Além do aporte, parte de um plano de investimento de R$ 100 milhões entre 2017 e 2019, a empresa está lançando um novo posicionamento no mercado, e passa, a partir de agora, a se chamar Betânia Lácteos. O movimento, segundo Girão, visa valorizar o papel da companhia no desenvolvimento da cadeia produtiva de leite no Nordeste, e acontece quase dez meses após a entrada do fundo de private equity americano Arlon no capital da empresa. Como parte da estratégia, a Betânia também vai lançar, numa segunda fase, novas embalagens para seus produtos e campanha publicitária em diferentes mídias na região Nordeste.
Segundo Girão, com os investimentos, a unidade de Morada Nova passará a ter capacidade de produção de 600 mil litros de leite longa vida por dia e de 5 mil toneladas de iogurte por mês. Atualmente, a Betânia capta 700 mil litros de leite por dia em 130 municípios do Ceará, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Bahia. O empresário reafirmou o plano de elevar a captação a 1 milhão de litros em dois anos.
O pacote de R$ 100 milhões de investimentos também inclui a construção de uma unidade na Bahia, onde a Betânia já tem uma pequena fábrica. O local da nova planta ainda não foi definido, como já informou o Valor em meados do ano passado. Com a chegada da Arlon, a Betânia decidiu reforçar a aposta em produtos de maior valor agregado, o que explica o investimento em iogurtes. Também avalia aquisições. "Com o Arlon, podemos captar dinheiro fora. Passamos a ser mais bem vistos no mercado".
Segundo Girão, apesar de 2017 ter sido "um ano complicado", com deflação que afetou as margens do segmento, a Betânia elevou em 6% o seu faturamento bruto, para R$ 890 milhões. Em volume, o avanço foi de 12%. "Crescemos em iogurte e leite longa vida", disse. Embora o mercado de iogurtes tenha se retraído, a Betânia cresceu pois, com produtos com preços "acessíveis e de qualidade", ocupou espaço de concorrentes, afirmou. A expectativa de Girão é que este ano será melhor que 2017, com o um retorno às margens históricas. A previsão da empresa é elevar em 12% tanto o faturamento quanto o volume de vendas.
As informações são do jornal Valor Econômico.
