Argentina-Brasil: Hora de negociar as cotas de exportações de lácteos

O Brasil e a Argentina deverão se reunir nos próximos 15 dias para discutir as cotas de exportação de leite em pó. O limite atual é de 3.600 toneladas de leite em pó, negociado em 2011, e que expira em 30 de novembro. A negociação está bloqueada por causa da resistência dos argentinos às condições propostas pelo governo brasileiro, que quer escolher que empresas poderão fazer parte da cota.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 1 minuto de leitura

Ícone para ver comentários 3
Ícone para curtir artigo 0

O Brasil e a Argentina deverão se reunir nos próximos 15 dias para discutir as cotas de exportação de leite em pó. O limite atual é de 3.600 toneladas de leite em pó, negociado em 2011, e que expira em 30 de novembro.

A negociação está bloqueada por causa da resistência dos argentinos às condições propostas pelo governo brasileiro, que quer escolher que empresas poderão fazer parte da cota. Atualmente, as indústrias dos dois países negociam livremente e o Governo deve liberar a licença de importação, disse o presidente da Comissão Nacional da Pecuária Leiteira da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim. "Para nós que estamos negociando, isso é um exagero".

Os argentinos também se queixam da falta de cotas entre Brasil e Uruguai, o que deixa o país em desvantagem na hora de fazer negócios com os brasileiros. De janeiro a outubro desse ano, a Argentina exportou ao Brasil 32.792 toneladas de leite em pó, de um total de 36.000 toneladas permitidos no período. O Uruguai, por sua vez, exportou ao Brasil 40.284 toneladas de leite em pó no mesmo período.

De 2009 a 2012 as exportações uruguaias de produtos lácteos ao Brasil aumentaram de 15% a 51%. O setor leiteiro brasileiro também concorda com a necessidade de cotas para o Uruguai e isso esteve entre as prioridades da Conferência Nacional do Leite, realizada em Brasília.

Para a indústria, as importações também mostram um obstáculo, disse o presidente da União da Indústria de Produtos Lácteos e Derivados do Estado de São Paulo, Carlos Humberto Mendes de Carvalho. "O grande problema é que isso é feito com regularidade. Houve momentos de importar 20.000 toneladas de leite em pó por mês, o que prejudica o mercado interno. Somos contra a importação prejudicial".

Carvalho argumenta que a indústria não é um grande importador de leite do Mercosul, papel atribuído aos comerciantes. "De fato, houve uma liberação de guias de importação, mas, nos últimos 12 meses, muitas companhias usaram as guias para especular".

A reportagem é do Lechería Latina, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
Ícone para ver comentários 3
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Reginaldo
REGINALDO

INDAIATUBA - SÃO PAULO

EM 04/12/2012

Realmente as cotas devem ser impostas.


Caso contrario, o produtor brasileiro pagara a conta mais um ano ou seja, preco baixo pago ao produtores em funcao de enxurrada de derivados bem como leite em po provenientes do Uru/Arg


paulo ricardo klafke
PAULO RICARDO KLAFKE

SANTA CRUZ DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/12/2012

É uma pena que o Governo  não pense no agricultor brasileiro,quem sabe vamos colocar taxas altas para que diminua as importações de lácteos, para as indústrias leiteiras paguem mais pelo nosso leite.Quem sabe importando menos pagem mais para o produtor brasileiro.Governo Brasileiro somos alto sustentáveis na produção leiteira em nosso país, incentive mais a produção interna!!!!!!
Gustavo Esteves
GUSTAVO ESTEVES

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/11/2012



Na maioria das vezes as industrias são indicadas como grandes responsaveis por preços baixos, governo cria leis infundadas... deviam começar a pensar desde já visto que isso interfere diretamente no pagamento do litro de leite..... lei da oferta e da procura, compraremos leite mais barato de fora porém a oferta interna será maior, e a demanda interna menor, ou seja preço menor pago aos produtores brasileiros... temos que ficar de olho também é na entrada de derivados, queijos principalmente...



Vamos ficar atentos produtores brasileiros, depois colocam a culpa nas industrias..........
Qual a sua dúvida hoje?