Nem a China poderá consumir leite suficiente para evitar um excedente mundial, diz Goldman Sachs

Analistas alertaram que poderá haver um excedente de leite no mercado mundial. O aumento da produção dos exportadores de leite do mundo todo ultrapassará a demanda, mesmo da China, que agora é o maior comprador mundial de lácteos. A Goldman Sachs estima que a produção global de leite cru ultrapassará a demanda em [...]

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Analistas alertaram que poderá haver um excedente de leite no mercado mundial. O aumento da produção dos exportadores de leite do mundo todo ultrapassará a demanda, mesmo da China, que agora é o maior comprador mundial de lácteos.

A Goldman Sachs estima que a produção global de leite cru ultrapassará a demanda em 2 bilhões de litros nos próximos cinco anos, suficiente para encher 800 piscinas olímpicas. A produção de leite cru deverá crescer em 2,6% ao ano nos próximos cinco anos, comparado com o crescimento da demanda de somente 2%, disse a Goldman Sachs em um relatório no mês passado.

Isso porque, apesar da demanda das nações emergentes consumidoras de leite como a China ter aumentado, essa demanda caiu ou permaneceu estável nos outros locais. A China deverá consumir cerca de 51 quilos per capita por ano, quase o dobro da taxa de 2011, embora esse consumo ainda seja baixo comparado com o restante do mundo. A média mundial em 2012 foi de cerca de 108 quilos per capita por ano. Veja abaixo uma comparação do consumo de leite da China, de cerca de 40,1 milhões de toneladas no ano passado, com o consumo nos Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul.



Além disso, o maior exportador mundial de leite, a Fonterra, da Nova Zelândia, está aumentando a produção para um recorde, de acordo com dados oficiais do governo, depois do aumento de preços no ano passado ter dado à companhia fundos para investir em mais vacas e em suplementos nutricionais, o que permitiu que a cooperativa produzisse mais leite.

Assim como na Nova Zelândia, o setor de lácteos nos países mais desenvolvidos tem mudado para rebanhos maiores e maior rendimento de produção por vaca nos últimos 50 anos. Entre 1982 e 2012, a produção global de leite aumentou em mais de 50%, de 482 milhões para 754 milhões de toneladas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

A reportagem é do http://qz.com, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
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Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/08/2014

Muito estranha ou tendenciosa essa análise.

Vejamos:  

1- 2 bi de litros em um universo de 760 é 0,2%, volume que não pode ser chamado de excedente em um produto com volatilidade relativa e muito sujeito aos humores do mercado e cambio, além do valor das commodities.

2- Mostrar os consumos dos tigres asiáticos, relativamente baixos frente ao ocidente, e ignorar o aumento de consumo nos emergentes como Brasil, México, Russia e Índia não me parece uma análise real do consumo mundial.

3- Dizer que a Nova Zelândia esta batendo recordes e vai mexer com o mercado também não me parece real. Sabemos que o crescimento marginal da NZ tem custo alto e é tão ou mais dependente de commodities como o resto do mundo, diferentemente da produção basal, vinda do pasto. A produção recorde de 22 bi de litros patinou alguns anos entre os 18 e 21 e com a recente queda de 15% nos preços da safra 14/15, não me parece que a produção marginal será motivadora.

4- Por que será que a análise do G. Sachs é tão diferente da do Rabobank?
Qual a sua dúvida hoje?