Coca-Cola e Pepsi enfrentarão desafios para obtenção de lácteos, diz Rabobank

A Coca-Cola Company, a PepsiCo e outras empresas que estão aproveitando a onda de convergência entre refrigerantes e lácteos, enfrentarão massivos desafios futuros para obtenção de leite. Isso de acordo com o diretor executivo e estrategista global para o setor de bebidas do Rabobank, Ross Colbert, que falou no InterBev 2012 em Las Vegas na semana passada.

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A Coca-Cola Company, a PepsiCo e outras empresas que estão aproveitando a onda de convergência entre refrigerantes e lácteos, enfrentarão massivos desafios futuros para obtenção de leite. Isso de acordo com o diretor executivo e estrategista global para o setor de bebidas do Rabobank, Ross Colbert, que falou no InterBev 2012 em Las Vegas na semana passada.

Cobert disse que, olhando além da tradicional cadeia de fornecimento CSD (Customer Solution Development) de 2 anos atrás (baseado em um modelo DSD - Direct Store Delivery), as cadeias de fornecimento de bebidas hoje são mais complexas para companhias como Coca-Cola, Pepsi e Dr. Pepper.

Uma explosão no número de SKU (Stock-keeping unit) no varejo implicou em mais fornecedores ligados à demanda nas embalagens. A demanda nos mercados emergentes também aumentou a complexidade da cadeia de fornecimento, disse Colbert, com o crescimento no consumo per capita entre os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Os desafios de aquisição também estão exacerbados pelas barreiras comerciais e pelos reduzidos estoques globais de alimentos. Os consumidores estão agora mais conscientes com relação a questões associadas a sustentabilidade, rastreabilidade e preocupações de saúde e bem-estar, disse ele.

Colbert dividiu esses desafios em três importantes direcionadores (1) volatilidade de preços (2) segurança na cadeia de fornecimento de alimentos (3) sustentabilidade.

Desde 2007, os preços da matéria-prima têm aumentado, disse Colbert, com a segurança na oferta não mais garantida para as principais commodities.

"Isso é ainda pior se você estiver usando leite. "Então, se você é a Coca-Cola, a Pepsi ou outra grande companhia de bebidas, você tem um enorme desafio pela frente em obter leite em pó ou lácteos para as bebidas".

Figura 1
Super Milk Pulpy, lançamento de bebida láctea da Coca-Cola na China


"O valor da marca é um grande direcionador do engajamento. A sustentabilidade coloca a marca em risco, de forma que os donos das marcas precisam pensar sobre isso. Grandes marcas, como Coca-Cola e Pepsi, são para-raios para ONGs e ativistas mirarem. Por quê? Porque os donos das marcas são poderosos e mantêm o acesso aos meios de comunicação".

O futuro se baseia em fornecer integração da cadeia de fornecimento - onde os produtores se unem às empresas (frequentemente através de contratos de prazo mais longo e menos comércio spot) para adotar a sustentabilidade, mitigar a volatilidade de preços e garantir as ofertas", disse Colbert.

"Cada vez mais, você vê grandes companhias de alimentos e bebidas de marcas olhando para trás e dizendo: 'quem são os produtores rurais com os quais deveríamos estar trabalhando e por que?' Quem está protegendo os interesses de nossos clientes e como podemos nos alinhar a eles para obter valor para nós mesmos, valor para nossos fornecedores e dar aos consumidores o que estão procurando? Então, é uma abordagem muito diferente". A diversificação dos fornecedores é crucial, disse ele.

Grandes companhias estão cada vez mais "colocando os produtores em primeiro lugar", disse Colbert, ganhando mais visibilidade sobre como os trabalhadores são tratados, fazendo auditorias aos fornecedores com mais rigidez e se unindo a esquemas de certificação, como o Fair Trade e o Rainforest Alliance.

A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida e adaptada pela equipe MilkPoint.
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PAULO AFONSO VIEIRA
PAULO AFONSO VIEIRA

GOIATUBA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/11/2012

Essa noticia com certeza vem mostrar uma luz no fim do tunel para nós produtores. Ja falei e volto a repetir: "A pecuaria Leiteira é a única atividade que conheço do agronegócio que não tem margem de lucro"  Aqui em Goiás, vejo muitos amigos e companheiros migrando para outras atividades. Portanto aumentando a produção por grandes multinacionais da aréa de alimentos, com certeza irá aumentar o consumo e consequentemente quem sabe iremos continuar na atividade com margens de lucros interessantes.

