Balança Comercial de Lácteos: déficit de setembro chega a US$ 48,3 milhões

Após registrar alta de 54% entre julho e agosto, as importações de leite em pó mantiveram o ritmo de aumento, com 37%. O volume importado de leite em pó subiu de 7.609 toneladas para 10.430. O principal fornecedor de leite em pó do Brasil foi o Uruguai.

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A balança comercial de lácteos em setembro apresentou um déficit de 13,7 toneladas, 47,8% maior que o déficit do mês anterior, que havia sido de 9,3 toneladas. Considerando-se os dados em valor, o déficit foi de US$ 48,3 milhões, 38,3% maior que o valor apresentado em agosto.

Tabela 1 - Balança comercial de lácteos - Setembro de 2012
Figura 1
Fonte: MDIC / Elaboração: MilkPoint

Houve queda na importação de queijos em relação ao mês passado, somando 1450 toneladas no mês de setembro, redução de 15%.

A análise do volume em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para produzir um quilo de determinado produto), mostra que foram importados 111,3 milhões de litros de leite em setembro, aumento de 26% frente a agosto e queda de 14% em relação a setembro de 2011, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Até a presente data, foram internalizadas 840 toneladas de produtos lácteos, ou seja, 72,8% do volume total importado em 2011 e exportadas 82 toneladas (67,4% do total de 2011). Interessante observar que os dados até setembro representam 55,87% do déficit total de 2011.

Figura 2
Fonte: MilkPoint, a partir de dados do MDIC

Após registrar alta de 54% entre julho e agosto, as importações de leite em pó mantiveram o ritmo de aumento, com 37%. O volume importado de leite em pó subiu de 7.609 toneladas para 10.430. O principal fornecedor de leite em pó do Brasil foi o Uruguai, responsável por 5.964 toneladas, 57% da quantidade internalizada do produto. Os outros 43% foram importados da Argentina, que enviou 4.465 toneladas de leite em pó para o mercado brasileiro. No mês de setembro, não houve importação de produtos lácteos provenientes do Chile.

Quanto às exportações, houve queda de 10,5% no volume exportado e de 8% em valor.

Equipe MilkPoint.
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marcio
MARCIO

MEDIANEIRA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2012

O nosso governo tem ódio do agronegócio especialmente a cadeia produtiva do leite geramos  alimentos empregos e estamos condenados a   falência. Precisamos nos mobilizar urgente senão os  nossos dias estão contados o que para o nosso governo não faz diferença.
darlani  porcaro
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/10/2012

Estamos  sem representação à altura, além do prêço do leite está baixo ao produtor, pagamos  talvez o maior custo de produção  no mundo, aí que está o maior problema.
Ângelo Mário Lacerda
ÂNGELO MÁRIO LACERDA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/10/2012

Triste realidade.  Este nosso governo só se preocupa em vender caros e eletrodoméstico. O setor de laticínio que gera riqueza e renda no campo não representa nada para este governo do PT. Sé a classe não se mobilizar os nossos dias estão contados. Temos que nos mobilizarmos e pressionar o governo a adotar o sistema de cota também para o Uruguai.

Márcio F. Teixeira
MÁRCIO F. TEIXEIRA

ITAPURANGA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/10/2012

A produção de leite no Brasil não segue o que diz a lei da procura e oferta. Quase 50 milhões de U$$ de importação é um absurdo!!!  Tem muita gente ganhando com isso e quem produz trabalha no vermelho.. é muito triste esse nosso paiszinho.
Amaurik
AMAURIK

PASSA TEMPO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 11/10/2012

Reflexão



Onde estariam os preços pagos pelo leite aos produtores e os derivados vendido pela indústria  se não tivesse importação?



Com certeza estaria mais alto, e mesmo assim o consumidor não seria prejudicado no longo prazo pois estaríamos investindo no aumento da produção e melhoria da qualidade, fortalecendo quem realmente fornece o leite para os brasileiros .
Qual a sua dúvida hoje?