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Dairy Vision 2018: 'varejo, embalagens e tecnologia, como os lácteos precisam se preparar?'

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 30/11/2018

6 MIN DE LEITURA

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Cerca de 350 líderes estiveram reunidos em Campinas/SP nos dias 28 e 29 de novembro para discutir tendências, inovação, consumo, mercados, investimentos e o futuro do setor lácteo. A partir desta agenda de futuro e com a presença de especialistas e empresários do Brasil e de fora, a 4ª edição do Dairy Vision, uma parceria da Zenith Global com a AgriPoint, discutiu os principais gargalos, disrupturas, oportunidades e insights do setor no continente latino-americano e no mundo.

No painel “Indústria 4.0 e tendências que moldarão o futuro”, Bruno Luiz Belanda, Fundador e Diretor da Intelup, falou sobre a “Indústria 4.0: conceitos e exemplos de aplicação para a indústria de alimentos”.

“A indústria 4.0 tem vários pilares, como as simulações, manufatura aditiva (como impressões 3D), robôs autônomos (não mais só tarefas repetitivas, mas, outras funções junto ao ser humano), realidade aumentada (na indústria, pode ser utilizada para a manutenção de equipamentos), computação em nuvem, internet das coisas (IoT), integração total de sistemas, Big Data e segurança da informação (confiabilidade dos dados)”, explicou.

Na ocasião, Belanda apresentou ao público um exemplo de laticínio 4.0, que teria como diferenciais a digitalização de inspeções de qualidade, sensores e atuadores conectados e acompanhamento on-line e em tempo real dos processos. “Tudo isso contribui nas tomadas de decisões e melhoria da eficiência e qualidade. As tecnologias da indústria 4.0 já estão disponíveis, mas é preciso saber aplicá-las no dia a dia do cenário da fábrica. Já existem casos de sucesso, com diminuições de perdas, otimização de processos, entre outros”.

Na sequência, Fiorella B.H. Dantas, Pesquisadora do CETEA/ITAL abordou as “Tendências para embalagens em lácteos: o que há agora e o que esperar no futuro”. A princípio, ela contextualizou o público sobre o perfil dos consumidores em 2018 e traçou uma expectativa para próximos anos. “Eles querem saber sobre tudo, indagam, são minimalistas e propagam as suas ideias ativistas para os amigos e para a família. As empresas precisam estar abertas para escutar opiniões contrárias e para isso, é necessário coragem, pois estamos vivendo uma verdadeira evolução disruptiva. Até então, a transformação era linear, e agora, ela já é exponencial. E como trabalhar para atender esse consumidor? Como ficam as embalagens nesse contexto?”.

Foi com essa indagação ao público que ela citou algumas possibilidades de uso das embalagens ativas e inteligentes (A&IP) e as escalou como possíveis soluções. 

Alguns exemplos de embalagens inteligentes são as que utilizam indicadores dinâmicos de temperatura, indicadores de vida útil (em função da radiação UV), indicador de temperatura e localização (com dados enviados ao interessado em tempo real), indicador de tempo e uso (que funciona também após a abertura da embalagem), indicadores de tempo e temperatura, tecnologias de codificação bidimensional (como DataMatrix e QR Code) com rastreabilidade e transparência ao consumidor.

“Nessa linha, inclusive, já temos no Brasil em operação a primeira loja autônoma, que funciona sem funcionários, no Estado do Espírito Santo. Em outros países, essa prática já é mais comum. Mas como as embalagens entram nisso? Com QR Code e rádio frequência”.

Ela também falou sobre as embalagens com realidade aumentada, tecnologia capaz de integrar objetos físicos ao mundo digital em tempo real, transformando produtos em experiências de alto valor para a marca. A informação passa a ser apresentada de uma maneira nova: “INFOTAINMENT”. “Minhas conclusão é que as embalagens digitais não devem gerar preocupações com segurança de alimentos, não devem afetar a funcionalidade do produto, as características organolépticas, não devem gerar impactos ambientais, devem atender requisitos legais e podem exigir educação, aceitação e confiança do consumidor e varejista”, concluiu.

Expondo sobre “Varejo: o próximo setor a sofrer disruptura? Que mudanças podemos esperar”, Marcos Escudeiro, Especialista em Varejo Alimentar, prefere não chamar de disrupção o que vem acontecendo no varejo, mas sim, evolução. “As evoluções digitais – por exemplo – no Brasil, vão mais devagar e atingem apenas uma pequena parcela da população. O uso da tecnologia no varejo chega com muito atraso, especialmente no setor alimentar. Isso acontece por conta da precária condição financeira da população brasileira”.


