Na pecuária leiteira, o 'timing' é tudo!

Em nossa busca contínua por aprimorar a saúde e a produtividade do rebanho leiteiro, é crucial investigar as complexidades do manejo do parto. Estudos recentes da University of British Columbia (UBC) lançam luz sobre um aspecto frequentemente negligenciado: o momento da assistência ao parto e seu profundo impacto na saúde uterina, especialmente na prevalência de metrite.

Compreendendo os Riscos

A metrite, uma doença metabólica e infecciosa prevalente em vacas em transição, apresenta desafios significativos para as operações leiteiras. Seus efeitos prejudiciais na produção de leite e nas taxas de gestação futuras destacam a urgência em mitigar sua ocorrência. Curiosamente, pesquisas indicam que fornece assistência muito cedo durante o trabalho de parto da segunda fase aumenta significativamente o risco de metrite.

Insights de Estudos Recentes

Uma investigação abrangente realizada no Centro de Educação e Pesquisa em vacas de leite da UBC acompanhou 567 vacas Holandesas, monitorando vários fatores em torno do parto, duração do trabalho de parto e desenvolvimento de doenças uterinas. Os resultados revelaram uma associação crítica entre o “timing” da assistência ao parto e a prevalência de metrite. Vacas que receberam assistência aproximadamente 130 minutos após o surgimento do saco amniótico apresentaram a menor probabilidade de metrite. Por outro lado, fornecer ajuda muito cedo ou muito tarde durante o trabalho de parto aumentou o risco dessa condição debilitante.

Implicações para o Manejo

Esses achados destacam a importância do manejo estratégico do parto. Ao identificar uma janela ótima para intervenção, os produtores de leite podem reduzir efetivamente a incidência de metrite e proteger a saúde do rebanho. A implementação de medidas proativas, como monitoramento regular e assistência oportuna com base em diretrizes estabelecidas, é primordial para garantir resultados favoráveis durante o processo de parto.

Benefícios Econômicos

A pequena mudança no momento da assistência ao parto pode ter grandes repercussões econômicas na produção de leite. Reduzir o risco de metrite não apenas diminui os custos associados ao tratamento da doença, mas também permite que as vacas retornem ao serviço de forma mais rápida e eficiente. Isso resulta em um aumento na produtividade do rebanho e, consequentemente, em uma maior lucratividade para a operação leiteira.

Detalhes que fazem a diferença

É importante reconhecer que muitos aspectos do manejo dentro da propriedade podem ter soluções mais simples do que imaginamos. Alinhar o “timing” da assistência ao parto com práticas como suplementação de cálcio, manejo ambiental adequado com temperatura controlada e boas condições de maternidade pode ser crucial para desbloquear o potencial genético do gado. Pequenas melhorias em cada aspecto, somadas, podem transformar uma propriedade que não é rentável em um negócio altamente lucrativo. Vamos nos comprometer a explorar essas possibilidades e aproveitar ao máximo o potencial de nossos rebanhos, garantindo assim o sucesso a longo prazo de nossas operações leiteiras.

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Fontes

Research Reports is published six times a year by UBC’s Dairy Education and Research Centre, part of the Faculty of Land and Food Systems, to share applied aspects of research from published articles in refereed scientific journals. The Dairy Education and Research Centre is used by several research groups on campus including Animal Reproduction, Animal Welfare and Behaviour, and Energy and Nutrient Recovery. Other groups interested in conducting research at the Centre are encouraged to contact Nelson Dinn at nelson.dinn@ubc.ca