Aumento da oferta de leite mundial reflete no preço do leite em pó

Tanto os preços no leilão gDT quanto os preços apontados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tem apresentado quedas consecutivas desde o início do ano. Aliado com a maior oferta nos países exportadores, o clima de instabilidade no cenário externo tendenciam os preços internacionais de lácteos para baixo.

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Tanto os preços no leilão gDT quanto os preços apontados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tem apresentado quedas consecutivas desde o início do ano, como pode ser visto no gráfico 1.

Gráfico 1: Histórico de preços de leite em pó integral segundo leilão gDT e USDA
Figura 1


Segundo o relatório quinzenal do USDA, a produção de leite europeia está se aproximando mais cedo que o habital do pico de produção na maioria das regiões. Embora os termômetros tenham marcado baixas temperaturas, o crescimento das gramíneas não foi comprometido. O reflexo dessa condição foi percebido com o maior volume de leite e agora as fábricas estão trabalhando com capacidade máxima. Os estoques de produtos lácteos fabricados na Europa estão altos, mas os fabricantes não estão tão preocupados, pois as vendas estão fluindo, ainda que de forma lenta.

Em relação à Oceania, o USDA notificou que a produção de leite continua mais forte que a previsão para essa época. A Nova Zelândia e Austrália estão terminando o ano de produção de forma muito positiva. Na Nova Zelândia, a produção de leite está 9 - 10% maior que o mesmo período no ano passado e na Austrália está 4 - 5% maior (de junho de um ano a maio do seguinte). Volumes de leite no final dessa estação foram estocados e volumes adicionais estão sendo ofertados no comércio global de lácteos (leilão gDT). A maioria dos produtores de leite reportou que as pastagens estavam apresentando bom desempenho, com reflexo positivo na produção de leite. E garante que o rebanho está indo para o inverno em condições muito boas.. Entretando, algumas indústrias de laticínios australianas estão projetando que em 2012 a produção será 4% mais baixo. Temem que as temperaturas mais baixas possam retardar o crescimento das pastagens, e assim, reduzir a qualidade e quantidade da alimentação do gado.

Além da maior oferta nos países exportadores, que já tendenciavam os preços internacionais de lácteos para baixo, há agora também reflexo em decorrência do clima de instabilidade no cenário externo.

Competividade brasileira e cenário futuro de curto prazo

A dinâmica entre o Real e os preços internacionais acontece da seguinte maneira no que se refere a balança comercial de lácteos: se os preços sobem e/ou o dólar se valoriza em relação ao real, melhora nossa competitividade; por outro lado, se os preços no mercado internacional se reduzem e/ou o real se valoriza frente ao dólar, perdemos competitividade. Nesses últimos dias, as duas variáveis trabalharam de forma oposta: os preços caíram, mas o real se desvalorizou, não alterando significativamente nossa posição competitiva: os ganhos decorrentes da desvalorização do real foram anulados pela redução nos valores do leite em pó.

A tabela 1 simula o preço de entrada do leite em pó integral proveniente do Mercosul, considerando o novo patamar de câmbio e o valor da tonelada do leilão gDT de 15/05. Considerando o frete de entrada, o leite em pó chegaria ao Brasil a valores próximos a R$ 0,67/litro mantendo o descolamento de preços frente ao valor brasileiro, que hoje em média vale R$ 0,86/litro.

A redução nos preços internacionais do leite em pó deve resultar em desestímulo à produção e aumento do consumo no médio prazo, já que várias moedas, entre elas o Yuan chinês, não sofreram desvalorização. Isso quer dizer que o poder de compra da China, principal importador mundial, aumenta à medida que os preços do leite em pó caem e sua moeda não desvaloriza na mesma proporção (como foi o caso brasileiro, Tabela 2). Há, no entanto, um período de tempo até que esse fenômeno atinja o mercado, de forma que os preços podem permanecer baixos no mercado externo por alguns meses.

