Nova Zelândia: Produção de leite a baixo custo enfrentará limitações
Para o futuro, um número crescente de evidências sugere que o maior exportador mundial de leite enfrentará um período cada vez mais difícil para manter essa vantagem. O Governo da Nova Zelândia espera que a produção de leite na estação de 2012/13 do país permaneça estável.
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Para o futuro, um número crescente de evidências sugere que o maior exportador mundial de leite enfrentará um período cada vez mais difícil para manter essa vantagem. O Governo da Nova Zelândia espera que a produção de leite na estação de 2012/13 do país (de 1 de junho a 31 de maio) permaneça estável, com menores rendimentos por vaca sendo compensados por um maior número de vacas. Por si só, isso não leva à previsão de uma deterioração da competitividade de preços do país – afinal, a produção de leite aumentou em 11% em 2011/12 e a produção anual da Nova Zelândia está maior do que nunca.
A população de vacas leiteiras da Nova Zelândia tem crescido mais rápido do que a população humana. Em 30 de junho de 2012, a Nova Zelândia tinha cerca de 6,5 milhões de cabeças de gado leiteiro. Para colocar isso em perspectiva, pense em pegar todas as vacas leiteiras presentes em Califórnia, Idaho, Michigan, Minnesota, Nova México, Nova York, Pensilvânia, Texas e Wisconsin e coloca-las todas em uma área no tamanho mais ou menos do Colorado – e, então, ter pasto suficiente para alimentar todas elas, além de mais 31 milhões de ovinos e 3,7 milhões de bovinos de corte.
A produção leiteira está pressionando os recursos naturais do país, bem como seu sistema tradicional de produção. A Nova Zelândia está sob pressão ambiental significante. As principais regiões estão reportando fortes preocupações de que o país não poderá continuar apoiando as recentes tendências no número de vacas e no crescimento da produção de leite. Governos estaduais foram forçados a estreitar as regulamentações nas conversões de fazendas para a produção leiteira e estão considerando restringir o uso da água para irrigação.
Vários recentes estudos ambientais deram à Nova Zelândia classificação ruim em termos de qualidade da água, preservação da vegetação e habitat naturais, emissões de gases de efeito estufa e cuidado com espécies ameaçadas, citando o setor agrícola do país, particularmente o setor leiteiro, como responsáveis. Mais medidas de regulamentação ambiental estão sendo trabalhadas.
Ao mesmo tempo, os produtores de leite estão tentando colocar mais vacas por hectare e aumentar a suplementação alimentar. Os produtores importaram milhares de toneladas de palma, farelo de soja e farelo de algodão nos últimos anos para compensar a pastagem insuficiente e aumentar a produtividade. Aumentaram o uso de irrigação e os investimentos em infraestrutura.
Maiores custos com empréstimos, maiores custos de mão de obra, petróleo e outros insumos e o forte dólar neozelandês (que os economistas esperam que permanecerá forte por pelo menos mais um ano) também reduzem as margens. O clima instável complica ainda mais.
Tudo isso leva a retornos menores – um prenúncio de um crescimento mais lento. As questões ambientais e o uso de suplementação alimentar transformam a imagem da produção leiteira pastoril, “pura”, que o país sempre gostou de projetar.
De forma geral, essas mudanças estão de acordo com a afirmação feita pelo Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, sigla em inglês) de que a capacidade da Nova Zelândia de aumentar a produção de leite a baixo custo está diminuindo.
O artigo é do vice-presidente de comunicações do USDEC, Alan Levitt, publicado no site http://www.agriview.com, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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PESQUISA/ENSINO
EM 31/03/2013

RECIFE - PERNAMBUCO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 22/01/2013
CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO
EM 18/01/2013
A reportagem dá a entender uma espécie de crise ambiental, econômica e política e nada disso existe lá.
Os que tiverem a oportunidade de participar dessa viagem que o MilkPoint está organizando para março próximo verão algo bem diferente do pintado acima. Embora exista casos que se encaixem no que foi exposto, longe de retratar a realidade do país. O que há, a semelhança do que existe na Califórnia (EUA), é uma incompreensão dos urbanos com relação ao campo e pressões ambientalistas exageradas. A NZ se preocupa muito com qualidade ambiental e bem estar animal e acaba pagando caro por não varrer nada para baixo do tapete.
Notem que a matéria foi escrita pela concorrência da NZ ("take it with a pinch of salt" se diria em inglês). O maior problema deles (e isso virou praga mundial) é, sim, o endividamento dos produtores (NZ Dairy Exporter, dez./2012, p.15-16).
Concordo com os comentaristas acima de que é uma oportunidade para o Brasil. Sem dúvida, e é nisso que trabalho desde 1993. Se nos apressarmos chegaremos lá antes que a China, que começa a investir rápido e pesado em produção de leite com base em pasto em seu país, além de estar comprando laticínio na própria NZ.

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO
EM 16/01/2013
sua área pequena, e a alta mundial do preço dos grãos.Algum dia,não se sabe quando,isto acontecerá. Aí, com estrutura adequada,e civilizada, na produção leiteira, o Brasil terá sua vez, como grande exportador de leite.
Para isto o Brasil precisa estruturar-se decentemente sua exportação de grãos, usando a politica de excedentes exportáveis,cooperativismo decente e uso efciente de uma gestão adequada deste segmento do nosso agronegócio..

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 16/01/2013
Mas a conclusão importante é que todos os ambientes produtivos estão sujeitos a alterações, as quais exigem novos planejamentos e novos focos e certamente as condições de produção nunca mais serão as mesmas ou poderão proporcionar os ganhos e as capacidade competitivas anteriores.
Os demais países com características similares podem aproveitar a lição e antecipar novas ações para obter ganhos comerciais, como o Brasil, p. ex.