O feito se deu após os estados do Amazonas, Roraima e Amapá serem reconhecidos como zonas livres da doença. O que se espera é que as relações internacionais se fortaleçam e que as exportações de proteína tenham ainda mais sucesso, segundo avaliação do superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa), Bernardo Todeschini. Agora, a expectativa é de conquistar o reconhecimento de 'Estado Livre de Aftosa sem Vacinação' até 2021. “É um trabalho construído com inspiração, ciência e muita “transpiração””, brincou, referindo-se ao esforço que os profissionais têm no trabalho de campo. “O processo não só é fundamental, como muito bonito de se ver”.
Todeschini ainda lembrou o trabalho do Fundo de Defesa Sanitária Animal do RS (Fundesa), considerado imprescindível para os avanços do setor. Presente no encontro, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, ressaltou o peso que a febre aftosa impõe nas operações comerciais com outros países. Na avaliação do dirigente, a caminhada até o atual cenário se deu de forma “forte, equilibrada, exaustiva e criteriosa”. Para Kerber, “o Rio Grande do Sul tem razão de ter um momento como esse para avaliar aquilo que se fez e do que se pretende fazer”.
Coletivamente, desde os anos 1950 as entidades lutam para erradicar a aftosa e as demais doenças que atingem a cadeia de proteína. “O status sanitário não é um fator isolado. É um conjunto que precisa avançar de forma harmônica”, avaliou o deputado Ernani Polo. Nesse sentido, o ex-secretário da Agricultura lembrou que um dos fatores determinantes na história do Estado foi, justamente, a criação do Fundesa, além do esforço para alcançar a erradicação da peste suína clássica no território gaúcho, outra doença grave para o setor.
O atual desafio para o novo secretário, Odacir Klein, cuja nomeação foi publicada ainda nesta quinta-feira no Diário Oficial do Estado, é continuar o trabalho para alcançar o status de zona livre de aftosa sem vacinação. Segundo Klein, a capacidade de diálogo entre órgãos públicos e entidades é sua maior característica. “Vamos ter essa capacidade de dialogar e defender os interesses do Estado”, concluiu.
As informações são da Assessoria de Imprensa Sindilat.