Brexit sem acordo pode gerar crise de alimentos no Reino Unido

O Brexit provocaria uma escassez de alimentos sem precedentes se o Reino Unido abandonar a União Europeia sem um acordo, disse o CEO da segunda maior rede de supermercados do país. "O impacto de fechar as fronteiras para a livre circulação de alimentos durante alguns dias provocaria uma crise alimentar sem precedentes", disse o CEO da J Sainsbury, Mike Coupe, em entrevista. "É inconcebível para mim que não se encontre uma solução."

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 1 minuto de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

O Brexit provocaria uma escassez de alimentos sem precedentes se o Reino Unido abandonar a União Europeia sem um acordo, disse o CEO da segunda maior rede de supermercados do país. "O impacto de fechar as fronteiras para a livre circulação de alimentos durante alguns dias provocaria uma crise alimentar sem precedentes", disse o CEO da J Sainsbury, Mike Coupe, em entrevista. "É inconcebível para mim que não se encontre uma solução."

As tensões entre Londres e Bruxelas estão à flor da pele e a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse, na quarta-feira (28), que ninguém em sua posição poderia aceitar o esboço do tratado do Brexit publicado pela União Europeia. May está buscando conseguir que a UE aceite um período de transição em uma cúpula de líderes que será realizada no fim deste mês, mas Michel Barnier, o principal negociador do Brexit da UE, alertou na quinta-feira (1º de março) que qualquer acordo desse tipo poderia ser desfeito antes da saída do Reino Unido, programada para março de 2019.

Continua depois da publicidade

Quase metade dos alimentos consumidos no Reino Unido é importada. As barreiras comerciais seriam especialmente prejudiciais para os varejistas de produtos frescos do Reino Unido, que dependem fortemente da livre circulação de bens perecíveis por toda a UE. Em 2016, o Reino Unido importou 22,4 bilhões de libras (US$ 30,8 bilhões) de carne, peixe, produtos lácteos, frutas e vegetais, de acordo com o Departamento de Assuntos Ambientais, Alimentares e Rurais.

Tomates espanhóis

Autoridades de Dover, o porto mais movimentado do país, estimam que dois minutos adicionais para liberar caminhões na alfândega provocariam engarrafamentos de 27 quilômetros. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, alertou na quinta-feira que um comércio sem fricções com o Reino Unido seria impossível se o país sair da união aduaneira.

"Atualmente carregamos tomates no sul da Espanha, os caminhões viajam 24 horas e chegam diretamente em nossos centros de distribuição sem nenhum problema", disse Coupe, cuja empresa só é superada pela Tesco em vendas de alimentos no Reino Unido. "Qualquer coisa que colocar uma barreira nesse fluxo aumentará o custo e reduzirá o frescor."

O governo do Reino Unido pretende abandonar o mercado comum e a união aduaneira da UE para poder assumir o controle de suas próprias leis, reduzir a imigração e ter a liberdade de assinar novos acordos comerciais com outros países.

As informações são do jornal Valor Econômico.

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?