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Dairy Vision 2018: como o Brasil está se preparando para se destacar na exportação de lácteos?

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/12/2018

5 MIN DE LEITURA

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Como o comportamento do varejo, o e-commerce, as embalagens e as tecnologias impactam hoje no setor lácteo brasileiro e mundial? Quais são os projetos que vêm sendo estruturados para melhor posicionar o Brasil como um exportador de lácteos? Esses foram alguns dos diversos tópicos discutidos na 4ª edição do Dairy Vision 2018, evento realizado nos dias 28 e 29/11, na Expo Dom Pedro, em Campinas/SP. Com público recorde, 350 líderes das principais indústrias lácteas brasileiras e do exterior discutiram as principais tendências que ditarão o mercado daqui para frente.

No painel “O futuro à frente” o tema “Brasil: construindo um negócio de exportação para o setor lácteo” contou com dois palestrantes, Marcelo Martins, Diretor Executivo da Viva Lácteos e Eduardo Caldas, Gestor de Projetos da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

dairy vision 2018
Marcelo Martins proferindo sua palestra no Dairy Vision 2018

Para Martins, o principal desafio para que o setor lácteo continue crescendo de forma sustentável é ampliar a demanda pelos lácteos. “E como melhorar o saldo da balança? Nós conseguimos avançar bastante nas exportações de queijos sem perder o foco nas outras commodities. Queremos agora fortalecer as marcas e a comercialização de produtos com alto valor agregado e, para isso, estamos qualificando as empresas que participam do projeto. Também, definimos mercados estratégicos e prioritários como Arábia Saudita, Bolívia, Chile, Colômbia, EUA, Paraguai, Peru e Rússia. Os secundários seriam China, México e África do Sul”, disse ele.

Marcelo ainda acrescentou que na busca da ampliação de mercados, a Viva Lácteos está participando do CEBEU (Conselho Empresarial Brasil Estados Unidos) e do CEBRICS (Conselho Empresarial dos Países do BRICS). “Além disso, estamos habilitando plantas industriais em Cuba, Chile e outros países e também, atualizando os Marcos Regulatórios (IN 53/2018 – RTIQ leite em pó).

Para situar: balança comercial de lácteos, como estão os números hoje?

Nu dia 04/12 a Secex divulgou os dados de comércio internacional de lácteos no Brasil. Em novembro, o Brasil importou 148,9 milhões de litros em equivalente leite, 4,3% a menos em relação aos 155,6 milhões importados em outubro, mas, ainda assim, quase o dobro (+94,3%) na comparação com novembro de 2017. Enquanto isso, as exportações tiveram leve aumento mensal, ficando em 11,5 milhões de litros em equivalente leite, contra 9,3 milhões em outubro, o que reduziu um pouco nosso déficit comercial lácteo em 8,9 milhões de litros. Assim, nota-se que o Brasil atualmente importa uma quantia muito maior de lácteos quando comparamos aos volumes exportados.

E então, como promover as exportações?

Para promover as exportações, a Viva Lácteos está focada em várias ações em países-alvo e criou uma área de inteligência comercial, identificando os requisitos sanitários necessários, as tarifas de importação e consultoria de rotulagem e posicionamento do produto no mercado internacional.

“Quando houve o embargo russo de lácteos nós poderíamos ter ‘abocanhado’ esse mercado. Não conseguimos, mas com certeza serviu como aprendizado. Por isso, fizemos um mapeamento geral de possíveis compradores e como temos vários níveis de empresas no Brasil, com relação a qualificação, estamos trabalhando duro para que um maior número delas consiga atingir os patamares exigidos”, completou.

Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX)

No novo projeto que a Viva Lácteos está negociando com a Apex-Brasil, está sendo discutida a ideia de realizar, junto as empresas, um trabalho de identificação da maturidade exportadora de cada uma delas. Desta forma, as ações serão melhor direcionadas, e àquelas iniciantes no mercado internacional será apresentado o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), um instrumento de caráter estruturante aos setores e de reforço da base exportadora do Brasil.

