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Décadas depois, o desastre da Chernobyl ainda contamina o leite

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 15/06/2018

2 MIN DE LEITURA

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Mais de três décadas depois do desastre nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, mesmo as vacas que pastam bem longe do local do acidente ainda produzem leite com níveis perigosos de radiação, e as crianças ainda bebem esse leite. O problema pode persistir por décadas, relataram pesquisadores.

Nas aldeias, a distâncias de até 225 km da usina nuclear de Chernobyl, as leituras de radioatividade no leite são até cinco vezes maiores que o limite imposto pelo governo ucraniano para adultos, e mais de 12 vezes o limite para as crianças, de acordo com cientistas do Laboratório de Pesquisa do Greenpeace da Universidade de Exeter, na Inglaterra, e do Instituto Ucraniano de Radiologia Agrícola.

Sem uma intervenção em grande escala, foi previsto que a radiação permanecerá acima do nível tolerado para adultos até pelo menos 2040 e acima do limiar para crianças por mais tempo. Essas descobertas foram relatadas na publicação Environment International.

Os pesquisadores examinaram amostras de 14 aldeias na região de Rivne, no noroeste da Ucrânia, onde o leite é consumido por fazendeiros e seus vizinhos. Eles encontraram grandes variações nos níveis de radiação, dependendo das condições do solo e de outros fatores, e não ficou claro se os mesmos resultados seriam verdadeiros para fazendas comerciais de grande escala.

"As pessoas sabem que o leite não é seguro, mas nos dizem: 'Não temos escolha, temos que alimentar nossas famílias'. São comunidades rurais e as pessoas são pobres", contou Iryna Labunska, pesquisadora da Universidade de Exeter e principal autora do estudo. O resultado, disse ela, é que "as crianças ainda estão bebendo leite contaminado, o que é muito triste".

Uma explosão de vapor e fogo em 1986 na fábrica ao norte de Kiev lançou uma nuvem tóxica para a atmosfera, no que é considerado o pior desastre nuclear na história. A precipitação radioativa do acidente foi detectada em todo o mundo, mas o pior permaneceu na Ucrânia e em Belarus. As pessoas ainda estão oficialmente proibidas de viver em uma área de 2.590 quilômetros quadrados em torno do local do acidente, a "zona de exclusão", embora algumas permaneçam lá.

Outros cientistas descobriram radiação no leite do norte da Ucrânia ao longo dos anos, mas o novo estudo mostra que ela permanece em níveis elevados e fora da área mais afetada por Chernobyl. Grande parte do material radioativo liberado da usina de Chernobyl já não representa uma ameaça. O principal perigo agora vem de um isótopo, o césio-137, que persiste por mais tempo, permanecendo no solo e sendo carregado pela vegetação que é consumida por vacas.

A exposição a esse elemento pode causar uma série de problemas de saúde, incluindo cânceres, catarata e doenças digestivas.

O estudo diz que o perigo pode ser mitigado com a adição de um produto químico, o hexacianoferrato, à alimentação do gado. O composto é usado para tratar envenenamento por metais pesados, como o césio, porque se liga às partículas deste elemento, o que permite que passem pelo trato digestivo sem serem absorvidas pelo corpo. O problema é o custo. Labunska disse que, para diminuir a radiação para níveis aceitáveis apenas nas aldeias estudadas, que abrigam 800 pessoas, seriam necessários US$80 mil por ano.

As informações são do Zero Hora.

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