Acordo de Syngenta e ChemChina preocupa legisladores dos EUA

Legisladores nos EUA querem que o Departamento de Agricultura do país (USDA) ajude a avaliar o acordo de aquisição da suíça Syngenta pela estatal chinesa ChemChina, sob o aspecto da segurança nacional norte-americana. O senador republicano Chuck Grassley, de Iowa, disse que um grupo bipartidário de senadores dos principais Estados produtores vai buscar nos próximos dias um papel formal para o USDA na avaliação. Nas últimas semanas, o departamento vem demonstrando preocupação em relação ao negócio, avaliado em US$ 43 bilhões.

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Legisladores nos EUA querem que o Departamento de Agricultura do país (USDA) ajude a avaliar o acordo de aquisição da suíça Syngenta pela estatal chinesa ChemChina, sob o aspecto da segurança nacional norte-americana. O senador republicano Chuck Grassley, de Iowa, disse que um grupo bipartidário de senadores dos principais Estados produtores vai buscar nos próximos dias um papel formal para o USDA na avaliação. Nas últimas semanas, o departamento vem demonstrando preocupação em relação ao negócio, avaliado em US$ 43 bilhões.

O acordo, anunciado em fevereiro, representa a maior aquisição realizada no exterior por uma companhia chinesa. O negócio, se concluído, vai realinhar o mercado global de sementes e pesticidas, num momento em que a China tenta modernizar seu setor agrícola, reduzir sua dependência de importações e enfrentar concorrentes ocidentais de longa tradição.

O negócio entre Syngenta e ChemChina está sendo avaliado sob o aspecto da segurança nacional pela Comissão sobre Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (Cfius, na sigla em inglês). A América do Norte é responsável por cerca de 25% da vendas totais da Syngenta. A companhia tem participação de 10% no mercado de sementes de soja nos EUA, e de 6% em sementes de milho.

A Cfius possui representantes de 16 departamentos e agências, que incluem o Tesouro e os departamentos de Segurança Interna e de Defesa, mas não o USDA. "Não estou dizendo que o investimento estrangeiro direto é ruim por natureza", disse o senador Grassley. "Mas devemos nos certificar, por meio da Cfius, de que não estamos autorizando a venda de uma parte muito grande de nossa indústria de alimentos, principalmente quando entidades controladas pelo governo como a ChemChina são as compradoras."

Segundo Grassley, ele e outros senadores querem que o USDA e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) tenham papéis permanentes na Cfius. 

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As informações são do Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires. 
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