Neste leilão, o destaque positivo foi para os leites em pó, principais responsáveis pela elevação no preço médio - de 4,2% no integral (que fechou a US$2.886/tonelada) e de 1,6% no desnatado (que teve preço médio de US$1.699/tonelada).
Entre as quedas, o leitelho em pó caiu 7,3% e fechou a US$1.866/tonelada, além dos queijos, com redução de 2,1%, fechando a US$3.317/tonelada, o menor valor desde outubro de 2016, conforme mostra o gráfico abaixo.
Gráfico 1. Histórico de preços do leilão GDT. Fonte: Global Dairy Platform.
De forma geral, essa recuperação nos preços tem muito a ver com as incertezas climáticas na Nova Zelândia. O país continua sofrendo com baixos níveis de chuva, e neste leilão, a Fonterra restringiu ainda mais a oferta de lácteos, disponibilizando 25.710 toneladas, 3.882 toneladas a menos do que a quantia negociada no leilão anterior. Também com receios quanto à falta de produto, a demanda se mostrou interessada, adquirindo 25.400 toneladas, 99% do volume disponibilizado.
Os volumes ainda estão acima do que eram negociados há um ano – resultado das expectativas de uma safra maior - mas as incertezas quanto às chuvas vêm restringindo a oferta e a diferença vem caindo acentuadamente, especialmente no último mês, como mostra o gráfico abaixo.
Gráfico 2. Variação no volume negociado em relação ao ano anterior. Fonte: MilkPoint Mercado – Elaborado a partir dos dados da Global Dairy Platform.
Dessa forma, os preços futuros do leite em pó integral tiveram forte valorização em todos os contratos, atingindo mais de 5% de alta nos contratos mais longínquos, em um momento de forte especulação por conta dos receios climáticos apresentados, como mostra a tabela abaixo.
Tabela 1. Preços futuros do leilão GDT. Fonte: Global Dairy Platform.