Fonterra eleva preço do leite à medida que importações chinesas aumentam

A cooperativa neozelandesa Fonterra aumentou sua previsão de pagamento pelo leite para um valor recorde, à medida que os dados mostraram que não houve queda na demanda por importações de lácteos pela China. A Fonterra, aumentou sua previsão para o preço do leite que pagará aos produtores [...]

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A cooperativa neozelandesa Fonterra aumentou sua previsão de pagamento pelo leite para um valor recorde, à medida que os dados mostraram que não houve queda na demanda por importações de lácteos pela China, com as compras de leite em pó integral do principal fornecedor, a Nova Zelândia, marcando um início recorde em 2014.

A Fonterra, que tem sede em Auckland e é a maior exportadora de lácteos do mundo, aumentou pela terceira vez sua previsão para o preço do leite, que aumentará os preços pagos aos produtores em 2013-14 de NZ$ 0,35 (US$ 0,29) para NZ$ 8,65 (US$ 7,24) por quilo de sólidos do leite, o que equivale a NZ$ 0,72 (US$ 0,60) por quilo de leite.

O aumento de uma companhia cujos ganhos têm uma parte importante no desempenho da economia geral da Nova Zelândia, representa NZ$ 500 milhões (US$ 418,82 milhões) aos produtores.

Isso refletiu uma “contínua e forte demanda por leites em pó globalmente”, disse o presidente da Fonterra, John Wilson.

De fato, os dados alfandegários divulgados separadamente mostraram que as exportações da Nova Zelândia de leite em pó integral à China alcançaram 124.938 toneladas no mês de janeiro.

Apesar de janeiro ser tipicamente um mês forte para compras chinesas de produto neozelandês, isso representou um começo particularmente forte, aumentando em 62% com relação ao ano anterior.

Até 2009, quando a crescente prosperidade e urbanização da China começaram a refletir nas compras de lácteos, o país nunca tinha importado mais de 91.000 toneladas de leite em pó de todas as origens em um ano civil.

Entretanto, seu apetite está sendo impulsionado por contratempos na produção doméstica de leite, tanto pelo clima desfavorável, como por uma onda de fechamentos de pequenos produtores, que estão abatendo bovinos para aproveitar os altos preços da carne bovina além da presença do programa do Governo para estimular empresas maiores.

De fato, Vyanne Lai, do National Australia Bank, disse que “a forte demanda por exportações de lácteos, especialmente na forma de fórmulas infantis pela falta de produção doméstica chinesa” foi o “principal fator” na manutenção dos preços mundiais dos lácteos altos.

“A produção global de leite ainda precisa ser capaz de suprir a demanda, apesar dos fortes fluxos de leite vindos da Nova Zelândia”, disse ela. “A produção de leite na Austrália e na Califórnia foram limitadas pelo clima extremamente seco e quente, com condições de seca desse último não devendo terminar nesse inverno nos Estados Unidos”.

Com os preços mundiais dos lácteos sendo “comercializados a níveis historicamente elevados desde março do ano passado, isso representa um período de duração inigualável de preços altos sustentados”.

Todavia, a Fonterra reiterou que poderia pagar ainda mais pelo leite aos produtores se não fossem suas restrições na capacidade de transformar leite em pó em produtos, como caseína, para o qual os mercados não se mostraram tão fortes. 

As informações são do Agrimoney, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint
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