400 toneladas de queijo argentino são barradas e liberadas após reunião entre os governos

Cerca de 400 toneladas de queijos argentinos haviam sido barrados na fronteira com o Brasil. As licenças para a entrada automática haviam sido suspensas depois do país vizinho ter colocado barreiras à importação de carne suína brasileira.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em:

Ícone para ver comentários 24
Ícone para curtir artigo 0

Cerca de 400 toneladas de queijos argentinos haviam sido barrados na fronteira com o Brasil. As licenças para a entrada automática haviam sido suspensas depois do país vizinho ter colocado barreiras à importação de carne suína brasileira.

Mas após uma reunião entre o ministro Mendes Ribeiro e o o embaixador da Argentina no Brasil Luis Maía Kreckler em Brasília, foi anunciada a liberação imediata das importações de queijos e outros produtos como uvas passas e batatas. A entrada de carne suína na Argentina também foi destravada.

Técnicos dos governos brasileiro e argentino deverão reunir-se novamente para tratarem das pendências de interesse bilateral, incluindo temas agrícolas, provavelmente no dia 4 de junho, em Buenos Aires. Caso não sejam acordadas soluções para os temas da pauta, o Embaixador argentino sinalizou com a possibilidade de uma segunda reunião no dia 15 de junho, no Brasil.

A matéria é do MilkPoint com informações do Infortambo, MAPA e lecherialatina.
Ícone para ver comentários 24
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

João Marcos Guimarães
JOÃO MARCOS GUIMARÃES

CARRANCAS - MINAS GERAIS

EM 06/06/2012

Concordo com o Sávio-Barbacena, aquela cena do leite em bobonas foi deprimente.Parece que existe um complô velado contra o leite.Quando não são nutricionistas mal informadas falando mal do produto, são cenas que não retratam a situação geral da produção. É preciso unir forças para melhorar a imagem do produtor de leite brasileiro.Precisamos de um ministro da agricultura que seja produtor de leite ou que seja profundo conhecedor de toda a cadeia produtiva.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/05/2012

Prezados Antônio Bovolento Júnior e Leonardo Faquini: O consumidor brasileiro está, sim, sendo obrigado a consumir produtos mercosulizados, na medida em que os compradores brasileiros deste setor (indústrias laticinistas e supermercados), por meio de artifícios já bastante conhecidos (reembalagem, fracionamento e origem não declarada, como no caso de  restaurantes e pizzarias, bem colocado pelo Leonardo), despejam no mercado tais lácteos, em desleal concorrência com a produção nacional.

Por lado outro, parece que, apesar da tradição, países como o Chile, o Uruguai e a Argentina não possuem produção própria suficiente para abastecer, com a tonelagem que vem sendo anunciada, mercados estrangeiros enormes, como o do Brasil, o que evidencia a forte presença de triangulação.

Finalmente, se não houvesse esta lastimável e incontrolável entrada de produção estrangeira em nosso mercado, o preço praticado internamente ao produtor seria mantido em níveis compatíveis com sua tábua de custos e o consequente aumento de produção viria a suprir ao consumidor pátrio, eis que muitos de nós, os produtores profissionais de leite, não nos interessamos em aumentar nossas capacidades produtivas porque o preço é desabonador das evoluções indispensáveis a este implemento.

A partir desta mudança de hábitos governamentais, este estado de coisas provocaria o efeito desejado e não haveria mais necessidade de quaisquer importações, passando o País a ser um dos maiores produtores de leite do mundo.

Todavia, a persistir esta pífia política internacional - por incrível que pareça, predatória aos nossos interesses como cidadãos brasileiros e extremamente benéfica aos dos estrangeiros - na contramão de quaisquer princípios de atuação governamental, eis que desveste o nacional e craveja de brilhantes o alienígena, vamos nos metamorfosear em maiores importadores mundiais de lácteos, contrariando as posições mais pessimistas.

Respondendo ao Antônio Bovolento Júnior:

1 - A qualidade do produto é contestável, de sorte que não pode ser boa já que o custo de produção de matéria prima assim considerada não permitiria o preço oferecido.

