Em seu relatório do meio do ano publicado nessa semana, a Fonterra disse que ia reservar NZ$ 11 milhões (US$ 9,41 milhões) para cobrir a compensação que poderá ter que pagar à Danone. Em janeiro de 2014, a Danone anunciou que estava terminando seu contrato de fornecimento com a Fonterra e estava planejando processar a cooperativa por causa do medo gerado por possível contaminação, que levou ao recolhimento de produtos na Nova Zelândia e na Ásia.
Esses dados, de acordo com a Fonterra, representam “a responsabilidade máxima contratual com a Danone”. Isso representa, entretanto, uma redução dos NZ$ 14 milhões (US$ 11,97 milhões) anunciados pela Fonterra em dezembro de 2013 e é bem menos que os €370 milhões (US$ 511,39 milhões) que a Danone disse que perdeu em vendas como resultado do incidente.
“A Fonterra está trabalhando nos detalhes das queixas da Danone”, retrata o relatório. “Baseado nas atuais informações disponíveis e nas queixas feitas até agora, a Fonterra defenderá vigorosamente sua posição. Existem incertezas sobre o resultado do processo”.
Em resposta ao alerta dado pela Fonterra sobre o possível risco de contaminação em agosto de 2013, Dumex e Nutricia Austrália New Zealand, ambas subsidiárias da Danone, imediatamente ordenaram o recolhimento dos produtos potencialmente contaminados em Nova Zelândia, Camboja, Tailândia, China, Hong Kong, Malásia e Cingapura. Testes feitos posteriormente revelaram que a bactéria encontrada em três lotes afetados era a Clostridium sporogenes, uma cepa não tóxica de Clostridium.
Em outubro de 2013, a Fonterra confirmou que entrou em um “processo de resolução de disputa” com a Danone na esperança de “alcançar um resultado comercial mutuamente aceitável”. A falha nessas negociações foi confirmada em janeiro de 2014, quando a Danone anunciou que estava levando a Fonterra ao tribunal.
A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint Brasil.