Tabela 1: Comportamento das moedas: dias atuais versus janeiro de 2012.
Figura 2


Tabela 2: preço aproximado do litro de leite que entra no Brasil do Mercosul, em R$ (Fonte: MilkPoint, a partir de dados do gDT, Cepea/USP)
Figura 3


A matéria é da Bia Ortolani, da Equipe MilkPoint.
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Miro Lessa
MIRO LESSA

EM 29/03/2018

Gostaria de montar um pequeno negócio de pizza, porem dependeria de um fornecedor de mussarela argentina na quantidade de acordo com minhas necessidade, podem me ajudar? Grato
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/06/2012

Prezado Sávio: Neste caso, concordo com você.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 15/06/2012

Guilherme,

Como eu disse "a reconstituição é possível (mesmo ilegal) mas acho mais determinante (em volume) nos produtos em que ela é permitida, praticada por playeres..." Digo isso porque as grandes indústrias e as multinacionais tem mais capacidade pra comprar o leite em pó importado e usar em suas formulações de iogurtes, produtos funcionais, bebidas lácteas ou até mesmo envasá-los em pó mesmo, destinando sua captação nacional ao Longa Vida, aferindo assim uma média geral de custos de matéria prima com a soma do pó importado e da captação para toda linha de produtos.

As empresas de menor porte que produzem UHT, muitas vezes não são estruturadas administrativo/comercialmente para operar nas importações visando a reidratação do pó no UHT.

Mas acredito sim que parte vá para o UHT.

Abraço
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/06/2012

Prezado Sávio: Não se iluda, nos produtos em que a reconstituição não é permitida, também é efetivada. A falta de fiscalização, em grande parte, limita o alcance da qualidade no produto nacional e as normas, que poderiam ser eficientes, deixam de sê-lo por tal lacuna.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 31/05/2012

Guilherme,

Não me sinto a vontade em avaliar a qualidade do LAC porque não tenho conhecimento desses casos. Mesmo assim, é fácil avaliarmos que quem vende barato sendo bom produto ou não atrapalha o mercado. Não são somente eles que estão praticando esses preços no UHT.

A reconstituição é possível, mas acho mais determinante nos produtos em que ela é permitida, praticada por playeres que tem facilidade em importar preço.

Abraço
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/05/2012

Prezado Sávio: O preço do leite LAC, no Bretas, em Juiz de Fora, deve-se a uma promoção (veja só, como isso é possível?). Por outro lado, depois de escândalos relativos à qualidade do leite produzido por esta Cooperativa de Leopoldina, seu valor comercial teve uma queda no mercado, eis que a população mais esclarecida (que compra pela qualidade, não pelo preço) deixou de adquirir o produto. Não serve de base.

Por outro lado, notei, sim, a queda de preços no longa vida, mesmo no período de entressafra, como o que nós estamos, suspeitando eu que está havendo reconstituição de leite em pó importado, para aproveitar os preços internacionais, já que não há leite suficiente nas fazendas, em escala muito alta, o que é um absurdo.

Concordo com você e com o amigo Roberto Jank Júnior, quanto às restrições necessárias a esta importação, muito embora seja extremamente difícil mensurar o que é necessidade e o que é esperteza.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/05/2012

Savio, estou de acordo com voce que precismaos restringir a entrada de leite em pó no Brasil a um nível que atenda exclusivamente a demanda industrial.

abraço
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 26/05/2012

Marcelo,

Realmente é complicado mensurar a conversão de preços pela tabela gDT porque não sabemos ao certo os preços de entrada do pó importado no Brasil.

Porém, acredito que não é um preço muito diferente do que demonstrado na tabela, uma vez que as indústrias brasileiras estão vendendo leite em pó até a R$ 8,00 o kg e com dificuldade.

Talvez seja mais fácil fechar essa conta pela mussarela. Essa semana entrou mussarela argentina a R$ 7,50/ kg colocada no Rio de Janeiro.

Seria equiparada a um leite de 0,65 a 0,67 se vendida somente para recuperar o custo de produção sem considerar o custo logístico.

Abraço
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 26/05/2012

No mesmo mercado de Juiz de Fora essa semana (Bretas) havia encartado leite LAC a R$ 1,49. A verdade é que no varejo a situação está mais tranquila. Compram barato, encartam com preço reduzido um dia por semana (dia dos laticínios, dia da carne etc) e depois retornam com o preço elevado.