2 - O queijo nacional é de qualidade excepcional (veja os finos produzidos no Sul de Minas Gerais) . Se não houvesse esta invasão de produtos estrangeiros, seu preço poderia ser comercialmente correspondente.

3 - A vantagem é evidente: preço baixo.

4 - Se fossemos o exportador, queixaríamos da situação? Por óbvio, Chile, Uruguai e Argentina não estão se queixando já que são eles que estão invadindo o mercado, mas, se fosse o contrário, acha que eles não gritariam?

5 - Dependemos, sim, para sermos eficientes, de uma política interna protecionista, que impeça tal invasão, de equilíbrio cambial, de subsídios à produção, e, principalmente, de respeito.

Em resumo, que o Governo Brasileiro faça a sua parte.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Leonardo Faquini
LEONARDO FAQUINI

PONTA GROSSA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/05/2012

Sr. Antonio Bovolento Junior

Com relação aos questionamentos levantados pelo Sr. que são válidos e como o Milkpoint apresenta o espaço necessário para ponderações técnicas-comerciais equilibradas, posiciono:

O queijo nacional em termos de qualidade não perde para o produto importado, temos ótimos produtos adaptados aos hábitos de consumo de nosso país, quanto à competitividade, o produto nacional estará em condições de igualdade quando:

Houver redução das cargas tributárias das Indústrias de Laticínios.

Houver redução da carga trabalhista das Indústrias de Laticínios.

Ocorrer por parte do Governo Federal, incentivo-desenvolvimento ao produtor de leite.

A taxa de câmbio atingir um ponto de equilíbrio, que não favoreça a importação sempre,situação esta que já há muito tempo está gerando uma "desindustrialização" de vários segmentos industriais-agronegócio em nosso país.

O Governo Federal sempre, em todas as situações possíveis, coloca a área de Leite/Laticínios de forma "marginalizada e negligenciada" nos aspectos econômicos, tributários, trabalhistas e tecnológicos, exigindo muito das empresas processadoras e dos produtores de leite e não dando retorno ou suporte adequado.

Quando o governo federal, alocar recursos financeiros e incentivos fiscais, a quem realmente gera empregos, renda e movimenta o agronegócio, qualquer segmento agro-industrial em nosso país será competitivo frente a qualquer país do mundo.

Chile e Uruguai são países com tradição agrícola e produtores de leite, no Chile temos a Soprole/Nestlé e no Uruguai a Conaprole, que controlam mais de 70% da operação láctea em cada um destes país, sua estrutura macro-econômica e cadeia de consumo diferem em muito do Brasil, não havendo condições de termos uma "comparação linear".

Tanto o Chile e Uruguai, têm operações de exportação de produtos lácteos para o Brasil.

O consumidor Brasileiro "não está sendo obrigado" a consumir o produto Argentino, até porque em muitas situações, o mesmo "não têm conhecimento" da origem do produto que está adquirindo, devido operações de "fracionamento e fatiamento", que muitas redes varejistas efetuam no ponto de venda e distribuição.

Uma boa parte dos "queijos importados" também não é destinada direto ao consumidor e sim para consumo "institucional", em redes de pizzarias, restaurantes, lanchonetes, conveniências entre outros pontos de consumo.

O consumidor não têm "conhecimento" de onde vêm a "mussarela" que está na "pizza" que o mesmo consome.
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/05/2012

Sr Antônio Bovolento Júnior;

O problema é exatamente esse. Não somos competitivos.

Só que não somos competitivos, não somente por incompetência nossa. A carga tributária nos insumos de produção, as diferenças gritantes regionais (climáticas, de produção e qualidade), a guerra fiscal dos estados quanto ao ICMS, a falta de padrão de qualidade, a falta de uma politica viável de financiamento de estoques, a falta de monitoramento de estoques e balança comercial pelo governo, a grande participação de produtores e indústrias aventureiras no mercado estão entre os motivos que minam a nossa competitividade.

