Argentina: produção de leite fechará o ano com o nível mais baixo desde 2010

Por diversos motivos, que vão desde a falta de competitividade, até importantes questões climáticas, como inundações, a produção de leite da Argentina terminará o ano com uma queda de 11%, o que leva o nível de produção ao mais baixo nos últimos seis anos. Os dados mostram que o ano fecharia com uma produção de pouco mais de 10 bilhões de litros, de acordo com estimativas da indústria. Seria 1,244 bilhão de litros a menos que em 2015, quando foram produzidos 11,314 bilhões de litros de leite.

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Por diversos motivos, que vão desde a falta de competitividade, até importantes questões climáticas, como inundações, a produção de leite da Argentina terminará o ano com uma queda de 11%, o que leva o nível de produção ao mais baixo nos últimos seis anos. Os dados mostram que o ano fecharia com uma produção de pouco mais de 10 bilhões de litros, de acordo com estimativas da indústria. Seria 1,244 bilhão de litros a menos que em 2015, quando foram produzidos 11,314 bilhões de litros de leite.

produção de leite argentina

Com base nos dados da Secretaria de Produção Leiteira do Ministério da Agroindústria do país, a produção leiteira vinha manifestando um crescimento nos últimos três períodos (2013 a 2015). Justamente em 2015 alcançou-se um pico de produção, assim como em 2012, ainda que a exportação tenha apresentado um declínio com relação ao ano anterior.

O panorama do setor este ano foi visivelmente afetado pelas inundações do começo o ano, que afetaram todas as principais regiões produtoras do país, como Córdoba, Santa Fé e Buenos Aires. Por este motivo, recentemente o presidente da Mesa Provincial do Setor Leiteiro de Santa Fé, Marcelo Aimaro, disse que, somente nessa província, as constantes chuvas de abril levaram ao desaparecimento de 100.000 vacas leiteiras por afogamento, falta de alimento ou por serem destinadas ao abate.

A perspectiva de queda da produção foi compartilhada por Flavio Mastellone, um dos responsáveis pela La Serenísima, que afirmou na semana passada que “hoje estamos com 10% menos leite com relação ao ano anterior”.

O mesmo estimou que, para superar a crise que o setor atravessa, é fundamental reduzir a marginalidade e revisar o peso tributário na cadeia láctea. Ele disse também que a empresa, que utiliza quase 4 milhões de litros de leite diários para produzir queijos e laticínios, "não escapa à problemática que enfrenta o setor e que nos últimos quinze anos a produção nacional não cresce”.

As perspectivas para o próximo ano, no entanto, são positivas. Recentemente, o ministro da Agroindústria da província de Buenos Aires, Leonardo Sarquís, disse que as previsões para o começo de 2017 sobre o preço do leite estão em alta, o que elevaria o preço a US$0,30 a US$0,35 por litro de leite cru. 

Leia também: 

Argentina: "faltará leite este ano e claramente o preço ao produtor dependerá do mercado interno"

As informações são do Agrositio.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 
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Maria Dalva Bezerra de Alcântara
MARIA DALVA BEZERRA DE ALCÂNTARA

SOLEDADE - PARAIBA - OVINOS/CAPRINOS

EM 01/12/2016

A situação está crítica em todo país devido também as condições climáticas e muita seca, infelizmente não temos nada a esclarecer sobre posicionamento governamental pelo ao menos em nossa região e os produtores não tem mais condições de manter rebanho com capacidade de produção, então só nos resta esperar por Deus e temos que crer para acreditar.
Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/11/2016

As condições climáticas na Argentina, tal como no Brasil, tem contribuído para elevar os custos de produção de leite. Os impostos na cadeia láctea e a falta de competitividade, tal como aqui, pesam muito. O preço pago ao produtor argentino é baixo. Resultado: desanimo do produtor, tal como aqui ( vide artigo do Milkpoint que mostra que o leite no Brasil agoniza), queda de produção de 11%.



Falam na perspectiva melhores para 2017, com  a perspectiva do preço ao produtor ficar entre US$ 0,30 ( R$ 1,00) e US$ 0,35 ( R$R$ 1,20). Será suficiente para os produtores argentinos superarem a dificuldades que enfrentam?



E no Brasil, quais as perspectivas, em termos de preço e ações governamentais e da cadeia láctea, para 2017 para que os nossos produtores enfrentarem as enormes dificuldades que é produzir leite no País?



Marcello de Moura Campos Filho
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