Itambé planeja entrada na bolsa

Em três anos, a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), controladora da Itambé, planeja estar entre as empresas mineiras listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa), o que deve acirrar ainda mais a disputa no mercado de lácteos.

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Em três anos, a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), controladora da Itambé, planeja estar entre as empresas mineiras listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa), o que deve acirrar ainda mais a disputa no mercado de lácteos. O anúncio foi feito pelo assessor de Relações Institucionais da Itambé, Ricardo Cotta, durante evento promovido ontem em Belo Horizonte pela BM&F Bovespa em parceria com a Câmara Americana de Comércio (Amcham). "O primeiro passo nessa direção deve ser finalizado este ano, quando será definido um sócio estratégico para a empresa responsável por agregar valor, conhecimento e sinergia para a cooperativa", informa.

Cotta revela que há interessados tanto no mercado brasileiro como internacional, apesar de não informar a origem das empresas de olho na operação. Desde o final de 2010 a Itambé procura por um sócio ou investidor estratégico no setor para assumir uma fatia de cerca de 20% a 30% da companhia, segundo anunciou o presidente da empresa Jacques Gontijo em março do ano passado. Com a conclusão do processo ainda em 2012, o assessor de relações institucionais da cooperativa acredita que a companhia dará um grande passo em direção à abertura de capitais, vista hoje como a melhor alternativa para financiar os planos de expansão da marca.

"Queremos ter acesso a recursos de terceiros, não por meio de dívidas, mas, sim, de equity", explica Cotta. "Com isso, teremos musculatura para aproveitar o crescimento no ritmo que o mercado brasileiro exige, além de lidar com concorrentes que já têm acesso a esse mercado de captação de recursos a custo mais competitivo", acrescenta, ao citar Nestlé e BRFoods. "Virou briga de gigantes e, no futuro, não haverá espaço para pequenas e médias empresas nesse setor", pondera. "Temos que nos tornar gigantes para nos mantermos nessa disputa."

O bom momento vivido pelo mercado de ações brasileiro - entre os mais atrativos para o capital estrangeiro - estimula o andamento do processo, iniciado há mais de três anos. "Não podemos perder esse bonde. O momento é propício para acessar esse mercado", avalia Cotta.

Incentivo de experts

Para auxiliar empresas que, como a Itambé, pretendem abrir capital, a BM&F Bovespa e a Amcham promovem o evento Planejando, financiando e executando o crescimento de sua empresa, iniciado ontem na capital mineira. A intenção é que até outubro a programação seja levada para outras quatro capitais, reunindo os principais atores no processo de IPO. "Vamos selecionar entre 25 e 30 empresas com maior potencial de crescimento para fazermos um roadshow em Nova York, onde é possível ter acesso aos principais investidores estrangeiros", explica o sócio líder de IPOs da Ernst & Young Terco, Paulo Dortas.

A empresa especializada em auditoria e consultoria estima para este ano 20 processos de IPO, superando os 11 do ano passado, período em que várias empresas adiaram o processo de entrada na bolsa. O volume, porém, pode chegar a 40, segundo estimativas da própria BM&F Bovespa. "Pelos processos que pararam, há 40 que podem ser retomados a qualquer momento. As cinco operações que estão na praça, vão dar o tom", observa a diretora de relacionamento com institucionais e empresas da BM&F Bovespa Cristiana Pereira.

A matéria é da Paula Takahashi do Estado de Minas, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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