O Jornal Nacional mostrou uma reportagem sobre a seca no nordeste mostrou a situação de uma Cooperativa que estava recebendo X% a menos de leite porque secou a região etc etc etc... De repende filmam o "produtor" ou carreteiro sei lá, despejando seu leite de duas bombonas plásticas de 200 litros no tanque de recepção da Cooperativa onde se visualiza nítidamente o pano coador repleto de sujeira. Quem vê aquela cena deprimente é o consumidor brasileiro que de imediato associa aquela imagem degradante ao leite nacional. Ele não sabe que aquela é uma realidade do nordeste. Afinal, porque a legislação e o MAPA cobram tanto do sul/sudeste e permitem uma situação ridícula como aquela no nordeste.

Tem como pedir ao consumidor brasileito para não comprar o queijo importado???

Tem como promover marketing do nosso produto com uma situação daquelas passível de ser mostrada a qualquer momento em rede nacional???

Tem muita coisa errada. A cadeia leiteira nacional deve ser reavaliada e discutida como um todo entre produtores, indústrias e governo.

Abraço
Cincinato Mendes Ferreira Filho
CINCINATO MENDES FERREIRA FILHO

MONTANHA - ESPÍRITO SANTO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/05/2012

Leonardo, acho que o melhor caminho.. o PT nos ensinou...
Leonardo Faquini
LEONARDO FAQUINI

PONTA GROSSA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 24/05/2012

Todos os agentes participantes que integram a atividade do leite, entre produtores, fornecedores, indústrias e distribuidores, precisam se unir e manifestar seu descontentamento com a política atual, voltada para o meio lácteo.

Imaginem se em Brasília, chegassem várias carretas com gado de leite e as vacas fossem soltas no Congresso Nacional e no Ministério da Agricultura, qual o impacto que isto teria perante a sociedade o nível de discussão que teríamos em todos os segmentos.

Antonio Bovolento Jr.
ANTONIO BOVOLENTO JR.

SOROCABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/05/2012

Partindo da premissa que:

- as quatrocentas toneladas em questão são de queijos variados, ou seja, não só de um tipo (só mussarela ou só gruyère, ou o que seja);

- o produto é de qualidade, ou seja, não nos estão enviando qualquer porcaria.

Faço algumas perguntas para reflexão:

- o queijo nacional poderia substituir o produto importado com igual qualidade, a preço competitivo?

- o queijo argentino não tem nenhuma vantagem competitiva justificável?

- os consumidores brasileiros estão sendo obrigados a consumir o produto importado?

- o Chile e o Uruguai, sujeitos às mesmas regras de comércio do Mercosul, estão se queixando de "desamparo" ou invasão de produtos estrangeiros?

- será que, apesar do desequilíbrio cambial e das artimanhas diplomáticas do nosso vizinho, existe algum outro fator que dependa de nossa eficiência e competitividade?
everaldo pereira
EVERALDO PEREIRA

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE

EM 24/05/2012

é a politica do pt.
RONALDO SANDRO DAPONT
RONALDO SANDRO DAPONT

AMPÉRE - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/05/2012

É BRINCADEIRA  NOVAMENTE SOBRA PARA OS PRODUTORES DE LEITE DO BRAZIL ENQUANTO ENTRA LIVREMENTE LEITE DE OUTROS PAISES  E A NOVELA CONTINUA O GOVERNO NÃO TA NEM AI PROS PRODUTOR DE LEITE TA NA HORA DE NOS MOBILIZAR !!!!

Roney Jose da Veiga
RONEY JOSE DA VEIGA

HONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/05/2012

Caro amigo Eliseu..a politica de nosso governo é manter os produtores em redea curta...definindo nossos ganhos de acordo com as vontades e caprichos dos nossos mandatários.

