Argentina: matéria-prima incide em 51,15% sobre o custo das indústrias

Uma análise de lucros e custos da indústria láctea da Argentina elaborado pelo Centro da Indústria Leiteira (CIL) revela que a matéria-prima - isto é, o leite - incide em 51,15% sobre o total das vendas da indústria. A matéria-prima é o principal componente do custo de uma indústria, seguida por "gastos de fabricação sem amortizações", que é de 13,92%. Esse item inclui mão de obra, energia elétrica, gás, combustível, fretes e outros gastos.

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Uma análise de lucros e custos da indústria láctea da Argentina elaborado pelo Centro da Indústria Leiteira (CIL) revela que a matéria-prima - isto é, o leite - incide em 51,15% sobre o total das vendas da indústria. A matéria-prima é o principal componente do custo de uma indústria, seguida por "gastos de fabricação sem amortizações", que é de 13,92%. Esse item inclui mão de obra, energia elétrica, gás, combustível, fretes e outros gastos. A mão de obra total, segundo o mesmo estudo, representa 13,21% do custo total da indústria, que também dedica 10,05% dos gastos de distribuição.

Outro item interessante para analisar é o frete para a coleta e distribuição de leite, que é de 2,98%. Caminhoneiros e trabalhadores da indústria leiteira são os trabalhadores que recebem os melhores salários na Argentina.

Também sobressai o item de imposto aos Lucros e Lucro Mínimo Presumido, que é de apenas 0,75% do total dos custos. Os materiais não lácteos representam 9,66% do total de vendas.

Segundo as empresas do CIL, em 2011 para cada litro de leite comercializado na forma de produtos terminados, a indústria recebeu 2,814 pesos (US$ 0,60). Se o pagamento da matéria-prima foi de 51,15% do total, o conjunto das indústrias que fazem parte do CIL pagou 1,439 pesos (US$ 0,30) em média por litro de matéria-prima adquirida em 2011.

Comparando os números de 2001/02 com os de 2011, reflete-se que a matéria-prima colocada na fábrica cresceu sua participação dentro dos custos totais da indústria, passando de 34,3% para 56,5%. A mão de obra cresceu em sua participação nos custos totais de 7,45% para 13,21%. "Essa evolução reflete que, durante os últimos dez anos, as empresas fizeram esforços enormes para atender as demandas dos produtores de leite, bem como dos trabalhadores", disse o CIL.

Figura 1


Depois de destacar que a indústria teve resultados abaixo de 1% em 2010 e um resultado negativo de -0,84% em 2009, o CIL destacou que os resultados são "tão ajustados que, diante de qualquer desequilíbrio, diretamente se passa a uma situação de perda".

O informe também destaca que "a recomposição sistemática dos preços do leite cru permitiu recuperar o nível de rentabilidade que ocorre no setor de produção primária na capacidade para competir com as principais atividades agrícolas, com uma forte recuperação nos preços até alcançar os níveis internacionais, equivalentes em termos de dólares por litro".

Finalmente, o CIL resume: "como consequência desses aumentos (dados nos últimos dez anos), a maior parte do custo das empresas está representada pela matéria-prima processada. Esse valor de mais de 56% (posto na fábrica) para a amostragem de empresas do estudo mostra a necessidade de atender a continuidade da rentabilidade dos produtores fornecedores, mas no marco do objetivo de competitividade de toda a cadeia leiteira".

A reportagem é do Nuestro Agro, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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