O efeito é a formação de estoques no varejo e nas indústrias, uma vez que o consumo está retraído..

Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/05/2012

Prezado Macelo: Obrigado pela resposta. Aguardo o estudo em curso. Só para me situar, não sabendo se você tem ou não esta informação - há tarifas de importação da Argentina, do Uruguai e do Chile em relação ao leite vindo da Europa? Ou é só o Brasil que adota este sistema tarifário?

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Marcelo Pereira de Carvalho
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/05/2012

Guilherme, estamos fazendo um estudo sobre as margens no varejo e vamos ver se temos alguma coisa nesse sentido.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/05/2012

Prezado Marcelo: Mas, como explicar, então, os altos preços praticados nos supermercados (aqui, em Juiz de Fora, MG, o Longa Vida é encontrado por mais de R$ 2,00 - dois reais - a caixa de um litro) aumentando a distância entre o que é pago ao produtor e o comercializado? O queijo Minas Padrão, está a R$ 22,00 (vinte e dois reais) o quilograma e existe abundância de leite no mercado? Algumas contas não fecham neste cenário.

Tudo o que se refere a lácteos está em demanda de alta, menos o preço pago ao produtor. Não era para ser o contrário? Ou, pelo menos, em época de início de entressafra, tendente ao aumento de valores ao produtor?

Será que a recomposição do leite em pó está sendo tão alta que beira ao abuso?

Há muitas perguntas sem resposta neste etermo melodrama e, com isso, nós, que somos profissionais do setor, não podemos mais planejar o futuro, porque o mercado se tornou, como um todo, imprevisível, sazonal, pouco confiável.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Marcelo Pereira de Carvalho
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/05/2012

Só complementando, em outras palavras, o valor da tabela acima seria o valor de entrada do leite caso a alternativa fosse vender aos preços do leilão gDT. Nesse caso, não daria mesmo para pagar US$ 0,40/litro ao produtor vizinho.
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 24/05/2012

Roberto,

Quem está endividado é o consumidor, e essa não é uma crise restrita aos lácteos, é uma crise de consumo de larga escala que somente está no seu início. É só acompanhar as medidas anti-crise frustadas de redução de juros e aumento de crédito anunciadas dia a dia. A última para a compra de veículos.

O mercado em geral está desaquecido por conta do comprometimento da renda do povo com seu endividamento.

Quanto ao leite em pó, ele entra em grande parte trazido por fabricantes que usam como materia prima em seus produtos. Todos os grandes players tem em suas composições (vide rótulos) leite em pó reconstituído (iogurtes, requeijões, bebidas lácteas etc). Acredito que existe um efeito de redução de compra de leite Spot e transferência para a compra de pó utilizado como matéria prima. Todos os grandes laticínios cortaram volumes expressivos de leite SPOT no mês de abril.

Seria inocência pensar que eles reduziriam tanto o seus faturamentos. O Spot no início de março estava na faixa de 0,90 a 0,95, hoje figura em patamares de 0,78 a 0,82 ainda bem distante do pó convertido em 0,67 como demonstrado pelo Milkpoint na relação preços internacionais/cambio.

Ainda tem o efeito comentado pelo Marcelo Pereira de Carvalho, que as indústrias nacionais de pó reduziram ao máximo a fabricação e estão excessivamente estocadas com o produto, direcionando para outras fabricações quando não para o mercado SPOT considerávelmente desvalorizado.

Estamos importando excesso para o nosso mercado, não dá pra estimar no lugar de que está entrando o leite em pó, porque na verdade ele entra sobrando, ou melhor faz sobrar o leite produzido no Brasil.

O UHT é o produto mais sensível as baixas de mercado por ser usado na desova de estoques, mas na verdade o todo é importante nas análises uma vez que não é todo o leite em pó importado que vai direto ao consumidor, grande parte entra como matéria prima.

Sobre a mussarela, basta analisar matéria publicada ontem pelo Milkpoint para se ter uma dimensão da crise. Em uma, apenas uma, ocorrência foram barradas 400 toneladas de queijo por motivos comerciais e depois liberadas (20 carretas). Essa bagatela é equivalente a 4.000.000 de litros de leite entrando 25% mais barato que o produto nacional.

