ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Como lidar com o aumento da produção de leite na fazenda no período de pico dos partos?

POR CLÍNICA DO LEITE

CLÍNICA DO LEITE/AGRO+LEAN

EM 28/03/2017

3 MIN DE LEITURA

1
0
Prof. Dr. Paulo Machado*
 
Em grande parte das fazendas brasileiras, o período de março a junho é marcado por um aumento considerável na taxa de parição do rebanho. Nas propriedades acompanhadas pela Clínica do Leite, se compararmos o mês de maio com janeiro, por exemplo, o número de partos praticamente dobra. Essa variação implica em uma série de mudanças na rotina das fazendas, que precisam ser realizadas com cuidado para garantir o aproveitamento máximo no pico de produção de leite. 

A padronização de processos, o preparo das equipes, a adequação das instalações e o monitoramento constante de indicadores de desempenho são ações fundamentais à gestão nesse período. Tudo isso ajuda a organizar as atividades, orientando os empregados na busca pelos resultados esperados.

Dimensionar a equipe corretamente para dar conta do trabalho é fundamental. É necessário acompanhar os partos dia e noite e com o grande número de vacas em trabalho de parto, os empregados que realizam essa função podem precisar fazer um grande número de horas-extra para dar conta da demanda. Tendo em vista a estimativa das horas trabalhadas na fazenda durante esta fase, o proprietário ou o gerente da fazenda podem estabelecer de que forma gerir essa situação: fazer o pagamento das horas-extra ou contratar funcionários temporários. Também é uma boa ideia consultar os funcionários: a transparência na gestão de pessoal estimula o bom relacionamento interpessoal e a satisfação dos colaboradores que tornam-se mais produtivos.

Outra solução para suprir essa demanda de pessoal é mexer nas equipes de operadores, para que alguns funcionários de outros setores se dediquem à supervisão das vacas em trabalho de parto. Com essa alteração, corre-se o risco de que alguns empregados passem a exercer funções que antes não faziam parte de sua rotina. Caso eles não tenham sido devidamente preparados para realizar essas tarefas, dificilmente conseguirão executá-las sem falhas.

Para evitar que o fluxo de trabalho seja prejudicado, cabe ao gestor da fazenda se antecipar. O primeiro passo nesse sentido é assegurar que todos os processos estejam corretamente mapeados e possam ser compreendidos por qualquer empregado que precise executar as tarefas envolvidas. Com isso, o treinamento se torna muito mais fácil, mas jamais pode ser deixado de lado. É preciso explicar com clareza às pessoas o que se espera como resultado do trabalho delas. Somente ao compreenderem por completo a importância do que fazem, elas serão capazes de se engajar na busca por esse resultado.

Outra questão que deve ser pensada antes da alta da taxa de parição é se a estrutura física da fazenda comporta adequadamente as vacas em trabalho de parto e os bezerros que vão nascer. Se, devido à falta de espaço adequado, ocorrer um maior número de doenças entre os bezerros, que tem um sistema imunológico mais frágil, todos os animais da fazenda ficam mais suscetíveis a doenças.

Com isso, aumentaria, consequentemente, a quantidade de antibiótico administrado, o que por sua vez implicaria na necessidade de alterações no protocolo de ordenha da fazenda: torna-se necessária uma atenção especial com as vacas encaminhadas para a ordenha, um maior descarte de leite, devido a resíduos de antibiótico, e existe um maior risco de queda no preço do leite comercializado devido a anomalias na análise química.

Como se vê, quando se trata de pico de parição, a palavra de ordem é planejamento -- uma das bases de todas as boas práticas de gestão. O ideal é que ao final do verão a equipe e a estrutura da fazenda estejam preparadas para vivenciar esse período. O objetivo deve ser aproveitar ao máximo a possibilidade de ampliar a produção, com os mesmos meios, garantindo maior rentabilidade ao negócio. Com a casa organizada, o sucesso é garantido. 


* Diretor da Clínica do Leite, é professor da Esalq/USP, titular em Bovinocultura de Leite, com 43 anos de experiência em gestão de fazendas.

CLÍNICA DO LEITE

Vinculada à ESALQ/USP, a Clínica do Leite é uma instituição sem fins lucrativos que atua em gestão da pecuária de leite, por meio da geração de conhecimento e da formação de pessoas.

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/03/2017

Prezado Paulo Machado

Considere uma fazenda produzindo uma média de 3.000 l/dia com 6 funcionários.

Quantas equipes você sugeria para execução do trabalho dentro do período normal e quais as tarefas atribuídas a cada equipe e como sugeriria a redistribuição destas tarefas no período de pico de parição.

Grande abraço

Marcello de Moura Campos Filho

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures