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EUA articula estratégias para reduzir a quantia de queijo armazenada

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/02/2019

4 MIN DE LEITURA

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No mês passado, a American Dairy Coalition (ADC) chamou a atenção para o recorde de 630 milhões de quilos de queijo excedente atualmente em armazenamento refrigerado nos EUA. A ADC escreveu uma carta ao presidente Trump, solicitando a liquidação do fornecimento de queijo para "impulsionar a indústria". A carta sugere também compartilhar o queijo com os americanos que lutam contra a fome e a insegurança alimentar, o que também apoiaria os 3 milhões de trabalhadores da indústria de laticínios dos EUA.

A indústria de lácteos sofreu financeiramente em 2018 e esse ano os produtores estão passando por uma perda de receita sem precedentes, graças em parte aos baixos preços do leite e às tensões tarifárias. A previsão é que os produtores de leite tenham perdido US$ 1,5 bilhão apenas no segundo semestre de 2018.

Um recurso natural abundante

A carta da ADC chamou a atenção do público, levando até mesmo a agência de turismo Travel Wisconsin a encorajar as pessoas a visitarem o estado e "dar uma mordida no excedente de queijo".

A Travel Wisconsin anunciou uma turnê em uma das 100 fábricas de queijos em todo o estado, incluindo uma aula de culinária tendo o queijo como ingrediente principal ou ingressos para participar de um dos 13 festivais dedicados ao queijo do estado. A agência compartilhou que 90% do leite de Wisconsin é transformado em queijo.

Mas, de acordo com Jim Umhoefer, diretor executivo da Wisconsin Cheese Makers Association, há a necessidade de ter queijo armazenado. Entre a fabricação e o varejo de queijo, ele está sempre entrando e saindo do armazenamento e não fica ocioso por longos períodos de tempo. O diretor reconheceu que o excedente dos EUA vem crescendo a uma taxa de 2% ao ano nos últimos cinco anos, embora a indústria apenas veja isso como parte dos negócios e o estágio intermediário da distribuição. "Mas há motivos para observar o excedente, porque com ele sendo maior do que antes, isso significa que há uma desaceleração nos preços e nas vendas no mercado. E isso reflete em um preço menor do queijo. Há mais queijo do que estamos consumindo agora”, disse Umhoefer.

Além do queijo, isso se resume à diminuição dos preços e do consumo de leite fluido. O excesso de leite foi um problema no verão passado durante as negociações do presidente Trump com o Canadá, que impõe altas tarifas às importações de produtos lácteos dos EUA. Durante o desmantelamento do NAFTA e a assinatura do novo acordo do USMCA, os laticínios dos EUA produziram mais leite do que poderiam vender.

Como são necessários aproxidamente dez litros de leite para fazer um quilo de queijo, a fabricação de queijos tem sido um motivo para armazenar o excesso de leite para evitar que ele acabe. E como as pessoas estão bebendo menos leite, a indústria está se voltando para o queijo como o produto mais popular.

Umhoefer acredita que os grupos de produtores estão certos em se preocupar, já que isso afeta os preços do leite, mas a indústria não vê o excedente como uma quantidade muito incomum de queijo e segundo ela, existem maneiras de reduzir lentamente o excedente. Os EUA estão vendo tanto o aumento do consumo de queijo quanto a oportunidade de exportação.

De acordo com uma nova pesquisa do Rabobank, a produção de leite dos EUA aumentou 13% nos últimos dez anos e os americanos estão consumindo mais queijo, iogurte e manteiga, o que pode compensar o declínio no consumo de leite fluido. Entre 1975 e 2017, o consumo de leite fluido caiu em 44 quilos per capita e o consumo de queijo subiu quase 10,3 quilos per capita. O número total de produção de queijo provavelmente será de 5,85 bilhões de quilos em 2018.

Lutando contra as tarifas retaliatórias

O queijo tornou-se uma comida básica na dieta americana, incorporada em alimentos populares como pizza, macarrão com queijo, queijo grelhado e nachos. É apreciado em todas as ocasiões e com todas as refeições, inclusive, durante eventos especiais como o Super Bowl, que ocorreu no final de semana passado. Os produtores de lácteos de Wisconsin projetaram que os americanos comprariam 39,6 milhões de quilos de queijo este ano na semana que antecedeu o domingo no Super Bowl. As vendas de queijo aumentam em média 10% em torno do jogo do campeonato de futebol.

Exportações e guerra comercial

Devido às tarifas de aço e alumínio cobradas pelos EUA, houve tarifas de retaliação de produtos lácteos no México e na China. “Tivemos uma redução particularmente na China nos embarques de ingredientes lácteos em pó. Eles compram muito leite em pó e soro de leite em pó para fórmulas infantis”, disse Umhoefer. Ele acredita que seria apropriado para o governo olhar para essa perda e considerar a possibilidade de compensar os produtores de leite por ela, já que as tarifas são a principal razão para o entrave no mercado de exportação.

“Estamos ansiosos para que a questão da tarifa de aço e alumínio seja resolvida e o comércio volte ao normal. Realmente, tem crescido nos últimos anos, então precisamos voltar para onde podemos manter os produtos lácteos por perto”, finalizou Umhoefer.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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