'Custeio digital' do BB atinge R$ 1 bilhão

Pouco mais de 3 mil médios e grandes produtores rurais do país contrataram com o Banco do Brasil, por telefones celulares ou tablets, aproximadamente R$ 1 bilhão em financiamentos para custeio entre fevereiro do ano passado, quando a facilidade passou a ser permitida, e este mês. Batizado como "custeio digital", a modalidade já encurtou de até 15 dias para apenas alguns minutos o tempo de contratação para clientes do banco com cadastro aprovado e que já tenham tomado crédito na instituição pelo menos uma vez nos últimos três anos.

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"Só em janeiro e fevereiro de 2018 o volume de custeio digital liberado chegou a R$ 300 milhões, ou 10% do total que o banco emprestou para a agricultura empresarial, que alcançou cerca de R$ 3 bilhões", afirmou ao Valor do diretor de Agronegócios do BB, Marco Túlio Moraes.

De acordo com o executivo, 40% dos financiamentos ao agronegócio contratados junto ao banco já são feitos fora do expediente comercial, o que justifica a difusão das operações digitais. O crédito rural digital também funciona para operações de investimento, mas com menos agilidade dada a maior complexidade das linhas. A modalidade digital ainda não está disponível para agricultores familiares.

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Apesar do montante crescente, Marco Túlio lembrou que a contratação de crédito por meios digitais têm limitações. É que, mesmo com o uso de plataformas como celular ou tablet, os produtores ainda precisam comparecer a uma agência bancária para assinar o contrato de crédito.

Para contornar essa limitação, Marco Túlio informou que o BB já solicitou ao governo mudanças de regras para permitir assinaturas eletrônicas em contratos de crédito rural, o que dispensaria o deslocamento dos produtores até as agências. Alterações do manual de crédito rural, entretanto, dependem da aprovação de um projeto de lei no Congresso, o que já vem sendo negociado com o Ministério da Fazenda e com o Banco Central.

As informações são do jornal Valor Econômico.