As exportações de lácteos dos Estados Unidos encontrarão dificuldades no próximo ano, mas os oficiais permanecem cautelosamente otimistas. Falando durante o webinário "Global Dairy Outlook", o vice-presidente de comunicações do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, sigla em inglês), Alan Levitt, disse que está otimista que os altos níveis alcançados nesse ano poderão ser mantidos.
Nesse ano, os Estados Unidos exportarão cerca de 13,6% de sua produção de leite (com base em sólidos do leite). De acordo com Levitt, as companhias que exportam produtos lácteos americanos têm visto o valor do crescimento positivo. Isso deverá continuar em 2013, apesar dos desafios.
"Eu acho que nossos volumes ainda estarão lá em 2013", disse ele. "Além disso, existe uma expectativa de que a oferta de lácteos no mercado mundial poderão se estreitar. Por exemplo, os estoques de leite em pó diminuíram. O mundo simplesmente não tem mais estoques de leite em pó".
As expectativas dos menores estoques são impulsionadas, em parte, pelas dificuldades econômicas que os produtores de leite enfrentam no mundo. Os produtores de leite em muitos países estão recebendo preços baixos por seu leite e isso conterá os aumentos na produção. Os Estados Unidos têm sido uma exceção notável, mas os preços deverão cair nesse país também.
A seca prolongada nos Estados Unidos e os altos custos dos alimentos animais pressionarão mais restrições ao crescimento da produção. As menores ofertas de produtos lácteos no mercado mundial poderão direcionar os preços para cima e reduzir a demanda.
Por outro lado, a demanda nos mercados emergentes como a China pode ser grande o suficiente para superar essas barreiras de preços. Por exemplo, o pico do "flush da Oceania" - época do ano quando a produção de leite é maior na Nova Zelândia e na Austrália, que geralmente ocorre do final de agosto até o começo de outubro - veio e foi embora sem efeitos adversos nos preços. "O mercado absorveu essa produção e os preços não caíram".
Então, muito depende da economia mundial. Mesmo com a União Europeia (UE) em recessão e os Estados Unidos enfrentando um crescimento econômico lento no próximo ano, "a China mostra sinais de aceleração do crescimento em 2013 que, por sua vez, apoiará o crescimento econômico regional do Sudeste da Ásia", disse o vice-presidente de estratégia do USDEC, Marc Beck.
"A China continua sendo um direcionador crítico do comércio global. "(Os chineses) não podem produzir leite tão barato quanto eles importam", disse Levitt. Ao mesmo tempo, "o desafio para os Estados Unidos será equilibrar as demandas do mercado internacional com as demandas do mercado doméstico", disse Beck.
A reportagem é do www.dairyherd.com, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
EUA: 2013 será desafiador para exportações de lácteos
As expectativas dos menores estoques são impulsionadas, em parte, pelas dificuldades econômicas que os produtores de leite enfrentam no mundo. Os produtores de leite em muitos países estão recebendo preços baixos por seu leite e isso conterá os aumentos na produção. Os Estados Unidos têm sido uma exceção notável, mas os preços deverão cair nesse país também.
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