Deus nos ouça por favor...

Abraços a todos
delson filho
DELSON FILHO

REDENÇÃO - PARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 30/10/2012

Isso é péssimo por que quem vai sofrer são os produtores, pois a tendência é que essas empresas grandes comprem as menores e levam o preço da matéria-prima lá para baixo.


Bom será para os acionistas dessas grandes empresas que irão faturar muito pois este é um grande mercado.
Dr. JAIRO PINTO DE CARVALHO
DR. JAIRO PINTO DE CARVALHO

SALVADOR - BAHIA

EM 29/10/2012

Salvador-Bahia,29.10.2012-2ª feira.



Ao MilkPoint

rezados Senhores :



É UMA NOTÍCIA ALVISSAREIRA E, ESPERO, SALUTAR, A ENTRADA DOS GRANDES INDUSTRIALIZADORES FABRICANTES DE REFRIGERANTES, NO MERCADO LÁCTEO DESDE QUE, NÃO PRETENDAM  EXORBITAR, NOS PREÇOS DOS SEUS PRODUTOS !, O QUE ATRAVANCARIA AS VENDAS.

O CONTROLE DE QUALIDADE, TEM QUE SER TRIPLICADO VEZ QUE OS PRODUTOS DERIVADOS DO LEITE E O PRÓPRIO, SÃO MAIS SUCEPTÍVEIS ÀS VARIAÇÕES CLIMÁTICAS E NECESSITAM DE UMA MAIOR FISCALIZAÇÃO, DIRETAMENTE, DIRECIONADA À SAÚDE ANIMAL, AO TRANSPORTE AO PRODUTO FINAL.

PORTANTO, COM TUDO DENTRO DOS CONFORMES, É UMA IMPORTANTE NOTÍCIA, QUE, CERTAMENTE, IRÁ AUMENTAR OS RENDIMENTOS DOS PECUARISTAS, CRIADORES DE VACAS LEITEIRAS, OS QUAIS, DEVERÃO SOFRER REGULARES E EFICAZES FISCALIZAÇÕES, A FIM DE QUE, SEJA PRESERVADA A SAÚDE ANIMAL E, TAMBÉM, LOGICAMENTE, A SAÚDE DOS CONSUMIDORES, PRINCIPALMENTE, DAS CRIANÇAS !

QUE VENHAM OS LÁCTEOS DA COCA COLA, DA PEPSICO, DA DR. PEPPER E ETC...,

O QUE DEVERÁ, ESPERO, MELHORAR A QUALIDADE DOS LÁCTEOS, PRINCIPALMENTE, DOS LEITES UHT, ATUALMENTE COM SOFRÍVEIS NÍVEIS DE GORDURAS TOTAIS, OU SEJA, 6,0% PARA CADA 200ml ! O QUE DIMINUI, EM MUITO,O POTENCIAL ALIMENTÍCIO DO LEITE, O QUE É UM DESPROPOSITO E UM ABSURDO !

Grato pela atenção.

Jairo Pinto de Carvalho
Mauro Santos da Rocha
MAURO SANTOS DA ROCHA

SARANDI - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 29/10/2012

A notícia é alvisareira pois, é preferível que tais companhias diversifiquem produzindo alimentos úteis do que colas.
Reforço, porém, a importância do Ministério da Agricultura estar vigilante, para que estas potências econômicas, não venham a burlar a legislação que está a vigir , quanto à produção de lácteos.
Pelo sim, pelo não, melhor do que  produzir lácteos, é  que a unidade fabril seja instalada no norte do Rio Grande do Sul, região nobre para produção leiteira.  
Que se concretize esta tendência. Haja matéria prima !!!

MAUO SANTOS ROCHA


PALMEIRA DAS MISSÕES

   
Fernando Melgaço
FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 24/10/2012

Muito bom, que empresas multinacionais, tradicionalmente fabricantes de refrigerantes, que além de nada alimentar, ainda trazem malefícios aos consumidores, em especial às crianças, estejam investindo cada vez mais em produtos derivados do leite.

Sendo essas companhias muito conhecidas, especialmente pelas crianças, que adoram  refrigerantes, com certeza vão ajudar em muito, para aumentar o consumo de leites e derivados pelas pessoas, mormente as crianças.

Faz-se necessário, no entanto, uma fiscalização rigorosa, feita pelos órgãos públicos, para que esses produtos sejam de altas qualidades alimentícias, físico-químicas e microbiológicas.

Atenciosamente,

Fernando Melgaço
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