A solução do conflito entre produtores e indústrias de lácteos da Argentina parece distante, após a decisão do Centro de Indústrias Lacteas (CIL) de rechaçar a possibilidade de aumentar em 15% o preço pago pelo litro de leite ao produtor.
Depois da decisão do CIL, os produtores, concentrados na Mesa de Produtores de Leite (MNPL) pediram pela manutenção do protesto que foi feito em diferentes pontos do país e prognosticaram um aumento no conflito. A falta de ajuste dos preços "mantém as ações de protesto programadas regionalmente", disse a MNPL em um comunicado.
Em março, a Secretaria de Comércio Interior autorizou um aumento de 7% às empresas lácteas, que deveria ser repassado ao valor pago pela matéria-prima. Outro grupo de produtores que pertencem as câmaras de produtores de Santa Fé, Entre Ríos, La Pampa, Córdoba e Santigado del Estero, ratificaram o caminho do diálogo com a indústria, mas concordaram em denunciar para a Secretaria as empresas que não cumprirem o aumento de 7% para a matéria-prima.
Depois do encontro realizado em Buenos Aires, o CIL, através de um comunicado de imprensa, disse que na reunião "se analisou a situação atual da cadeia leiteira e, em particular, ao que se refere à sustentabilidade da produção, onde surgiram visões diferentes, o que derivou a um pedido concreto por parte das entidades de produtores de um ajuste e preços do leite cru de 15% ou seu equivalente de 1,80 pesos (US$ 0,40) por litro".
Frente a essa apresentação, as indústrias de lácteos "reiteraram a impossibilidade de cobrir essas expectativas, posto que isso implicaria em gerar danos difíceis de reverter em suas empresas associadas".
Novo protesto
Após a reunião, os produtores resolveram se mobilizar em frente à planta da La Sereníssima, em Las Varillas, Córdoba. "A indústria está intransigente e não podemos continuar com esses preços", disse o coordenador da MNPL, Carlos Brave.
Brave disse que "(os industriais) reconheceram que grande parte dos produtores estão em situação crítica", mas garantiram que não podiam fazer nada. "Dizem que o preço de exportação baixou e que não se pode mexer no mercado interno".
As informações são do La Nación, do Infocampo e do riahería Latina, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
Argentina: não houve acordo entre produtores e indústrias
A solução do conflito entre produtores e indústrias de lácteos da Argentina parece distante, após a decisão do Centro de Indústrias Lacteas (CIL) de rechaçar a possibilidade de aumentar em 15% o preço pago pelo litro de leite ao produtor.
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