Em julho o comando da maior empresa brasileira Nestlé, mudará de mãos. Sai o paulista Ivan Zurita, entra o guatemalteco Juan Carlos Marroquín. Há 11 anos Zurita deixava a presidência da Nestlé no México e assumia a empresa no Brasil. Zurita chegou com a missão de fazer a companhia voltar a ganhar mercado. E fez. Em 2011, a Nestlé faturou 20,5 bilhões de reais no país, quatro vezes mais do que no ano anterior à chegada do brasileiro. É essa empresa, hoje a segunda maior operação da Nestlé no mundo, que Marroquín assume. Mas ele já sabe: os desafios que terá de enfrentar são outros.
Segundo informações da reportagem da Exame, o crescimento das vendas teria corroído a rentabilidade da empresa no Brasil. Enquanto a receita subiu, o lucro teria estagnado. E a margem operacional teria caído sistematicamente nos últimos anos. Há quem diga que o orçamento da área de marketing dobrou, mas que o resultado não teria correspondido ao investimento. Zurita disse que os resultados da empresa no Brasil foram em linha com o esperado e que a sucessão acontece a seu próprio pedido.
Segundo um consultor de recursos humanos que trabalha para a Nestlé no Brasil, o nome de Marroquín começou a ser mencionado em julho do ano passado. Mas foi em setembro que a matriz deu o maior indício de que a sucessão de fato ocorreria. Naquele mês, chegou ao Brasil um novo vice-presidente financeiro, o alemão Martin Huber - braço direito de Marroquín há nove anos.
Hoje, é Huber que prepara o terreno para a chegada do novo presidente. Na Nestlé desde 1985, Marroquín foi presidente da empresa na Venezuela e na região que abrange Colômbia, Venezuela e Equador. Mas foi no México que sua estrela brilhou - sobretudo porque a companhia continuou crescendo em meio à crise que derrubou a economia mexicana em 6,5% em 2009.
Em 2011, a subsidiária mexicana cresceu 14% (no Brasil, a expansão foi de 8%). Seu estilo é descrito por executivos que trabalharam com ele como "enérgico". Assim que chegou à Colômbia, em 2004, derrubou paredes na sede para forçar a comunicação entre as diversas áreas. Ele mesmo trabalhou por um tempo em uma mesa no meio do departamento de marketing. Em 2007, Marroquín mandou embora a equipe de recursos humanos da Nestlé no México ao descobrir que o departamento não tinha estratégias de longo prazo para manter talentos.
No Brasil, Marroquín terá de buscar a rentabilidade perdida ao mesmo tempo que defende a Nestlé do avanço dos concorrentes.
A matéria é do Portal Exame, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
Marroquín assume presidência da Nestlé em julho
Em julho o comando da maior empresa brasileira Nestlé, mudará de mãos. Sai o paulista Ivan Zurita, entra o guatemalteco Juan Carlos Marroquín. Há 11 anos Zurita deixava a presidência da Nestlé no México e assumia a empresa no Brasil.
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