Carrefour altera política de pagamento à fornecedores e decisão pode colocar em risco setor lácteo

A decisão anunciada pela gigante rede de varejo Grupo Carrefour, no mês de novembro do ano passado, de que os pagamentos de suas faturas aos seus fornecedores não seriam mais realizados três vezes ao mês, como acontecia até então, mas apenas uma vez ao mês, vem afetando duramente as pequenas cooperativas e indústrias, sobretudo as que pertencem ao setor lácteo.

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A decisão anunciada pela gigante rede de varejo Grupo Carrefour, no mês de novembro do ano passado, de que os pagamentos de suas faturas aos seus fornecedores não seriam mais realizados três vezes ao mês, como acontecia até então, mas apenas uma vez ao mês, vem afetando duramente as pequenas cooperativas e indústrias, sobretudo as que pertencem ao setor lácteo. 

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De acordo com a Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), a decisão dos executivos do Carrefour elevou o prazo limite em até 30 dias, a mais. “Na prática essa decisão eleva os prazos, já elásticos, a contar da data de entrega efetiva de mercadorias nas lojas, de 45 dias, em média, para até 80 dias – um aumento do prazo limite em até 30 dias”, alerta o diretor executivo do G100, Wilson M. Primo.

Para os representantes dessa associação de cooperativas e empresas do setor lácteo, a decisão do grupo francês, que conta com cerca de 250 lojas espalhadas pelo Brasil, afetará não apenas os fornecedores que aguardam recebimento, mas toda a cadeia de lácteos. “Essa medida vem a contribuir como mais um elemento de grave desestruturação do setor produtivo. As empresas pagam os seus fornecedores, quase sem exceção, em 25 dias, em média, além de pagarem os custos adicionais advindos da atividade. Isso inviabiliza a atividade”, explica Primo. 

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Desde quando a medida foi anunciada pelo Carrefour, o G100 vem buscando uma renegociação com os executivos do Grupo. “No final do ano passado enviamos correspondência para o senhor Pierre-Jean Sivignon - Presidente do Conselho de Administração do Grupo Carrefour, pedindo um esclarecimento acerca do assunto, mas até hoje nunca recebemos uma resposta”, diz o diretor do G100. 

A entidade também vem buscando apoio de representantes do poder Executivo, Legislativo e também do Judiciário Federal. “Gostaríamos de encontrar uma solução que seja sadia para a coletividade e não somente para um segmento da cadeia de abastecimento. Essa prática de relacionamento, forçado e unilateral, certamente trará repercussões também para o consumidor - que normalmente paga à vista ou, mesmo quando usa o cartão de crédito, paga em prazos muito menores do que os propostos pelo Grupo Carrefour. É um abuso de poder econômico”, afirma Primo. 

As informações são do portal Agrolink.

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