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Leite: quase um ano de preços em queda desanima produtor

Os preços praticados na compra de leite pelos laticínios, neste início de 2018, estão nos mesmos patamares de 2013. Os produtores rurais estão trabalhando no vermelho. E a culpa não é das indústrias. Essa situação foi dimensionada pelo Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite/SC), que esteve reunido na última semana em Florianópolis para definir os valores de referência para o mês.

Publicado por: MilkPoint

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Os preços praticados na compra de leite pelos laticínios, neste início de 2018, estão nos mesmos patamares de 2013. Os produtores rurais estão trabalhando no vermelho. E a culpa não é das indústrias. Essa situação foi dimensionada pelo Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite/SC), que esteve reunido na última semana em Florianópolis para definir os valores de referência para o mês.

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De acordo com projeção do Conselho, o leite entregue em janeiro para processamento industrial a ser pago em fevereiro pelos Laticínios terá uma redução de dois centavos/litro nos valores de referência, ou seja, queda de 2,4%.

Os valores projetados são os seguintes: leite acima do padrão R$ 1,0985/litro; leite padrão R$ 0,9552 e abaixo do padrão R$ 0,8684. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso.

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O vice-presidente do Conseleite e, também, vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária de SC (Faesc) Adelar Maximiliano Zimmer resume a situação: os custos de produção situam-se em R$ 1,30 por litro e a remuneração, no mercado, está um pouco acima de R$ 1. “O desânimo começa a tomar conta dos produtores que vão, aos poucos, abandonando a atividade”, relata.

O baixo nível de consumo é o principal motivo dos preços baixos. Neste momento: as indústrias estão fortemente estocadas e o consumidor, nesse período de verão, prefere outras bebidas, como águas saborizadas, refrigerantes e cervejas. Reflexo disso é o fato dos supermercados fazerem todas as semanas promoções para venda dos estoques, ofertando o leite longa vida a menos de R$ 2 a unidade.

“Estamos em uma fase em que nem o produtor rural nem as indústrias estão ganhando. Estamos todos no prejuízo”. Zimmer lembra que somente a embalagem tetrapak das caixinhas de leite custa mais de 25% do valor de venda no varejo.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) espera uma lenta recuperação, mas avalia que somente a retomada do consumo em grande escala e as exportações irão recompor a rentabilidade da cadeia produtiva de lácteos. “Precisamos de um programa de exportação para escoar nossa vasta produção ao mercado externo. Não há outro jeito de prosperar e de superar essas crises cíclicas”, encerra o dirigente.

As informações são da MB Comunicação.

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José Roberto Selayzim
JOSÉ ROBERTO SELAYZIM

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/02/2018

Sou produtor, nada de indústria abarrotada de leite ou importação ... o que fazem os LATICÍNIOS é manter um dos mais cruéis CARTEL (monopsonio) de compradores deste País. Agem sem dó nem piedade contra quem lhe fornece sua única matéria prima, deixando o fornecedor se ferrar com seus prejuízos absurdos.
Colocam nos supermercados com preço baixo o leite 'desnatado ou quase', pois esses leite apenas é um subproduto que contribui pouco para sua receita, mas tem um grande valor para eles: manter produtores intimidados tolerando o preço vil que lhes pagam.
Enquanto isso, seus peitos nobres (yogurt, queijos, manteiga, etc), produzidos do leite SUBIRAM mais que a inflação nos últimos anos. No mesmo período, preco do leite ao produtor, oscilou entre um intervalo que não ultrapassaram a barreira vil dos centavos.
Rafael Narloch de Araujo
RAFAEL NARLOCH DE ARAUJO

PALMAS - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/01/2018

A pergunta é porque importar leite se as indústria estao lotadas de leite.
darlani porcaro
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/01/2018

Esse é o grande problema, importação demasiada de leite , e como não temos proteção do govêrno , e muito menos de sindicatos , que não resolve nada, põe vermelho nisso.
rosicleiton garcia da silva
ROSICLEITON GARCIA DA SILVA

SANTA HELENA DE GOIÁS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/01/2018

Ótima matéria. parabéns pelo conteúdo, só discordo em relação as industrias não estarem ganhado dinheiro isso não é verdade, pois se não fosse as industrias importarem tanto leite ao ponto de bagunçar totalmente o mercado hoje não estaríamos nesta situação, pois sabemos que o leite produzido no Brasil não é suficiente para nosso abastecimento, e estamos vendo grandes industrias lácteas comprando as outras, se não desse dinheiro ninhem compraria, Hoje vemos no Brasil industrias funcionar com quase 100% de leite importado, então que está ganhando dinheiro com isso é só as industrias sendo elas junta com o governo + todos os órgãos voltado a cadeia do leite que fecha os olhos para a realidade da atividade. Temos uma CNA que não se manifesta Federações que não se manifesta, temos os sindicatos que não se manisfesta, Temos as associações que não se manisfesta. A pergunta é seguinte porque todos não se unem para melhora a cadeia e a resposta é deve ter mais intersere próprio do que interesse na atividade do produtor. Então se o preço do leite ao produtor ta essa esmola é fácil saber que é o culpado e também e fácil resolver mas devido aos interesse próprios as entidade fecha os olhos. Pois o boleto da CNA chega a sua casa para você paga faça chuva faça sol, O funrural e cobrado de tudo que você produz e ainda você produtor paga novamente no imposto de renda. Esse Brasil é uma merda....................................
Sidney Lacerda Marcelino do Carmo
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 31/01/2018

Precisamos escolher um presidente que estimule a produção nacional seja indústria ou rural. Com esta política econômica somente de desvalorização do real frente ao dólar e elevação ou baixa de taxa de juros não é sustentável. O país necessita se reformular quanto a estrutura tributária para dar competitividade aos produtos brasileiros frente aos importados. Não existe mundo globalizado, no que tange comércio, a única situação globalizada é a informação. Sendo assim enquanto ficarmos tampando o sol com a peneira, os setores produtivos do país continuarão com crises cíclicas.
Qual a sua dúvida hoje?