado com uma incidência reduzida de síndrome metabólica (66).

Outros potenciais benefícios

O consumo de produtos lácteos tem potenciais benefícios adicionais para mulheres. A alta ingestão de alimentos ricos em cálcio pode reduzir os riscos das mulheres desenvolverem pedras nos rins (67,68).

De acordo com um estudo prospectivo de oito anos com mais de 96 mil mulheres com idade de 27 a 44 anos participando do Estudo da Saúde de Enfermeiras II, as mulheres com o maior consumo de cálcio (1.129 mg por dia ou mais) versus o menor consumo (626 mg por dia ou menos) tiveram um risco significantemente reduzido para pedras nos rins (67).

Em contraste com o cálcio dietético, a ingestão de suplementos de cálcio foi associada com um maior risco de pedras nos rins. Os cientistas especulam que o alto consumo de cálcio dietético inibe a absorção intestinal e a excreção urinária de oxalato, reduzindo, desta forma, a formação de pedras de oxalato de cálcio, o tipo mais comum (67).

O consumo de produtos lácteos fermentados ou produtos lácteos contendo probióticos (isto é, microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde) pode ajudar a proteger contra infecções no trato urinário em mulheres, de acordo com um estudo caso-controle que avaliou a dieta e outros fatores de risco para infecções do trato urinário (69).

Mulheres que consumiram produtos lácteos fermentados como iogurte e certos queijos três ou mais vezes por semana tiveram 79% menor incidência de infecções no trato urinário comparado com aquelas que consumiam estes produtos uma vez por semana ou menos (69).

Conclusões

O consumo de quantidades recomendadas de produtos lácteos melhora a ingestão de nutrientes das mulheres e pode reduzir seus riscos para várias doenças crônicas e outras condições.

Tendo os alimentos lácteos prontamente disponíveis nas refeições familiares ou como aperitivos e lanches e consumindo esses alimentos, as mulheres podem ter um papel positivo na formação dos hábitos alimentares das crianças, incluindo sua ingestão de produtos lácteos (70-72).

Um estudo prospectivo com 192 mães e suas filhas jovens mostrou que o consumo de leite pela mãe e a forma como o leite é disponibilizado a suas filhas nas refeições e lanches estiveram positivamente relacionados com o consumo de leite, cálcio e saúde dos ossos das filhas (72).


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72. Fisher, J.O., D.C. Mitchell, H. Smiciklas-Wright, et al. Am. J. Clin. Nutr. 79: 698, 2004.
73. https://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/populacao/populacao_no_brasil.html.

JULIANA SANTIN

Médica veterinária formada pela FMVZ/USP. Contribuo com a geração de conteúdo nos portais da AgriPoint nas áreas de mercado internacional, além de ser responsável pelo Blog Novidades e Lançamentos em Lácteos do MilkPoint Indústria.

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