A ação foi coordenada pela Polícia Civil que solicitou apoio técnico da Adapec para averiguação de fabricação de produtos lácteos sem as devidas condições higiênicas sanitárias e provável fraude envolvendo o estabelecimento clandestino e uma empresa de laticínio.
Em Araguaína
No município de Araguaína, a equipe localizou em uma chácara, uma produção irregular de queijo tipo muçarela, sem as mínimas condições higiênicas sanitárias e sem o devido registro em órgão oficial de inspeção de produtos de origem animal, caracterizando o estabelecimento como clandestino. A produção funcionava em um antigo laticínio abandonado próximo à residência da chácara.
“A sala onde os produtos eram produzidos encontrava-se suja, com restos de produções anteriores e odores pútridos. Identificamos também o uso de equipamentos de madeira, ferro oxidado (faca e macalé), água sem o devido tratamento e certificação de potabilidade para fabricação de alimentos de origem animal, utensílios sujos, denotando que o estabelecimento não possuía condições mínimas para produção de derivados lácteos”, relatou a inspetor de defesa agropecuária da Adapec, Fernando Loiola Nunes.
No local foram encontrados 13 quilos de queijo tipo muçarela fatiado sem rotulagem, 47 barras de queijo tipo muçarela (04 quilos cada) totalizando 188 quilos sem rotulagem e 43 barras de queijo tipo muçarela (04 quilos cada) totalizando 172 quilos com rótulo de outro laticínio, que não possuía aprovação no serviço oficial de inspeção. Todos os produtos estavam acondicionados em dois refrigeradores juntamente com outros produtos alimentícios sem o devido controle de temperatura.
Por estar em total desacordo com a Lei Estadual 502/92 e o Decreto 5.751/17 do serviço de Inspeção Estadual, o estabelecimento foi interditado para produção de derivados lácteos, os produtos foram apreendidos e destruídos no aterro sanitário de Araguaína.
Em Nova Olinda
Como as investigações apontavam a participação do proprietário de um laticínio de Nova Olinda com a fábrica clandestina de queijo de Araguaína, a equipe também esteve neste local e encontrou produtos acabados (queijo muçarela) embalados e identificados por meio de etiqueta e produtos fabricados (creme de soro de leite) ambos sem a aprovação do SIE. “A quantidade de produtos fabricados não condizia com a quantidade de matéria-prima recebida pela indústria e registrada em planilhas, o que caracteriza a ausência de controle da rastreabilidade da matéria-prima”, disse a inspetora de defesa agropecuária da Adapec, Hellen Núbia Maciel Miranda.
A indústria recebeu auto de infração no valor de R$ 10 mil reais e foram lavrados termos de apreensão e inutilização de 550 quilos de queijos clandestinos e mais 130 quilos de creme de soro de leite. Os produtos apreendidos foram também destruídos no aterro sanitário de Araguaína.
As informações são do Conexão Tocantins.