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Cargill negocia compra de fábricas da Granol

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 29/08/2018

3 MIN DE LEITURA

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A americana Cargill, uma das líderes globais em agronegócios e maior exportadora de soja brasileira, está negociando a aquisição de duas unidades de processamento do grão da Granol, que colocou ativos à venda diante de dificuldades financeiras. O Valor apurou que a multi está em tratativas para comprar as fábricas da companhia paulista localizadas em Anápolis (GO) e Porto Nacional (TO). Procuradas, as empresas não confirmaram a informação.

A expectativa é que o negócio seja concluído até dezembro. Mas há chances de "ruir", já que há discordâncias sobre o valor dos ativos. De acordo com fontes, a Granol pede cerca de US$ 400 milhões, valor considerado elevado no mercado.

A Granol se lançou no mercado para vender parte de seus ativos há mais de um ano. Como muitas empresas que processam soja no Brasil, a paulista sentiu o impacto das adversidades econômicas do país e do segmento, onde as margens estão cada vez mais apertadas. No apagar das luzes de 2017, seu caixa líquido operacional estava negativo em R$ 37,1 milhões, ante os R$ 521,7 milhões positivos do fim de 2016. Em meio às dificuldades, a ociosidade de seu parque de processamento de soja subiu para 67,4% em 2017. Na produção de biodiesel, ficou em 53,56%.

Nesse contexto, a receita líquida operacional da companhia caiu de R$ 2,95 bilhões, em 2016, para R$ 1,79 bilhão em 2017. O prejuízo diminuiu, passando de R$ 219 milhões para R$ 48 milhões na comparação, graças a ações de desinvestimentos adotadas ao longo do exercício fiscal. E a Granol contratou uma empresa de fusões e aquisições para busca de parceiro estratégico ou outras alternativas.

"É de conhecimento geral que a crise econômica pela qual passou, e ainda passa o país, trouxe uma forte redução de oferta de recursos financeiros e, assim, a elevação de seus custos", informou a Granol em seu último balanço financeiro, de 2017. "Visto ainda persistir a insuficiência de capital de giro, que implica manter a operação abaixo do 'breakeven', a companhia tem adotado ações para desmobilizações de ativos não operacionais, veículos, aeronaves e alguns armazéns não estratégicos".

Entre esses ativos está a infraestrutura de armazenagem em Sobradinho (RS), com capacidade para 350 mil sacas de soja, vendida em setembro à cooperativa gaúcha Cotriel. "No ano passado vendemos três armazéns que não estavam em operação. Este ano estabelecemos algumas parcerias estratégicas nas nossas plantas de esmagamento, o que pode ter levado a rumores [de venda]", disse, por e-mail, Paula Cadette, diretora financeira e filha do fundador da Granol, José Gomes Cadette. "A empresa estuda ainda a oportunidade de vender a refinaria de Tupã, cuja operação foi descontinuada há dois anos, quando a nova refinaria na unidade Bebedouro foi construída". Segundo a empresa, 15 armazéns continuam em atividade.

"O problema é que [a Granol] está ancorada em dívida", disse uma fonte a par da situação, o que não lhe permite muita margem de manobra para negociação de preços.

A Granol já foi umas das principais produtoras de biodiesel do país, com três usinas em operação. Também atua na industrialização de oleaginosas, sobretudo soja, e tem entre seus principais produtos óleo bruto, óleo refinado, farelos, e lecitina de soja. Conforme o site da companhia, suas unidades estão localizadas em Tupã, Osvaldo Cruz e Bebedouro, no interior paulista, Cachoeira do Sul (RS), Anápolis (GO) e Porto Nacional (TO).

A logística ajuda a explicar o interesse da Cargill nas unidades de esmagamento da Granol em Goiás e no Tocantins. A fábrica de Porto Nacional opera um transbordo interligado à Ferrovia Norte Sul, o que permite reduzir os custos de movimentação de farelo para os portos do Norte, mais próximos dos mercados da Europa, América do Norte e do Canal do Panamá. Já a de Anápolis tem um terminal de carregamento direto da produção, instalado na mesma ferrovia, e um terminal de carregamento interligado à Ferrovia Centro Atlântica, rota de escoamento do farelo até a unidade portuária da Granol em Vitória.

Em tempos de tantos conflitos com a tabela de frete rodoviário, ativos ligados a ramais ferroviários ganham um brilho ainda maior.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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