O centro, fundado pelo China Dairy Research System do Ministério da Agricultura e representantes de peso da indústria de lácteos da Nova Zelândia, encabeçados pela Fonterra Co-Operative Group, organizará fóruns sobre o setor leiteiro e fornecerá treinamento para os membros da indústria de lácteos da China.
Para mostrar suporte aos produtos lácteos da Nova Zelândia, Key e o Ministro do Comércio, Tim Groser, também participaram do lançamento do centro.
“Esperamos trazer tecnologia de lácteos avançada à China através da plataforma desse centro de troca”, disse o cientista do China Dairy Research System, Wang Yachun.
A China importou 686.000 toneladas de leite em pó da Nova Zelândia em 2013, 38,6% a mais que no ano anterior, disse o oficial do Ministério da Agricultura, Yang Zhenhai.
Como produtor líder global de lácteos, a Fonterra sozinha produz 2 milhões de toneladas de produtos lácteos por ano e suas exportações representam um terço do comércio mundial de lácteos.
Os especialistas disseram que uma importante tarefa da delegação da Nova Zelândia que visitou a China é restaurar a confiança dos consumidores chineses em seus produtos lácteos.
Os consumidores chineses ainda veem os produtos da Nova Zelândia como tendo um risco maior de segurança alimentar do que os alimentos importados de muitos outros países, de acordo com uma pesquisa feita pela Universidade Massey, da Nova Zelândia, em Lanzhou, capital da província Gansu no noroeste da China.
Um analista do setor de lácteos do Centro de Distribuição, Produtividade e Promoção da China, com sede em Pequim, Song Liang, também disse que a confiança dos consumidores nos produtos lácteos neozelandezes não deverá se recuperar totalmente em curto prazo.
Song disse que a China importa cerca de 80% de seus produtos lácteos da Nova Zelândia no momento, mas, no futuro, “isso precisa se diversificar, em uma aposta para garantir oferta e estabilizar os preços”.
A Fonterra anunciou na semana passada aumentos nos preços da gordura e da proteína do leite, o que impulsionou especulação de que os preços dos ingredientes lácteos aumentariam no mercado global, considerando a posição de liderança da companhia.
Quando questionado na conferência de imprensa se a companhia aumentaria mais os preços, o presidente da Fonterra, John Wilson, disse que o mercado mundial de lácteos é “volátil”, mas “muito transparente”.
“Por um período longo, dependemos muito da Nova Zelândia e da Austrália para produtos lácteos e negligenciamos outros locais, como Europa e América, que poderiam também ser importantes fontes”, disse Song.
A reportagem é da agência Xinhua, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint Brasil.