Cobert disse que, olhando além da tradicional cadeia de fornecimento CSD (Customer Solution Development) de 2 anos atrás (baseado em um modelo DSD - Direct Store Delivery), as cadeias de fornecimento de bebidas hoje são mais complexas para companhias como Coca-Cola, Pepsi e Dr. Pepper.
Uma explosão no número de SKU (Stock-keeping unit) no varejo implicou em mais fornecedores ligados à demanda nas embalagens. A demanda nos mercados emergentes também aumentou a complexidade da cadeia de fornecimento, disse Colbert, com o crescimento no consumo per capita entre os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
Os desafios de aquisição também estão exacerbados pelas barreiras comerciais e pelos reduzidos estoques globais de alimentos. Os consumidores estão agora mais conscientes com relação a questões associadas a sustentabilidade, rastreabilidade e preocupações de saúde e bem-estar, disse ele.
Colbert dividiu esses desafios em três importantes direcionadores (1) volatilidade de preços (2) segurança na cadeia de fornecimento de alimentos (3) sustentabilidade.
Desde 2007, os preços da matéria-prima têm aumentado, disse Colbert, com a segurança na oferta não mais garantida para as principais commodities.
"Isso é ainda pior se você estiver usando leite. "Então, se você é a Coca-Cola, a Pepsi ou outra grande companhia de bebidas, você tem um enorme desafio pela frente em obter leite em pó ou lácteos para as bebidas".

Super Milk Pulpy, lançamento de bebida láctea da Coca-Cola na China
"O valor da marca é um grande direcionador do engajamento. A sustentabilidade coloca a marca em risco, de forma que os donos das marcas precisam pensar sobre isso. Grandes marcas, como Coca-Cola e Pepsi, são para-raios para ONGs e ativistas mirarem. Por quê? Porque os donos das marcas são poderosos e mantêm o acesso aos meios de comunicação".
O futuro se baseia em fornecer integração da cadeia de fornecimento - onde os produtores se unem às empresas (frequentemente através de contratos de prazo mais longo e menos comércio spot) para adotar a sustentabilidade, mitigar a volatilidade de preços e garantir as ofertas", disse Colbert.
"Cada vez mais, você vê grandes companhias de alimentos e bebidas de marcas olhando para trás e dizendo: 'quem são os produtores rurais com os quais deveríamos estar trabalhando e por que?' Quem está protegendo os interesses de nossos clientes e como podemos nos alinhar a eles para obter valor para nós mesmos, valor para nossos fornecedores e dar aos consumidores o que estão procurando? Então, é uma abordagem muito diferente". A diversificação dos fornecedores é crucial, disse ele.
Grandes companhias estão cada vez mais "colocando os produtores em primeiro lugar", disse Colbert, ganhando mais visibilidade sobre como os trabalhadores são tratados, fazendo auditorias aos fornecedores com mais rigidez e se unindo a esquemas de certificação, como o Fair Trade e o Rainforest Alliance.
A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida e adaptada pela equipe MilkPoint.