Como diz Borys Casoy..È uma Vergonha!
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/05/2012

Prezados Senhores: Passa a ser cansativo ter que, toda vez (e são muitas), afirmar que nossa política externa é pífia, vergonhosa, vexatória para nós, os brasileiros. Parece que nós é que dependemos da Argentina, nós é que somos um pequeno país sulamericano e, se não pudermos vender para eles, estamos no sal, não, o contrário. Isso me faz lembrar um filmezinho antigo (bota antigo nisso - rsrsrs), "O rato que ruge", onde um pequenino país, falido,  declara guerra contra os Estados Unidos da América, na esperança de, perdendo, ser colonizado por eles e, assim, ter sanados seus problemas financeiros. Os guerreiros daquele pequenino país foram, de arco e flecha, tomar Nova York, num absurdo empreendimento, que em nada poderia dar certo. Todavia, os valorosos soldados daquele país insignificante belicamente, num golpe de extrema sorte, conseguiram sequestrar um cientista americano, que tinha inventado uma potente bomba, e, destarte, forçaram a rendição americana, ganhando a guerra, para desespero dos seus próprios governantes que se indagaram:  - e, agora, o que vamos fazer para sustentar aquele enorme império?

Parece, entretanto, que, aqui, nós é que somos "o rato que ruge" e, não, nossos queridos hermanos argentinos.

Mais uma vergonha para nossa já imensa coleção.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Amaurik
AMAURIK

PASSA TEMPO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/05/2012

Vamos matar as vacas e criar porco
Carolina Castello Branco Barros
CAROLINA CASTELLO BRANCO BARROS

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/05/2012

ABSURDO !!!!  Sabe por que acontece isso ? Os produtores de carne suína brigam unidos por seus produtos, e os produtores de leite brigam entre eles e esquecem de defender um bem comum. É o Brasil tá cada vez pior ... Achei que este novo Ministro da Agricultura fosse melhor, mas acabei de ver que trocamos 6 por meia dúzia.......
Francisco de Assis Simionato
FRANCISCO DE ASSIS SIMIONATO

TERRA BOA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/05/2012

A industria e os produtores estão olhando a Argentina inundar nosso pais de leite a preços imbativeis, desta forma não vai sobrar nem produtor nem industria.

E o Governo não sabe de nada (como sempre).
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/05/2012

Só pra dimensionar: 400 toneladas de queijo são equivalentes a 4.000.000 de litros aproximadamente em apenas uma operação. Aí realmente não tem como o setor aguentar.
Cincinato Mendes Ferreira Filho
CINCINATO MENDES FERREIRA FILHO

MONTANHA - ESPÍRITO SANTO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/05/2012

Acorda Dilma.. Los hermanos...vai acabar com a gente...
Eufrazio Carvalho Martins
EUFRAZIO CARVALHO MARTINS

BICAS - MINAS GERAIS

EM 23/05/2012

Só vemos a liberação de concessão do governo Brasileiro em relação a Argentina... enquanto isto nossos queridos vizinhos continuam dificultando as licencas de importação de produtos Texteis Brasileiros... brincadeira
Gilson Pedro de Oliveira
GILSON PEDRO DE OLIVEIRA

OUTRO - PARANÁ

EM 23/05/2012

Até quando seremos "salvadores da pátria" para os hermanos?

A entrada desenfreada de queijos e outros derivados lácteos está falindo a indústria laticinista brasileira. No PR só se ouve comentários desesperados de empresários em geral, com estoques altos e quedas no preço de venda. Mais uma vez vai sobrar para o produtor de leite, que terá seus preços reduzidos substancialmente
Viro Miguel Back
VIRO MIGUEL BACK

CERRO LARGO - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/05/2012

É desanimador este mercado Lácteo. Somente troca de Favores. Daqui a 2 meses os Produtores brasileiros estão berrando e com muita razão.
Jefferson Lederer
JEFFERSON LEDERER

CASTRO - PARANÁ

EM 23/05/2012

COMO SEMPRE QUEM TOMA AS DECISÕES AGROPECUARIAS DEVE SER UM ENGENHEIRO MECÂNICO,  E ESTA POR DENTRO DO SETOR  COMO ARCO DE BARRIL, E LOS ERMANOS SEMPRE FELIZES COM AS ATITUDES POLITICAS DO BRASIL.   E VIVA AS BEBIDAS ALCOLICAS NOS ESTADIOS DURANTE A COPA
DE 2014
Qual a sua dúvida hoje?