Esse sim vai 100% direto a mesa do consumidor.

Abraço.    
Marcelo Pereira de Carvalho
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/05/2012

Eliseu,

Você tem razão em sua dúvida. Porém, o leite não chega aqui a R$ 0,67/litro. Esse valor é o valor que chegaria caso o preço do leite em pó chegasse aqui nos valores do gDT e com o câmbio. Porém, há dois aspectos: primeiro, há uma defasagem de tempo entre o leilão e a aplicação dos valores para o produto que chega aqui, de pelo menos 2 meses. Talvez inclusive devamos considerar essa defasagem em análises futuras, sempre que o mercado sofrer grandes mudanças como pcorreu nos últimos 45 dias.

O segundo fator é que como o Brasil tem tarifas de importação para o leite de fora do Mercosul, e como os preços internos são mais altos do que os externos, isso vem criando uma reserva de mercado para produtos da Argentina, Uruguai e Chile, que acabam vendendo aqui a preços bem mais convidativos do que lá fora. O valor desse produto que entra estava ao redor de US$ 3.500 para o câmbio anterior de 1,80, por exemplo, o que daria um leite a R$ ,78-0,80, compatível com o nosso ou não muito mais barato. O fato é que os laticínios destes países (e em algum grau os produtores) têm ganho um bom dinheiro ao vender para um país que não importa leite aos preços internacionais, dados os impostos.

Agora, a tendência é de uma queda nos valores recebidos nesses países, mas é difícil precisar o quanto; certamente não será proporcional a queda nos preços externos, já que o Brasil tem essa defasagem (o que ajuda a segurar os preços internos, pois caso contrário estaríamos como os EUA, e NZ, bem mais suscetíveis aos humores do mercado externo). Como o Brasil tem um peso grande nas exportações uruguaias, e como a maior exportadora é a Conaprole, cooperativa que repassa os ganhos aos seus membros, acredito que o ajuste, mesmo ocorrendo, não será tão grande assim. Mas posso estar errado.

Não sei se fui muito claro.

Obrigado por levantar a dúvida, que é pertinente.
Marcelo Pereira de Carvalho
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/05/2012

Roberto, acredito que o que ocorre é que muitas indústrias de pó nacional acabam reduzindo a produção desse produto, ou importando elas mesmas, ou reduzindo a participação nesse mercado, direcionando sua produção para queijos e, principalmente, UHT. Nesse ponto aumenta a produção de UHT que é o produto mais relacionado ao leite do produtor.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/05/2012

Se o mercado esta endividado e não aceita reajustes, como tem sido insistentemente colocado por alguns industriais, até imagino que realmente o preço do leite eventualmente venha a cair, apesar dos altíssimos custos de produção em ano de produção curta.

Mas subentendendo-se que não exista fraude com pó no fluido (porque se existir é nosso dever combatê-la) não compreendo porque o leite importado deveria pressionar os preços do produtor, já que no Brasil o pó perde mercado cada vez mais para o longa vida e restringe-se aos produtos infantis, extremamente remuneradores.

Essa relação do $ do pó com o valor do leite ao produtor não deveria ser assim tão direta, visto que as pessoas não deixam de comprar fluido para comprar leite em pó por conta do preço.
Eliseu Nardino
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 23/05/2012

Nao da para entender se os uruguaios estao recebendo em torno de U$ 0,40, por litro de leite, como ele chega aqui por R$ 0,67
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/05/2012

Marcello,

1 kg de leite em pó reconstituido equivale em média a 8,4 e 8,8 litros de leite.

Abraço,
Marcelo Pereira de Carvalho
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/05/2012

Caro Marcello, é uma fórmula que desenvolvemos a partir dos custos industriais e frete médio. É um valor médio, claro, mas que reflete bem a situação do mercado em relação a competitividade. Mas não divulgamos a composição da fórmula publicamente até para evitar questionamentos que sempre podem ter, baseados em exemplos específicos. Pela nossa experiência, posso garantir que funciona bem.

Qual a sua dúvida hoje?