Neste mês, o sistema contou com 478 produtores de leite, um acréscimo de 7,7% sobre o mês passado. O volume diário monitorado chegou a 1,04 milhão de litros/dia (+2%), com média de 2.173 litros por produtor, bastante acima da média nacional.
Esses produtores receberam, em média R$ 1,535 de preço líquido, redução de 17 centavos em relação ao pagamento de setembro, quando o preço líquido apurado pelo MilkPoint Radar foi de R$1,709/litro. Tal valor ficou acima da média apontada pelo Cepea para o leite pago em outubro (R$ 1,3961), reflexo certamente do volume maior por produtor na amostra em questão; entre os dois meses o CEPEA apontou queda de R$0,13/litro.
O gráfico 1 mostra os preços por média de volume de leite. Nota-se que houve queda no preço líquido para todas as faixas de produção, as quedas ficando entre 13 centavos (produtores de 1.000 a 3.000 litros/dia) a 21 centavos (produtores de 500 a 1.000 litros/dia).
Gráfico 1. Preços líquidos por faixa de volume.
Fonte: MilkPoint Radar
Os dados do pagamento de outubro mostraram que esta expressiva queda ocorreu para grande parte dos produtores: entre os usuários que inseriram os dados tanto de setembro quanto de outubro, 88% apontaram quedas nos preços enquanto 12% apontaram movimento de estabilidade ou alta.
Os motivos relatados pelos produtores que não apresentaram queda foram: a ocorrência de contratos de preços que, aliados a bonificações por qualidade, fizeram com que tais produtores não tivessem quedas. Além disso, alguns produtores alteraram para quem forneciam o leite devido a melhores ofertas de preço.
Gráfico 2. Tendência de variação do preço líquido – Outubro x Setembro.
Entre os principais estados produtores de leite, a tendência de preço e produção foi semelhante: aumentos entre 3,7% a 5,4% na produção e quedas entre -4,8% e -15,8%, como pode ser visto no gráfico 3 a seguir.
Gráfico 3 – Variação de preço por produtor nos principais estados em produção de leite – Pagamento de outubro (leite de setembro) x setembro (leite de agosto).
Fonte: MilkPoint Radar
Em relação à qualidade, o teor de gordura ficou estável em 3,67%, enquanto o teor de proteína teve leve aumento, de 3,24% em agosto para 3,27% no pagamento de outubro. Já os dados de CCS e CBT apresentaram redução: a CCS ficou em 330 mil/ml (-27,3%) e a CBT foi de 49 mil UFC/ml (-49,5%). Tais informações podem ser vistas na tabela 1 abaixo.
Tabela 1 – Indicadores MilkPoint Radar – Pagamento de outubro x Setembro.
* Preço líquido
** Considerando produtores que colocaram dados nos dois meses
Fonte: MilkPoint Radar
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