Greve dos caminhoneiros afeta setor de laticínios

O setor lácteo já sente os reflexos da greve dos caminhoneiros. A greve está ocorrendo em todo o Brasil, mas algumas regiões estão sendo mais afetadas, como é o caso da região sul. Fernando Neckel, secretário-executivo do Sindileite SC explica que muitas empresas não estão recebendo insumos e embalagens para a produção, e por mais que haja uma folga de armazenagem, o limite está próximo de ser alcançado. "Se a paralisação persistir, algumas empresas do oeste catarinense não terão como coletar leite de seus fornecedores".

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 1 minuto de leitura

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 0

Os mais diversos ramos industriais e agrindustriais estão sendo afetados pela greve dos caminhoneiros e como não podia ser diferente, os laticínios já sentem os reflexos dessa paralisação. A greve está ocorrendo em todo o Brasil, mas algumas regiões estão sendo mais afetadas, como é o caso da região sul.

Fernando Neckel, secretário-executivo do Sindileite SC explica que muitas empresas não estão recebendo insumos e embalagens para a produção, e por mais que haja uma folga de armazenagem, o limite está próximo de ser alcançado. "Se a paralisação persistir, algumas empresas do oeste catarinense não terão como coletar leite de seus fornecedores".

Além do estoque industrial de matéria-prima estar alto, muitos caminhões tanques estão sendo impossibilitados de chegar às fazendas, e, como consequência, os produtores estão com seus tanques de resfriamento cheios.

Desde quarta-feira passada (25/07) os caminhoneiros estão promovendo uma paralisação em protesto as alterações na Lei 12.619/2012, que impõe limite de horário de trabalho diário para os motoristas e regula períodos de descanso ao longo da jornada.

Muitos caminhoneiros acreditam que a lei veio com o intuito benéfico de reduzir os acidentes nas estradas e também de promoção de melhores condições de trabalho, mas a reinvidicação é baseada no pequeno suporte dado à implementação, pois há poucas áreas de descanso nas principais rodovias, o que inviabiliza o cumprimento da regra. Além disso, a medida também reduzirá o rendimento dos caminhoneiros.

Por mais que a adesão seja voluntária, muitos caminhoneiros que ultrapassam a barreira tem recebido pedradas àlguns quilometros à frente.

Os problemas no transporte atingem o setor no momento em que a indústria apresenta cenários de margens justas, produtores lidando com preços recordes da milho e farelo de soja e baixa no preço do leite.

Hoje (31/07) os líderes do movimento têm uma audiência em Brasília com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, e, após o encontro a categoria vai definir os rumos da paralisação.

A matéria é da Equipe MilkPoint.
QUER ACESSAR O CONTEÚDO? É GRATUITO!

Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.

Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Selvino Giesel
SELVINO GIESEL

PINHALZINHO - SANTA CATARINA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 01/08/2012

Parabens pela reportagem. Hoje com a liberação das estradas estamos voltando a normalidade mas tinhamos a impressão que ninguem estava preocupado com a nossa região onde o movimento foi muito forte e se o mesmo perdurasse por mais um dia todos os setores, leite, suinos e aves  entraria em colapso. Aqui esta a essência da agricultura familiar, ja tivemos problemas de estiagem, estamos passando por uma crise na suinocultura e por pouco não tivemos que deixar de recolher leite agravando ainda mais a situação dos pequenos produtores.

Acreditamos que a lei 12.619/2012 tenha alguns pontos positivos, por outro lado algumas exigências colocadas nela são impossiveis de serem atendidas com a atual estrutura existente nas rodovias do nosso pais.

Esperamos que todos os setores sejam ouvidos e que se analise com muito cuidado e criterios antes de se criar uma lei. Agora quando as partes irão sentar para tentar um acordo, que especialmente o governo federal analise se ha estrutura de estradas (sinalização, conservação, mais estradas, etc e etc )  segurança, locais apropriados e suficientes para se fazer as paradas exigidas, enfim ouvir o setor e não esquecer de quem esta produzindo com sacrificio e margens apertadas e tambem do consumidor que com certaza ira pagar mais caro pelo alimento.
Qual a sua dúvida hoje?