Um dos temas mais debatidos no agronegócio é a sucessão rural.
Várias entidades estão preocupadas em encontrar maneiras do jovem permanecer no campo. Cursos, treinamentos e palestras são algumas iniciativas voltadas ao assunto.
Todo este empenho tem tido um progresso significativo.
Cada vez mais os pais vêm preparando os filhos para dar continuidade ao negócio da família, bem como estão entendendo as necessidades dos jovens e o que é preciso fazer para que ele se mantenha no campo.
O jovem também está procurando se capacitar para assumir a propriedade, está vendo vantagens em ficar na fazenda ao invés de ir para a cidade.
Na pecuária de leite, a necessidade de sucessão preocupa todos os elos da cadeia. Todos querem que o jovem fique no campo para que tenhamos quem produza alimento no futuro.
Até aqui muito bem.
Mas quem vai comprar este alimento produzido? Quem vai consumir este leite e derivados?
Precisamos, nós produtores e as entidades envolvidas com a cadeia do leite, preparar o mercado para nossos jovens. Precisamos conscientizar o consumidor e trazer para ele informações reais sobre nossos produtos.
Um consumidor bem informado, consciente do que está consumindo, não vai acreditar em fake news e nem em falácias de artistas em redes sociais.
Nosso trabalho tem que ser focado em trazer o consumidor para nosso lado. Não precisamos discutir, brigar e xingar, isso não muda a mentalidade de ninguém, muito pelo contrário, só pioram as coisas.
Uma grande ferramenta, de alta velocidade, que temos em mãos são as redes sociais. Devemos usá-las para propagar as maravilhas do leite, as coisas boas do agro, o prazer, alegria e satisfação que sentimos em produzir alimentos.
Não devemos implorar respeito e admiração, devemos mostrar motivos para que eles nos respeitem e nos admirem.
Ninguém compra por pena, as pessoas compram aquilo que satisfaz suas necessidades. Tem que haver uma forma branda de mostrar que os alimentos produzidos por nós são seguros, de qualidade e que farão bem a saúde de quem consumir.
O dia em que conseguirmos um diálogo amigável com o consumidor, aproximando-o de nós, ganharemos a confiança dele e, assim, deixaremos um mercado promissor para nossos sucessores.