O objetivo do PEIEX é estimular a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas, qualificando e ampliando os mercados para as indústrias iniciantes em comércio exterior. Pretende-se, por meio de ações de extensão industrial exportadora, proporcionar o engajamento das empresas no esforço de construção de uma estratégia de desenvolvimento compartilhada entre as empresas e as instituições de apoio, governamentais e não governamentais, com o objetivo de elevar o padrão de competitividade. 

Em sua apresentação no Dairy Vision, Eduardo Caldas explicou que a Apex-Brasil é um serviço social autônomo vinculado ao Ministério de Relações Exteriores e os eixos de atuação discorrem sobre a atração de investimentos, internacionalização de empresas e promoção de exportações.

dairy vision 2018
Eduardo Caldas no Dairy Vision 2018

“E quem seriam os clientes da Apex-Brasil? As empresas brasileiras exportadoras, as não exportadoras, as que estão buscando a internacionalização e as que querem receber investimentos estrangeiro. Quando falamos em investimentos, podemos citar tanto o investimento produtivo como de participação. Para começarmos um diagnóstico e darmos o passo inicial, elencamos as empresas interessadas por sua ‘maturidade’, definida em internacionalizada, exportadora experiente, exportadora intermediária, exportadora iniciante e não exportadora”, explicou.

O PEIEX – uma das soluções utilizadas para empresas não exportadoras e iniciantes, como muitas que são associadas da Viva Lácteos - oferece às empresas um diagnóstico gratuito com o objetivo de, posteriormente, no desenvolvimento do trabalho, apresentar soluções a fim de impactar o desempenho competitivo. Ao mesmo tempo, o projeto sinaliza aos agentes econômicos o esforço de médio e longo prazos que se deve empreender no sentido de operar mudanças no padrão de competitividade da região atendida, fundamentado no trabalho de gestão. Para esse mesmo grau de maturidade, outras opções também são disponibilizadas como:

  • oficinas de competitividade;
  • passaporte para o mundo;
  • oficinas Brasil Trade;
  • design e sustentabilidade;
  • ações de promoção e;
  • projetos setoriais.

Para empresas intermediárias, experientes e internacionalizadas, outros tipos de soluções são disponibilizados. “Também trabalhamos com projetos setoriais, como a participação em feiras internacionais, missões prospectivas, rodadas de negócios, apoio individualizado, entre outros”, disse Caldas.

Em sua palestra, ele também mostrou ao público um histórico da parceria com a Viva Lácteos comparando números do ano de 2016 com 2018. “Em 2016 tínhamos 19 destinos para os lácteos, hoje, já são 29. A quantidade de empresas apoiadas saltou de 9 para 12 e em US$-FOB, as exportações do projeto passaram de 13.664.926 para 26.630.215. Com relação aos destinos, a Bolívia é a nossa maior compradora. Na sequência, vemos Chile, Rússia, Argentina e Paraguai”, completou.

É interessante pontuar que hoje o principal produto exportado é o ‘queijo fundido’, com 22,7% de participação, seguido de ‘outros cremes de leite’ (16,9%) e ‘misturas para a preparação de produtos’ (16,7%).

Em 2016 tínhamos 19 destinos para os lácteos, hoje, já são 29. A quantidade de empresas apoiadas saltou de 9 para 12 e em US$-FOB, as exportações do projeto passaram de 13.664.926 para 26.630.215"

Apesar de um quadro desafiador para as exportações brasileiras, as empresas que estão com a Apex-Brasil têm performado de uma forma muito melhor em relação àquelas que não estão. Hoje, 48% do que é exportado pelo Brasil estão sendo apoiados de alguma forma pelos programas da Apex-Brasil.

O Dairy Vision é organizado pela AgriPoint e pela Zenith Global.

Por Raquel Maria Cury Rodrigues, coordenadora de conteúdo do MilkPoint

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