Marcos Escudeiro e Marcelo Pereira de Carvalho

De acordo com ele, a categoria de redes ‘discount’ cresce no mundo todo (na qual, prevalece a venda barata, o sortimento limitado e os poucos serviços). “Como exemplo, podemos citar as redes Aldi e Lidl, que superaram o Carrefour na Europa em faturamento, o que mostra que os consumidores estão buscando em primeiro lugar, o preço. Podemos perceber que no varejo alimentar o que cresce não é a disrupção, mas a busca pelo menor preço”.

Ainda segundo ele, o brasileiro está comprando mais no atacarejo e as principais bandeiras no Brasil adquiriram uma rede na categoria. “E por quê? Porque o atacarejo é o ‘discount’ brasileiro. Vale destacar que nós temos uma baita oportunidade de lançar produtos para a classe C, pois a maior parte da população brasileira ainda pertence a ela”. 

Voltando ao tema de embalagens, Fernanda Boloso, Marketing Manager, da Polyone questionou: “Por que PET é o novo material de escolha?”. Ela explanou sobre o porquê de melhorar as embalagens perfeitas que a natureza traz com ela, como a própria laranja, a água de coco, e porque não, o leite. “A resposta é porque queremos manter o produto fácil para a utilização, conveniência e com vida mais longa. A embalagem veio para facilitar e é por isso que nós podemos melhorar a embalagem da natureza, que é tão perfeita”.

E por que o pet? Segundo Fernanda ele proporciona conveniência e reutilização, é altamente reciclável, é uma opção mais econômica e permite forte diferenciação de marca por meio do design. “Gostaria de aproveitar a oportunidade para desmitificar os mitos do pet: ele não tem ftalatos, não tem BPA e eles - por si próprios - não conseguem poluir os ambientes. Aproximadamente 588 mil toneladas de pet foram consumidas no Brasil no ano passado, e 51% disso, foi reciclado. O Brasil tem a maior diversidade de aplicações, como o mercado têxtil e até embalagem novamente. Gostaria de destacar que a Polyone possui os aditivos que permitem a manutenção dos produtos UHT em garrafas pet”.

Finalizando o painel, Marcos Luppe, pesquisador EACH/USP, proferiu uma palestra com o seguinte tema: “Explorando novos canais de vendas: exemplos de empresas que estão indo além do varejo tradicional”.

“Temos um novo consumidor e assim, o varejo não dá para ser o mesmo. Por isso, estamos sim vendo uma disrupção desse segmento, se não, estaríamos fadados ao fracasso. Hoje notamos pessoas on-line e mobile, sensíveis à personalização, que reconhecem marcas e não canais, com menos posses e mais experiências, globais, preocupadas com a saúde e o bem-estar, têm uma consciência social, com novos arranjos familiares e vivendo cada vez mais e até o envelhecimento”.

Para ele, a jornada do consumidor mudou muito, passou a ser digital, não linear e personalizada. “O celular tem que ser considerado nas estratégias da empresa. Temos uma nova jornada de compra integrando o on e o off (96% das vendas são offline e 50% delas são influenciadas pelo digital). Hoje qualquer estratégia pensada para a sua empresa, precisa ser pensada em como você se comunica com os seus consumidores e o digital não pode ficar de fora disso. Então, temos hoje um consumidor muito mais informado, antenado, conectado, exigente, intolerante e infiel. Esse consumidor quer ser atendido muito bem nos seus diferentes momentos de compra, ou seja, na compra rápida, na compra gourmet, na compra abastecedora, etc. Isso amplia os canais de opção”.

Para finalizar, ele citou que o e-commerce corresponde hoje a 4% do varejo brasileiro e particularmente no alimentar, é pouco representativo, mas, é de crescimento constante. “Na China, ¼ de tudo o que se vende é digital. Não está muito longe, precisamos apenas entender como trabalhar da melhor maneira com ele”.

Confira em breve outros releases sobre o evento! 

Leia também > Dairy Vision: lácteos, a evolução de consumo e as disrupturas do mercado

Por Raquel Maria Cury Rodrigues, coordenadora de conteúdo do MilkPoint

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