MG: Estado ganha centros de maturação para o Queijo Minas Artesanal

Produtores do Queijo Minas Artesanal das regiões do Serro, Canastra e Serra do Salitre terão, a partir de março, um centro de maturação em cada uma das tradicionais regiões produtoras. A produção que passar pelos entrepostos de maturação estará habilitada para ser comercializada em outros estados.

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Produtores do Queijo Minas Artesanal das regiões do Serro, Canastra e Serra do Salitre terão, a partir de março, um centro de maturação em cada uma das tradicionais regiões produtoras. A produção que passar pelos entrepostos de maturação estará habilitada para ser comercializada em outros estados. “A comercialização fora do nosso Estado é um anseio antigo dos produtores. Enquanto em Minas o mercado já está estabilizado, há um grande potencial de demanda em estados como São Paulo, Rio e Brasília”, explica a assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ana Helena Cunha.

A maturação é um processo regulamentado por legislação federal, exigida para os queijos produzidos com leite cru, um dos itens que caracteriza o queijo artesanal mineiro. “Durante a maturação, o queijo adquire os parâmetros microbiológicos e físico-químicos exigidos pela legislação e que vão garantir a qualidade do produto e a segurança do consumidor”, explica a assessora técnica.

O centro é uma estrutura aonde os queijos chegam, passam por uma limpeza e seguem para um espaço reservado especificamente para o processo de maturação, que varia entre 14 dias (Serro) e 21 dias (Canastra e Serra do Salitre). Cumprido o prazo, o queijo é embalado e distribuído. Segundo Cunha, muitos produtores não têm espaço suficiente para maturar toda a produção pelo período necessário. “Os entrepostos de maturação vêm atender esta demanda”, afirma.

As estruturas estão localizadas nos municípios do Serro, Medeiros e Rio Paranaíba e serão gerenciadas pelas cooperativas de produtores de queijo das regiões do Serro, Canastra e Serra do Salitre respectivamente. Cada centro tem a capacidade para receber aproximadamente quatro toneladas e meia a cada período de maturação. Os centros vão receber a produção de queijarias devidamente cadastradas no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

A construção das unidades foi viabilizada por meio de convênio entre Emater-MG e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o apoio das cooperativas e do Sistema Ocemg, que também custeia os exames feitos nos animais (brucelose e tuberculose), além de análises do queijo e da água.

Museu do Queijo

No município de Medeiros, na região da Serra da Canastra, além do centro de maturação, será implantando também o museu do queijo. O museu é resultado de parceria entre a Seapa e a prefeitura e foi concluído no final do ano passado.

“A proposta é de que ele seja uma referência na cultura da fabricação do queijo na região, reunindo peças antigas que contem a história dos processos utilizados ao longo dos tempos”, afirma Ana Helena. O museu funcionará também como ponto de apoio para a venda da produção e como centro de capacitação dos produtores.

A matéria é da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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dario de jesus lopes
DARIO DE JESUS LOPES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/01/2013

Joselito,

Além das suas informações pertinentes sobre o processo como um todo, existem ainda,os benefícios concedidos apenas para as regiões enquadradas como produtoras do queijo artesanal. Entretanto, a maioria dos produtores  dificilmente terão condições de produzir queijos ideais para consumo sem qualquer processo de pasteurização do leite e sanidade adequada dos animais.
Joselito Gonçalves Batista
JOSELITO GONÇALVES BATISTA

UBERABA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/01/2013

O trabalho que a Seapa e Emater/MG vem fazendo a respeito do queijo artezanal é muito importante no que diz respeito a sanidade, pois é realmente preocupante quando se fala da saude do consumidor. Mas sera que este é realmente o melhor caminho ??? Vejo que as associações estão muito preocupadas com expandir fronteiras além do estado de Minas Gerais e estão esquecendo de que é mais importante ter uma legislação pertinente e condizente com as caracteristicas do produto do que ficarem aceitando paleativos para conseguirem vender seus produtos além fronteira mineira. O produtor precisa ter possibilidade de produzir de forma correta e sem perder as caracteristicas fundamentais deste produto, pois cada um tem o seu proprio trabalho e é por isto que ele artezanal. Estou vendo com esta medida que estamos voltando à epoca dos entrepostos, onde se comprava o queijo nas fazendas e maturava em depositos para vender nos grandes centros. Sera que é isto mesmo que este produto precisa, ou ter uma legislação que atenda as suas caracteristicas de forma regulamentada que permita o trabalho ser feito como deve e ter o mercado livre para ser comercializado ??? Não é só a sanidade que tem que ter uma atenção especial, mas todo o processo produtivo e comercial do produto. E nisto não estou vendo avanço siguinificativo nas negociações deste setor muito importante da gastronomia/cultura mineira. É uma pena !!!!


Joselito
Fernando Melgaço
FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 16/01/2013

Parabenizo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a EMATER  MG, pela iniciativa.

Quanto à flora microbiana do queijo feito com leite cru, faz-se necessário muito cuidado com as bactérias patogênicas, tais como Coliformes fecais, Salmonelas e principalmente o Staphylococcus aureus, que é a principal causadora de intoxicações pela ingestão de queijos curados.

Esta bactéria está presente, principalmente nas mastites contagiosas. Por isso, além da preocupação com a Brucelose e Tuberculose do rebanho, faz -se necessário também um rigoroso controle das mastites.

Os Estafilococos também podem estar presentes nos ferimentos externos do úbere e tetas  e também nos ferimentos  das mãos dos ordenhadores e dos queijeiros.

Atenciosamente,

Fernando Melgaço.
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