Neste mês, o sistema contou com 601 produtores de leite, um acréscimo de 26% sobre o mês passado. O volume diário monitorado chegou a 1,1 milhão de litros/dia (+7%), com média de 1.852 litros por produtor, um valor 15% menor do que no mês de outubro, porém ainda bastante acima da média nacional.
O leite produzido foi remunerado pela média ponderada em R$ 1,420 por litro, redução de 11 centavos em relação ao pagamento de outubro, quando o preço líquido apurado pelo sistema foi de R$1,535/litro. Este valor corresponde à média nacional dos produtores participantes neste mês, ponderada pelo volume produzido por cada produtor. Assim, se houver um grande produtor, com preço mais alto, ele contribuirá para o preço médio na proporção do seu volume.
Analisando a mediana, cerca de 50% dos produtores tiveram preço abaixo de R$ 1,277, ao passo que a mediana de produção foi de 798 litros/dia.
Tal valor ficou acima da média apontada pelo Cepea para o leite pago em novembro (R$1,2331/litro), reflexo certamente do volume maior por produtor na amostra em questão; entre os dois meses, contudo, o Cepea apontou uma queda maior em novembro, de R$0,16/litro.
O gráfico 1 mostra os preços por média de volume de leite. Nota-se que houve queda no preço líquido para todas as faixas de produção, com quedas entre 7 centavos (produtores acima de 6.000 litros/dia) a 14 centavos (produtores de 250 a 500 litros/dia e produtores de 1.000 a 3.000 litros). É importante ainda ressaltar a diferença do valor recebido pelos produtores com diferentes produções diárias de leite: produtores com volume diário inferior a 250 litros receberam, em média, 37 centavos a menos do que produtores com volume acima de 6.000 litros/dia. Outro aspecto a se notar é que os produtores de menor porte tiveram quedas maiores do que os de maior volume.
Gráfico 1. Preços líquidos por faixa de volume.
Os dados do pagamento de novembro mostraram que esta expressiva queda ocorreu para grande parte dos produtores: entre os usuários que inseriram os dados tanto de outubro quanto de novembro, 88% apontaram quedas nos preços enquanto 5% declararam estabilidade e 7% alta nos preços, tendência próxima à observada nos meses anteriores. Os principais motivos relatados pelos produtores que não apresentaram queda foram a troca de laticínio neste último mês, buscando melhores ofertas, além de bonificações de fidelidade praticadas por alguns laticínios neste mês.
Os dados também indicam uma pequena alta na oferta de leite: os produtores que inseriram dados em outubro e novembro apresentaram um crescimento de apenas 1% no volume ofertado.
Entre os principais estados produtores de leite, todos apresentaram tendência de diminuição nos preços em novembro, com quedas variando de 9 centavos (Paraná) a 18 centavos (Goiás). Quanto à oferta, a tendência não foi a mesma para os estados em questão: Minas Gerais, São Paulo e Paraná apontaram aumento na produção de leite no mês, sendo a maior variação 2,7% (MG), enquanto os outros estados apontaram redução de volume, sendo a maior de -4,3% (RS). Estes valores podem ser vistos no gráfico abaixo.
Gráfico 3. Variação de preço por produtor nos principais estados em produção de leite – Pagamento de novembro (leite de outubro) x outubro (leite de setembro).
Tabela 1. Indicadores MilkPoint Radar – Pagamento de Novembro x Outubro.
* Preço líquido (média nacional)
** Considerando produtores que colocaram dados nos dois meses
Fonte: MilkPoint Radar
O MilkPoint Radar é um sistema gratuito de compartilhamento de informações entre produtores de leite, desenvolvido pela AgriPoint. Nele, os produtores inserem mensalmente dados relativos ao volume, preço e qualidade do leite e tem acesso a relatórios comparativos a sua região e estado.
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