A comunicação está presente há milênios na humanidade. Ao longo da história, se aprimorou: das cartas, hoje estamos vivendo em um mundo cada vez mais conectado e integrado, graças ao surgimento e expansão da internet. Além disso, neste tempo, o rádio passou a dividir espaço com a televisão.
Essa evolução da comunicação também foi marcada pela incorporação de ações de publicidade, marketing e propaganda utilizadas por diversas empresas dos mais diferentes setores para fortalecimento de marca, proposta e produtos com o objetivo de consolidar o protagonismo competitivo das empresas.
Como bons exemplos de empresas que usufruíram do poder da comunicação, podemos citar o caso da esponja de aço, popularmente conhecida pelo nome da marca “bombril,” principal marca detentora deste tipo de produto. No caso do segmento alimentício, o achocolatado em pó cedeu espaço para duas marcas: Toddy e Nescau.
Mas, além da competitividade da marca em si, a comunicação também pode ser utilizada para fortalecer o posicionamento de um segmento e vertente de consumo. Esse é o caso dos produtos plant-based.
As empresas que atuam neste segmento têm uma proposta clara: comunicar ao consumidor que as proteínas vegetais entregam maior saudabilidade e uma produção sustentável quando comparadas as de origem animal.
Essa proposta de comunicação atende e dialoga com as fortes tendências de consumo mundiais, como sustentabilidade e alimentos que ofereçam efeitos benéficos à saúde humana. Dessa maneira, a boa e estratégica utilização da comunicação é um dos motivos explicam a ascensão e crescente penetração de produtos plant-based do mercado.
E o leite? Como estamos nos comunicando? O quanto nos deixamos ser atingidos pela comunicação de outros segmentos? Por que não comunicarmos os consumidores o rico valor nutricional de nossos produtos, ações sustentáveis e de bem-estar animal? Por que não dialogarmos com clareza com o mercado consumidor? Por que não reduzirmos essa distância? Por que não construirmos uma narrativa positiva e verídica sobre os lácteos?
Se o setor leiteiro avançou em diversas frentes do campo à mesa, a comunicação não acompanhou essa evolução. Mesmo com tantos estudos mundiais sobre os benefícios do consumo de lácteos para a saúde mental, digestiva, óssea e intestinal, ainda somos condenados, seja pela presença de gordura láctea ou pelo antigo pensamento: “o homem é o único mamífero que consome leite na fase adulta.”
É exatamente por isso que precisamos desmitificar tais mitos, esclarecer e mostrar para o consumidor que o leite e seus derivados é uma fonte rica em nutrientes, que também oferecemos saudabilidade.
Além disso, nos quesitos sustentabilidade e bem-estar o leite também está presente. Nas fazendas leiteiras espalhadas pelo país, é crescente a adoção de práticas que promovem maior conforto para os animais. Em relação ao meio ambiente, o setor também vem se empenhando. Já é possível encontrar lácteos carbono free, iniciativas de energia renovável e utilização de biodigestores nas fazendas, por exemplo.
Na área industrial, temos ações voltadas para embalagens sustentáveis e com QR code, que permite o consumidor saber a origem do produto, bem como a incorporação do conceito ESG, que engloba questões socioambientais dentro e fora das empresas.
Certamente, o setor lácteo tem muitos pontos positivos para comunicar aos consumidores. É por isso, que o Dairy Vision 2021, trará palestras com essa temática. Em nosso quinto dia de evento, 24 de novembro, María Inés Rimondi, Consultora Innovar Agro, abordará como podemos reduzir a entre produtores e consumidores. Além disso, Roberta Züge, Ceres Qualidade, trará o exemplo da Europa: como ter o consumidor ao nosso lado?
Este ano, o Dairy Vision chega a sua 7ª edição e ocorrerá online nos dias 17, 18, 23, 24 de novembro. Contaremos com 33 palestrantes de 11 países, distribuídos em 5 painéis temáticos. Com um olhar voltado para o futuro do leite, a missão do Dairy Vision 2021 é enxergar oportunidades em um cenário incerto e de mudanças.
Não fique de fora de um dos principais fóruns de discussão mundial sobre o setor de laticínios. Veja a programação completa do evento no site e se inscreva agora! Vamos?